quarta-feira, 4 de maio de 2011

TEORIA UNIVERSAL DA EVOLUÇÃO - IV

O Nascimento de Deus - III

Em sequência, teremos mais um trecho do primeiro capítulo de Humanidade: Uma Colônia no Corpo de Deus. Antes, contudo, devemos observar que nele, considerávamos o Universo conhecido, como um ser vivo material, macróbio, no qual galáxias seriam como átomos ou moléculas no corpo de um homem, de um inseto ou de uma planta, por exemplo.
Então, em 1981, quando essa obra foi publicada, não tínhamos, ainda, concluído nossa proposta para uma Teoria Unificada do Universo.
Usamos apenas o "bom senso", conforme declarado no seu texto, para preencher provisoriamente essa parte da proposta, admitindo analogicamente que, assim como temos os micróbios e os mesóbios formados por átomos e moléculas, poderíamos conceber macróbios formados por galáxias.
Naturalmente, macróbios poderiam se reproduzir como os micróbios (por mitose), como nós - mesóbios - por concepção sexuada, ou mais provavelmente, por algum processo sequer imaginado pela mente humana.
A seguir, reproduzimos mais um trecho do capítulo I do livro acima referido.
Recomendamos reler os trechos anteriores, aqui publicados, antes de enfrentar mais este.

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Como, então, tudo começou?


Não tenho a vaidade necessária para me apresentar como dono da verdade, mas tenho a humildade indispensável para propor uma linha de investigação e me lançar a uma arena cheia de leões, com uma arma aparentemente muito frágil: o bom senso.


Acho que tudo começou com uma célula-ovo quase material: um quama. Uma célula-ovo resultante de um processo de reprodução. Não me permito sequer imaginar como um Universo "cruzaria" com outro Universo, para gerar essa célula-ovo, mas ninguém pode negar, científica ou filosoficamente, que tal seja possível. Recusar essa possibilidade só seria admissível num fanático religioso, desses que querem ver apenas a sua verdade, dentro dos seus preconceitos e condicionamentos.


Suponhamos que, assim como as aves voam no céu, os peixes nadam na água e nós andamos na terra - cada um ocupando seu espaço - outros "seres", tão grandes que uma galáxia seria algo como uma das moléculas do seu corpo, também se locomovem num espaço proporcionalmente maior. Nesse espaço, exercitariam suas vidas, suas funções, entre as quais a da reprodução, que poderia ocorrer através de uma espécie qualquer de "cruzamento" (transferência de pensamento), gerando uma célula-ovo, um quama, a partir do qual se desenvolvesse um novo Universo, um novo "ser". Talvez tudo poderia acontecer sem necessidade de cruzamento, sendo cada Universo suficiente para deflagrar o processo reprodutivo.


Uma imagem que temos de fazer é a seguinte: o ser humano que parece tão sólido e compacto, seria visto por um "indivíduo" que habitasse um elétron qualquer de seu corpo, como nós vemos o céu cheio de estrelas. Assim, o céu de estrelas que podemos observar, pode muito bem ser o espaço entre as partículas que constituem o corpo de um "ser", cuja forma desconhecemos, mas que seria "visto" por outro "ser" igual a ele, como sólido e compacto. Seria, naturalmente, um ser vivo, capaz de reproduzir-se, com ou sem cruzamento.


Assim, proponho, para discussão, que se admita ser o nosso Universo, filho de outro(s) Universo(s), o que nos levaria a pensar na existência de muitos Universos, no espaço infinito. Devem ser Universos que nascem, crescem, reproduzem-se e morrem. Nessa cosmologia, temos de procurar conhecer nosso papel. Seria este, o de anticorpos a proteger o corpo universal ou divino? Ou seremos bactérias patogênicas a agredí-lo? O Universo precisa de nós para sua saúde e desenvolvimento? Ou nos lança suas defesas, para nos matar, sempre que nossa população aumenta e ameaça sua saúde?


A idéia de que o Universo é um ser vivo, com corpo e espírito, nos coloca em frente a toda uma questão filosófica, de consideração da matéria em vários planos ou etapas evolutivas. Façamos uma analogia.


Todos nós, pelo menos uma vez na vida, já tivemos a oportunidade de ver a confecção de um bolo. Há a farinha de trigo, há o açucar, há os ovos e mais ou menos ingredientes complementares, a depender da receita escolhida. Aquela farinha, por exemplo, antes de ser farinha, passou por vários processos agrícolas e industriais até se transformar naquele pó alvo e fino. Alguns dirão que esses processos começaram com a semeadura do trigo, colocado na terra arada; outros irão mais para trás, até a reprodução celular que gerou a semente e outros ainda pensarão na mágica que faz das moléculas do ADN elementos decisivos nas características daquela semente. Se ainda quisermos ir mais para trás, chegaremos à estrutura atômica dessas moléculas, as partículas até o quark e aí, por enquanto, dentro da Ciência, temos de parar, mas com fortes suspeitas de que antes do quark estará o quama e antes desse elemento quase material, as diversas etapas ou planos do espírito. Ao ficar pronto o bolo, seremos levados a imaginar um novo ser, formado não apenas por farinha, açucar, etc., mas de tudo o que originou essas substâncias. Nele estarão as moléculas, os átomos, as partículas elementares e até o espírito. Nada se perdeu. O que houve foi apenas uma nova arrumação de tudo isso, resultando num novo ser.


Pensemos no Universo, analogamente. Se alguém o visse, de fora, a uma distância suficiente para observar nitidamente o seu conjunto, não perceberia que ele é constituído por galáxias, sendo estas formadas por estrelas, em torno das quais poderão estar planetas, além dos errantes cometas que atravessam o espaço interestelar, dos pulsares, dos quasares e de tantos outros corpos, separados por enormes espaços vazios, como são enormes os espaços vazios que separam elétrons de prótons, neutrinos, mésons, etc., sem que ninguém, que veja o bolo de fora, os perceba. Mas o bolo não é um ser natural, isto é, não nasce, cresce, se reproduz e morre. Por não ser um organismo natural, não cresce, mantendo distâncias entre as moléculas, com seus átomos em equilíbrio. Não é isso, no entanto, o que está acontecendo com o Universo, que está crescendo, aumentando a distância entre seus elementos constituintes, em contínuo movimento. E está crescendo porque, de acordo com o princípio científico da conservação da matéria e da energia, está recebendo matéria e ou energia de fora, num constante processo de "alimentação" - exatamente como acontece no Homem, feito, segundo a Bíblia, à imagem e semelhança de Deus. O Universo é, portanto, um organismo vivo, natural, com um corpo material e um espírito que inunda todo o seu ser e participa de todos os seus elementos, porque esse espírito seria o conjunto dos quamas pensantes que existiriam em todas as partículas da matéria.



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Não sendo matéria, mas quase matéria, o que é a partícula quama?


É O QUE VEREMOS A SEGUIR, EM


TEORIA UNIVERSAL DA EVOLUÇÃO - V (O Nascimento de Deus - IV)