terça-feira, 29 de outubro de 2013

TRANSPORTE NA BAÍA DE TODOS OS SANTOS: GEOLOGIA, GEOGRAFIA E HISTÓRIA


   No exercício da nossa atividade no magistério, ao criar a disciplina eletiva Evolução dos Transportes, na Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia, tínhamos a proposta de oferecer a estudantes das mais diversas áreas profissionais um retrato geográfico dos meios e vias, inclusive da operação, integração e evolução dos transportes, dando a cada aluno uma visão e uma técnica de inserção de suas futuras necessidades em um contexto harmônico com os modos e sistemas disponíveis, atuando com a devida competência no planejamento, no projeto, na construção e na operação de tais estruturas, satisfazendo aquelas necessidades. Assim, por exemplo, ao estudante da área da saúde, dávamos subsídios para solicitar e fiscalizar profissionalmente os serviços e instalações de transporte, necessários ao atendimento dos pacientes nos mais diversos casos. Com esse escopo, era necessário sondar e consultar o interesse de cada aluno em turmas sempre heterogêneas, chegando à conclusão que estamos desperdiçando um potencial econômico e talvez as melhores áreas em qualidade de vida para os habitantes de uma região, por não termos transporte adequado e dimensionado para atender cada necessidade e eliminar eventual ociosidade.

   Enfatizando essa postura em uma das turmas, registramos que a travessia da Baía de Todos os Santos já teria sido no passado, em torno dos anos 50, relativamente melhor servida do que então, nos anos 70. Houve época em que centenas de saveiros faziam o transporte diário de mercadorias das ilhas dessa baía e do vale do rio Paraguaçu para os então existentes Mercado Modelo e Feira de Água de Meninos, ambos incendiados, em Salvador; assim como pequenos navios serviam habitantes do Recôncavo – regularmente de Cachoeira, Santo Amaro e Itaparica – que se deslocavam diariamente em ida e volta. Com a criação do Centro Industrial de Aratu e a construção da central de alimentos da Ceasa naquela área, transferiu-se dos saveiros para os caminhões o transporte de mercadorias de subsistência, com danos permanentes até hoje, praticamente acabando-se com o transporte marítimo de cargas, enquanto os navios da Companhia de Navegação Baiana davam lugar aos ônibus intermunicipais em direção à Estação Rodoviária que foi construída na área do Mercado das Sete Portas e depois passou para a atual, em frente ao Shopping Iguatemi. Tirava-se o transporte hidroviário do mapa, para criar um mercado que beneficiava a indústria automobilística. Essa deformação da política de transportes não só continuou como se amplia até hoje, podendo-se afirmar que é uma das maiores causas dos nossos problemas econômicos crônicos.

   Assim, interesses políticos acoplados à total desinformação e a nenhum planejamento resultaram na falência da Baía de Todos os Santos, como fornecedora de alimentos e demais utilidades, levando milhares de pessoas à miséria e tirando o transporte marítimo – que praticamente desapareceu – do quadro econômico regional, mantendo-se apenas a travessia das lanchas de passageiros entre Salvador e Mar Grande, até que outra decisão política implantou o sistema ferry-boat, para atender prioritariamente o tráfego rodoviário do Sul da Bahia, pela BR-101. Tudo feito na base da canetada e de projetos contratados após estudos meramente justificadores das decisões políticas, como se faz agora para construir uma ponte entre Salvador e Itaparica.

  Não é proposta deste artigo, que se estende como palestra para dentro da IV Semana da Baía de Todos os Santos, contudo, penetrar nos meandros dessas ocorrências já esquecidas e aqui referidas de modo apenas introdutório para justificar a necessária e gritante urgência de se implantar um estado de consciência na população baiana, isto é, nos habitantes dos municípios do Recôncavo da Baía de Todos os Santos, sob a pena de se jogar fora um dos maiores patrimônios do nosso planeta. Enquanto o Dubai mostra orgulhosamente uma geografia inteiramente construída artificialmente dentro d’água pelo homem, fazendo disso uma atração turística de faturamento internacional milionário, nós, baianos, ociosamente, deixamos desaparecer, paulatinamente, sob nossas vistas, um tesouro geográfico natural, que poderia ser explorado também internacionalmente, atraindo as maiores fortunas do mundo para investir em turismo e lazer náutico, com infraestrutura sem igual no planeta, enriquecendo a população de todo esse entorno da nossa BTS, ainda hoje quase virgem, privilegiando o transporte marítimo, como ocorre em todo o mundo civilizado.

   Também na Escola Politécnica, tentamos montar o que chamamos então de Escritório de Investigação e Memória dos Transportes na Baía de Todos os Santos, mas mesmo sendo chefe do Departamento de Transportes, não conseguimos sequer despertar o interesse dos nossos pares para tal, em face às dificuldades burocráticas. Neste momento, tragando valiosos subsídios da Geologia, temos uma visão muito clara da realidade da nossa BTS, mas não só dela. Sabemos que sua Geografia é fruto dos fenômenos geológicos que ocorreram durante a formação da costa brasileira nesta posição, colocando no meio de um mapa de invejável linearidade litorânea, um trecho demasiadamente recortado, tanto quanto o é uma fatia de queijo mordida na borda por uma dentadura irregular.  Já temos dito e escrito que nossos historiadores falharam grosseiramente ao não se interessarem pela volta do Gaspar de Lemos a Portugal, logo após o Descobrimento do Brasil, obrigatoriamente bordejando nossa costa desde Porto Seguro e passando com o imediato registro de suas latitudes, pelas baías de Camamu, de Cairu e de Todos os Santos – nomes esses que só seriam dados posteriormente. Agora, somos levados a lamentar o descaso também grosseiro de nossos geógrafos, que ainda não perceberam termos um golfo formado por essas três baías entrelaçadas e que não deve ter outro nome, que não o de Golfo da Bahia.

   Vê-se na sequência dos mapas apresentados, que temos algumas realidades a serem examinadas à luz da Geologia, que nos permite fazer Geografia e à luz da Geografia, que nos permite situar a História. Ao dividir o Brasil em Capitanias Hereditárias, os portugueses determinaram o limite Sul da Capitania da Bahia de Todos os Santos exatamente na foz do atual rio Una, então chamado Tinharé, pelos índios do lugar, o que lhe daria uma barra extensa em mar aberto ligando a Ponta do Curral, na praia de Guaibim, à Ponta de Santo Antônio, em Salvador. Se ficarmos com essa barra, assim aberta, teremos que falar em golfo e não em baía. Golfo de Todos os Santos, mantendo o momento de sua descoberta pela expedição de Gonçalo Coelho, em 1º de novembro de 1501. Para manter a designação de Baía de Todos os Santos, já tradicional, somos forçados a considerar uma “barra falsa”, mais fechada, da Ponta de Santo Antônio para um lugar qualquer na ilha de Itaparica ou o lugar mais próximo fora da ilha: a Ponta do Garcez. Diríamos, portanto, estar a Baía de Todos os Santos assim delimitada, dentro do Golfo de Todos os Santos e mais claro nos parece existir o Golfo da Bahia, desde a Ponta de Santo Antônio, em Salvador, até a Ponta do Mutá, na península de Camamu.

   Mais do que um artigo e uma palestra, vemos, no entanto, a necessidade de um congresso de geografia para a discussão dessa proposta, devendo ela – caso aceita – ser aprovada e lavrada para buscar indicação nos mapas do Brasil e do mundo. Poder-se-á dizer que o nome é impróprio porque podemos ter a baía de um golfo, mas não um golfo da baía. Sabemos, contudo, que, Bahia com “h” é o Estado da Bahia, em cujo litoral já temos a Baía de Todos os Santos e viríamos a ter o Golfo de Todos os Santos – variando apenas a barra – tudo isso dentro do Golfo da Bahia, juntando-se àquela, as baías de Camamu e Cairu. Publicado este pequeno artigo, divulgando-o em palestra dentro da IV Semana da Baía de Todos os Santos, no Gabinete Português de Leitura de Salvador, parece-nos necessário levar o tema para um congresso brasileiro de Geografia em busca da inclusão desse nome nos mapas do Brasil e para que tudo esteja nos seus conformes.

Adinoel Motta Maia [1]




[1] Adinoel Motta Maia é engenheiro civil, professor aposentado da Universidade Federal da Bahia, onde criou as disciplinas “Aeroportos”, “Evolução dos Transportes” e “Fundamentos de Astronomia e Astronáutica”. Entre outros livros, é autor do romance “A Cruz dos Mares do Mundo”, cujo cenário é centrado na Baía de Todos os Santos em 1501 e em 1997.

domingo, 1 de setembro de 2013

SALVANDO A MEMÓRIA ANTES DA MORTE



Havia dois dias - ontem às 20 horas e 30 minutos - sem tomar banho, por conta de uma pequena cirurgia dermatológica feita no meu ombro esquerdo, quando recebia a água do chuveiro nas costas e dei um grito - ACHEEEEIIII!!!!!! - gargalhando repetidamente, como se estivesse a ver o gol da vitória do Bahia no último minuto da final de campeonato brasileiro da primeira divisão.do futebol. Pude viver, assim, a emoção do velho Arquimedes a gritar Eureka e saltar da banheira para fora, evidentemente nu, ao verificar experimentalmente que a submersão de um corpo na água permite calcular o seu volume, bastando medir o volume da água deslocada, assim nascendo a Hidrostática.

Minha família, meus parentes e meus amigos sabem que tornei-me um quase ermitão nos últimos três anos, forçado pela decisão de escrever e publicar uma trilogia que coroa agora exatos 56 anos de estudo e pesquisa com objetivos circundantes, que se ampliam na busca de uma teoria unificada do universo, que Einstein chamou de "teoria unificadora dos campos", pensou ter conseguido e finalmente renunciou a encontra-la. Queria ele formular uma única teoria que explicasse tudo na Física, aí colocando também a chamada Mecânica Quântica. Seu herdeiro, nessa tentativa, o físico Stephen Hawking, a tem buscado sem sucesso.  Em 2007, publiquei um artigo anunciando-a e apresentando-a, mas para isso fora necessário acoplar à Física uma nova disciplina científica: a Psíquica, esta ficando com a Atualidade, como aquela é dedicada à Realidade, ambas montadas numa simples equação matemática encontrada pelo gênio de Isaac Newton, que Einstein utilizou para criar sua Teoria da Relatividade (a realidade é uma ilusão) e eu o fiz, para criar a Teoria da Atualidade (a consciência é a base de toda a existência, desde o Nada).

f = m(e/t)²
 
Agora tentando concluir o terceiro volume dessa trilogia até o fim deste ano, tive de me debruçar sobre a morte do nosso cientista e padre Bartholomeu Lourenço de Gusmão em Toledo, na sua relação íntima com a Inquisição, trabalhando em todo o sábado nos seus sermões dedicados à Nossa Senhora e ligando-o a Jesus como Salvador. Naturalmente, esse assunto foi para baixo do chuveiro e estava eu a pensar na salvação do ego de cada um de nós, proposta por Jesus, quando me perguntei como salvar o arquivo da memória neural do ser humano, ao fim da vida, assim garantindo sua permanência após a morte. Imediatamente, meus maravilhosos neurônios, sempre atentos, relacionaram o hábito eletrônico de salvar arquivos do computador ao procedimento de salvação do ego - um arquivo - prometida por Jesus, para a vida eterna no Reino de Deus. Esse insight levou-me a gritar. Era o que me faltava em anos e anos de busca da prova científica de que cada ego humano realmente pode ser salvo na eternidade, acumulando-se experiências de várias vidas sucessivas. Já tenho escrito, aliás, que isso ocorre porque há um ego eterno, superior, que se liga ao ego neural, do cérebro do feto, no nascimento. No romance que lança a Psíquica - "A Cruz dos Mares do Mundo" - que está nas livrarias e na Internet (www.lojasingular.com.br), há um apêndice ("Cada computador tem o seu Senhor") que trata do assunto. Não me refiro a alma ou espírito que se diz entrar e sair do corpo, mas a arquivo de memória neural do cérebro que pode ser salvo e arquivado em outra memória, não neural, não biológica, fora do corpo. Este é o mesmo procedimento que qualquer um de nós faz com a memória de seu computador eletrônico e certamente foi copiado do que é feito pela Natureza...
 
O meu grito de alegria, portanto, era o da certeza científica, experimental, não apenas lógica, de que a relação do homem com o seu computador eletrônico nasceu do conhecimento de sua própria relação, como computador biológico do ego eterno que é o seu senhor e que poderia transferir os arquivos (egos neurais) de homem para homem (vida após vida), como nós transferimos arquivos (egos eletrônicos) de máquina para máquina, podendo também acumular os arquivos de muitas vidas (egos neurais de vidas sucessivas) salvos num ego externo, que seria o próprio ego eterno em evolução. Já escrevo no terceiro romance - "A Trilha dos Santos do Mundo" - como esse ego externo e eterno evolui do seu caráter intelectual para o sapiencial, buscando chegar e ficar no Reino de Deus, onde está o ego que se ligou a Jesus (não com este nome, evidentemente).
 
Conclusão imediata (apenas uma notícia): nosso arquivo neural com a memória de nossa vida, está no cérebro, que morre, assim se perdendo todos os dados observados, experimentados, registrados, acumulados e processados, mas para que isso não ocorra basta salvarmos toda a memória em um arquivo externo, fora do corpo, antes de morrermos.  Quem faz isso não somos nós próprios, que sequer temos consciência do processo, mas o nosso Senhor, o ego externo que evolui em vidas sucessivas, em corpos diferentes, que morrem com seus cérebros, salvando-se apenas seus arquivos. É evidente que, se não houvesse esse procedimento, tudo terminaria com a morte física do homem. Toda a nossa experiência seria guardada apenas nos genes, mas limitada às características físicas do ser, para sua evolução puramente fisiológica, sem a guarda de qualquer informação ideológica, intelectual, cognitiva, sequer o registro da sequência cronológica da inserção ou geração de conteúdo mental no cérebro, porque a memória do conhecimento adquirido e das experiências vividas não se transmite geneticamente, de pai para filho.
 
LEITURA DISPONÍVEL:
 
* "Teoria Unificada do Universo"/Adinoel Motta Maia (ver no Google)
* "A Cruz dos Mares do Mundo" (nas livrarias e no site www.lojasingular.com)
* "A Noite dos Livros do Mundo" (no site www.lojasingular.com)
* Blog adinoel-adinoelmottamaia-adinoel.blogspot.com
 
Esta é a notícia que dou a todos nesta manhã de domingo. O segundo livro da trilogia - "A Noite dos Livros do Mundo" - também já está na Internet (no mesmo site da distribuidora Singular). Como sempre, meus leitores estão na frente. Jamais lhes negarei informação nova e quente.
 
 
Adinoel Motta Maia






sexta-feira, 1 de março de 2013

O PAPA QUE FICOU SOZINHO


Crônica científica

O procedimento inusitado de Joseph Ratzinger, recolhendo-se ao convento, como um humilde monge, depois de viver oito anos no topo do mundo, no luxo dos palácios, no centro das atenções intelectuais, com o poder de um rei - para muitos, um deus - desperta sentimentos que variam da surpresa à incompreensão, na escala referencial dos seres humanos que precisam estar em grupos, sejam familiares, vicinais, políticos, profissionais, sociais, para sentirem a vida, na presença do outro.
Vencido o momento em que, após o surpreendente anúncio da renúncia ao cargo de Papa, ele simplesmente saiu do Vaticano e voou num helicóptero para um palácio na montanha, fechando-se o portão rigorosamente às 16 horas do dia 28 de fevereiro de 2013 - conforme programado - assim configurando-se o status de isolamento no qual se propôs viver doravante.

O procedimento de Joseph Ratzinger é uma prova científica da evolução do Ego. Os seres ditos animais primitivos como as colônias de insetos em que há uma "raínha" a comandar seus demais membros têm o único propósito de sustentá-la e fazê-la cumprir sua missão de procriar. A reprodução é o maior propósito da Natureza, porque é ela quem mantém a vida em corpos materiais movidos por energia proveniente do Sol, ditos animais. Essas colônias são estruturadas de modo que tais insetos não sobreviveriam isoladamente. Esses "egos" assim coletivos fazem suas experiências, sofrem e aprendem com elas, crescendo em racionalidade, isto é, em estruturas de consciência que promovem o aumento de sua própria complexidade psíquica a exigir maior complexidade física (genética) para a realização de novas funções por elas propostas. Não precisamos sugerir a comparação entre o ego de uma colônia de formigas e o do agora Papa Emérito Joseph Ratzinger, ex-Bento XVI.

Sem delongas, vamos aceitar que a evolução dos seres vivos ocorre no sentido da coletividade para a individualidade, de modo que devemos afirmar cientificamente - tais são as provas que o confirmam - ser o objetivo final de todos nós, seres animais, chegar ao isolamento de Joseph Ratzinger. A racionalidade cresce com o aumento das experiências, vividas, sofridas, todas educativas, mas sobretudo contribuintes no processo de aumento da consciência, em volume e complexidade (isto se encontra na "Teoria Unificada do Universo", no Google). Nós, seres humanos, somos resultantes de muitos milhões de anos de evolução, vida após vida, de modo a acumular conhecimento e aumentar velocidade de processamento desses dados, que formaram o cérebro e nele colocaram o ego neural, que nos permite, a qualquer momento, dizermos "eu sou", "eu faço", "eu quero" e assim por diante.

Quantos de nós tem parado por alguns minutos para pensar no "EU" que existe em nosso cérebro? É evidente que esse "EU" (neural) só está percebido, quando estamos acordados. Há quem combata a cultura do "EU" por entender que esta promove o egoismo ou o egocentrismo. Assim como não se combate a doença, matando-se o doente, não se combate essas anomalias do Ego, matando-se o Ego. Ao contrário, o Ego ("EU") deve ser desenvolvido para vencer as ameaças que o atinjam. O papa emérito Joseph Ratzinger, hoje, por determinação própria, é apenas o seu "EU", na medida em que se coloca só, isolado, cuidando de si mesmo, das suas pesquisas, dos seus estudos, dos textos que produz, mas sobretudo da sua preparação para a vida posterior, a que terá após a atual, material.

Cada um de nós que progride na racionalidade e cultiva a individualidade, ainda que em relação social com outras pessoas, sabe o quanto é saboroso voltar-se para dentro de si e descobrir-se, quer através de sua memória, quer em processo de alguma descoberta ou ainda numa busca promissora qualquer. Muitas vezes temos a necessidade de sair da vida social para o repouso físico e consequente incremento da reflexão que nos permite, como se diz "arrumar a cabeça". Muitos são os que não compreendem a vontade de algumas pessoas, em fugir da agitação física, da ativação passional, porque acham ser "muito chato" viver sem festas, sem emoções fortes, sem agitação contínua. Nada a reclamar, dessas pessoas, que ainda estão em fases anteriores do processo de individualização e que precisam de mais tempo para atingir posições de vanguarda. Não há quem não tenha sido o outro ou venha a ser o outro, num período de sua existência animal. Pode-se dizer "já fui você ontem" ou "serei você amanhã", ao se comparar com pessoas próximas, sem que altere seu amor próprio. Como se diz, "já fiz o curso primário" ou "farei o curso superior" O que se deve evitar é manter-se no curso primario eternamente, apenas porque se gosta daquela escola.

Vamos nos espelhar, portanto, no Joseph Ratzinger, que chegou à plenitude da felicidade, ficando só.

Adinoel Motta Maia

sábado, 23 de fevereiro de 2013

O Papa e o Reino de Deus



 
Este texto é dedicado às pessoas informadas que o compreenderão e a todas que, humildemente, quiserem progredir na sua própria senda, voluntariamente escolhida, buscando cotidianamente o conhecimento, assim exercitando a razão e menosprezando a paixão, no processo de evolução intelectual que conduz à sapiência, isto é, nas palavras de Jesus, ao “Reino de Deus”. Só pode ver todo o panorama, quem está no topo da escada. Aos que negam a existência desse panorama, só se pode dizer uma coisa: comecem a subir os degraus, trocando as atividades que apenas tomam tempo em vão, isto é, a vida animal, passional, por aquelas que trazem informação e promovem a prática intelectual. Ninguém se engane, contudo: só se sobe degraus com algum esforço e muita paciência nessa escada que exige muitas vidas seguidas para que se chegue ao topo. A boa notícia é que cada um de nós é um ego eterno, que se liga em cada vida a um ego neural no cérebro do feto que nasce e que morre com o corpo, como uma pessoa se liga ao disco rígido (HD) e ao processador (CPU) de cada um dos seus computadores, um depois do outro.

***

   No exato momento em que este texto é publicado no Blogart, há uma suspeita de que a renúncia do Papa Bento XVI, anunciada por ele próprio para o próximo 28 de fevereiro, pode ser o inesperado, mas já pressentido início da insolvência de uma agremiação religiosa em crise letal, que deverá ser substituída por algo mais que crença, com o anunciado regresso do ego sapiencial que nos visitou há dois milênios, ligando-se ao ego neural de um menino que nascia, chamado Jesus, filho do rico judeu essênio e construtor José e da virgem columba do templo dos essênios, Maria.

   Coincidência?

   Não existe a coincidência, com a conotação que se costuma dar, de um fenômeno estruturado pelo acaso. Só se deveria dar esse nome ao evento sem causa, se isso pudesse ocorrer. Duas folhas que caem de uma árvore num mesmo momento, fazendo trajetórias diversas no ar e chegando ao solo, uma sobre a outra, estão obedecendo leis naturais que as fazem convergir, nessas trajetórias, para aquele lugar, num mesmo momento ou em momentos diferentes. Melhor será falar, sempre, em convergência e jamais, em coincidência, portanto. Pode-se falar, assim, em coincidência, apenas como uma convergência quando as causas e leis envolvidas são desconhecidas. Isto significa, portanto, que o uso da palavra coincidência significa tão somente o desconhecimento, a ignorância, do que provoca ou promove o fenômeno de convergência. 

   Como temos, sempre, de perseguir o conhecimento das causas que geram todos os fenômenos – isto é Ciência – não podemos deixar as ocorrências ao sabor da paixão, da emoção, que tudo confunde e desvia para o perigoso lugar da especulação, não raramente a serviço de interesses inconfessáveis. Não há coincidência, portanto, no fato de haver uma crise desmesurada na Igreja Católica – cuja base histórica foi produzida pelo Cristianismo Primitivo organizado por Paulo de Tarso – exatamente no momento há dois mil anos anunciado por Jesus, o Nazareno, para a volta do seu ego eterno, ligando-se a um novo ego neural, na Terra, em outro recém-nascido que não se chamará Jesus.

   Para bem compreender o que ocorrerá nos próximos anos, temos de saber que Jesus foi o nome de um homem que nasceu como qualquer homem, filho de um homem muito velho e de uma mulher ainda adolescente que foi preparada no templo essênio do mosteiro do Monte Carmelo, para ser a mãe privilegiada do menino que, ao nascer, teria seu ego neural intelectual ligado a um ego eterno sapiencial, do chamado “Reino de Deus”. Cada ser humano, ao nascer, tem um ego neural que surge no próprio cérebro ainda no útero materno e morre com o próprio corpo. Sua memória se perderia então totalmente, se não fosse, antes, passada diariamente, ao dormir, durante a vida, para um “back-up” fora do corpo, a este ligado, assim contribuindo para o desenvolvimento de um ego eterno que acumula experiências de várias vidas e assim evolui do animal para o intelectual e deste para o sapiencial, que já se encontra nesse referido “Reino de Deus”[1].

   Assim, não será o homem Jesus, o que voltará, mas esse ego sapiencial que a ele se ligou há dois mil anos e que logo deverá estar se ligando ao ego neural de um menino que nascerá (ou já nasceu) em algum lugar da Terra, de pais escolhidos por ele, com nome ainda desconhecido, para cumprir sua promessa de retorno, realizando o que disse ser o “Juizo Final”, quando serão separados os egos humanos que têm chance de permanecer evoluindo, até tornarem-se sapienciais, em outras vidas na Terra; daqueles, animais, que se ligaram a cérebros intelectuais produzidos pela reprodução humana desenfreada e que voltarão a se ligar aos animais, porque algo ocorrerá que diminuirá consideravelmente a população humana neste planeta.

   Quem quiser entender melhor o que está acontecendo leia este parágrafo. Dois mil anos atrás, conhecida a população da Terra, já era possível projetar qual seria o número de habitantes no planeta, hoje. Se cada ser animal tem um ego neural no próprio cérebro, sede da sua estrutura de consciência, este é ligado a um ego eterno, fora do corpo (no “Reino de Deus”), que é o seu Inconsciente e que armazena os dados de sua experiência, dia-a-dia, processando-os e arquivando tudo de modo a promover a evolução genética de cada indivíduo que terá um cérebro melhor para se ligar a um ego mais evoluído, numa vida posterior. Assim ocorre a evolução das espécies na Terra. Acontece, porém, que a grande maioria das pessoas acomoda-se na diversão, no prazer, na paixão e descuida-se do estudo, da razão, com um equipamento intelectual no cérebro que não é utilizado de modo que seu ego eterno não cresce, mantendo-se quase apenas animal. Por ouro lado, a população cresce continuamente e como também os egos animais não evoluem, acabam sendo estes os que se ligam aos egos neurais dos novos seres humanos que nascem com cérebros intelectuais, mas hospedam egos animais. É como entregar um avião para uma criança pilotar. Esses seres humanos com egos neurais intelectuais, ligados a egos eternos animais, por falta de egos eternos intelectuais em estoque, procedem como animais e sofrem muito em suas experiências cotidianas, precisando de muita educação e informação para se ajustarem e evoluírem. Evidentemente, em dois mil anos, acumula-se uma enorme quantidade de seres humanos com egos neurais intelectuais ligados a egos eternos que se mantiveram animais, de modo que se pode olhar em volta e ver autênticas feras, aumentando a criminalidade, a violência, a estupidez, de forma incontrolável. É o momento do Juizo Final, que promove uma grande mortandade necessária ao equilíbrio na Natureza. Diminui-se drasticamente a população de egos neurais intelectuais em cérebros humanos, que voltam a receber apenas egos eternos intelectuais, enquanto os egos eternos que permaneceram animais voltam a se ligar em corpos animais. Ao mesmo tempo, por outro lado, aqueles egos eternos intelectuais que, ao contrário, evoluíram para se tornarem sapienciais, não mais precisam fazer experiências em seres humanos intelectuais e são promovidos a seres sapienciais, no dito “Reino de Deus”. É esse processo que se diz ser o Juízo Final. Os egos eternos que aproveitaram ligar-se a egos neurais intelectuais e evoluíram para egos sapienciais, irão definitivamente para o Paraíso, isto é, o (Reino do) Céu. Os que se mantiveram como intelectuais, voltarão a ligar-se a seres intelectuais, na Terra, em corpos humanos. Os que não aproveitaram estar ligados a egos intelectuais e se mantiveram como animais, retornarão a corpos animais. Esta é a Lei de Deus, que é o próprio Deus.

   Feito esse esclarecimento, indispensável, podemos começar a entender o que se passa no Vaticano, onde, evidentemente, vive-se no Reino dos Homens. Estão todos conscientes de que o Cristianismo foi fundado por um judeu romano – Saulo de Tarso – que criou uma igreja para os gentios, povos que adoravam deuses pagãos, introduzindo nessa nova igreja os rituais do paganismo romano, egípcio e grego, entre outros, misturando-os com palavras atribuídas a Jesus, o Nazareno, cujos pais, José e Maria, eram essênios. Além dos judeus essênios, contudo, já existiam naquele tempo outras ordens, não religiosas, mas místicas, que testemunharam e registraram, mantendo relativamente secretos, os conhecimentos que se adquiria com as experiências humanas, mas também aqueles outros, recebidos do que Jesus chamou de “Reino de Deus”, constituindo-se assim uma estrutura paralela às religiões e à ciência que nascia na Idade Média exatamente pelas mãos de tais místicos, como Pitágoras, Nicolas Flamel, Isaac Newton, René Descartes, entre muitos outros.

   A Igreja Católica, que se estruturou na base do Cristianismo e teve o apóstolo Pedro levado ao trono, como primeiro Papa, manteve nessa Corte uma sucessão de privilégios para dizer e mandar fazer aos fiéis, a partir da ideologia de Paulo (Saulo) de Tarso, assim criando a figura de “Jesus Cristo”, que acabou se confundindo com o deus Mitra dos romanos, quando estes, através do imperador Constantino, oficializaram a nova religião em Roma. A sucessão dos papas que conta a história da Igreja Católica é um misto de grandes feitos e posturas, por um lado vergonhosas, próprias dos homens em sua diversidade de caráter e de níveis evolutivos, e por outro lado, sem dúvida, de verdadeiros santos; mas também outros, ao contrário, de criminosos que derramaram sangue à beira dos altares. Tudo isso está na História à disposição do público em geral. Assim, ao longo desses dois milênios de acertos e erros, pode-se ver uma melhoria considerável no comportamento dos papas e da própria Igreja, como um todo, no último século, mas o que era uma estrutura de Deus na Terra, passou a ser, com o papa João XXIII, “paulatinamente”, uma estrutura do Homem no Céu. Já não vale a Lei de Deus, que pune sem dó nem piedade, a quem erra e precisa evoluir pelo sofrimento dessa punição, assim educativa. Passa a valer o perdão universal e a humanidade se enche de criminosos que são perdoados com penitências pequenas como rezar dez padre-nossos ou frequentar missas e confessar-se periodicamente, contribuindo como puder para manter a estrutura eclesiástica. Multiplicaram-se os pecadores idiotas, que pensam ser um padre ou um bispo autoridade suficiente para anular a lei divina, que continua punindo, após a morte do corpo, o ego eterno, que se liga sucessivamente a outros corpos e pode ser um destes, aleijado ou situado em regiões que são o próprio inferno.

   É evidente que um estudioso da estirpe de Joseph Ratzinger – o papa Bento XVI – sabe de tudo isso. É evidente que está cuidando do seu ego eterno, primeira obrigação sanitária de qualquer corpo psíquico, quando renuncia ao mandato que aceitou com sacrifício, para resolver temporariamente uma carência de líderes, numa corporação que tende há alguns anos para a solvência, em crises morais e financeiras que a racham em blocos inconciliáveis. Mais um vez, a sede pelo poder prevalecerá e as divisões levarão ao cisma inevitável. É uma questão de tempo, num momento em que algo novo surge no horizonte, quando a ciência penetra nos segredos do Universo, a casa do Deus que não é um Ser Criador, mas a própria Lei da criação, inalterável, irremovível e irrevogável[2].

   Servir a Deus é simplesmente obedecer a essa Lei, que, para isso, precisa ser conhecida. Nada mais. A verdadeira caridade, portanto, não é aliviar a dor de quem sofre por ter desobedecido a Lei (pecar significa fazer o que é proibido por Ela), mas mostrar onde e como a pessoa errou, dando-lhe a informação para que não mais o faça. O sofrimento sempre é educativo e é o único modo pelo qual se deixa de errar, quando não se segue a Lei. Quando o Papa João XXIII realizou o Concílio Vaticano II e lançou poderosas encíclicas que mudaram o mundo, inverteu a ordem de tudo, livrando os homens de servirem a Lei e colocando a Lei a serviço dos homens. Pura demagogia, que desestruturou todo o processo evolutivo entre os homens. A humanidade caminha inteira para o crime, hoje em dia, porque cada ser humano pensa que não é punido, se consegue o perdão dos homens. Não se está dizendo o básico: quem erra tem consciência do seu erro e isso basta para que seu ego eterno pague a sua dívida numa vida posterior, atrasando sua própria evolução, religando-se a corpos deficientes ou em lugares agressivos, para que esse sofrimento educativo o leve a retornar ao eixo evolutivo.

   Assim, o crime que sempre esteve no Vaticano pontualmente, generalizou-se em orgia desmesurada, ao ponto de um Papa desobedecer ao Espírito Santo que o elegeu para morrer na função, renunciando não pelo medo, mas pela vergonha. Por não se sentir mais à frente de uma Igreja desvirtuada, que precisa de uma varredura geral, que puna ainda na vida atual, os que certamente serão corrigidos naturalmente pela Lei impessoal da consciência de atração e evolução universais[3].

   Este texto está sendo publicado no Blogart às vésperas dessa renúncia anunciada e marcada para o dia 28 de fevereiro de 2013, dentro da Quaresma, seguindo a trilha de Jesus, que foi transformado em Cristo à sua revelia e desrespeitado em sua biografia, desde o seu nascimento até a sua morte, que não aconteceu na cruz, mas muitos anos depois e muito longe de sua crucifixão, em Jerusalém. Na medida em que os documentos antigos vão aparecendo e a arqueologia trabalha cientificamente, a verdade aparece clara e incolor. A coragem do intelectual Joseph Ratzinger é apenas mais uma no rosário de atitudes que despertam pessoas e estruturas outras de consciência, que constroem o Universo dia a dia, hora a hora... Assim como os micróbios, não citados no Gênese bíblico, foram descobertos há muito tempo, esta é a hora de conhecermos os macróbios que ainda estão fora dos dicionários, com a conotação de seres tão grandes que as galáxias são como átomos em seus corpos. Um deles determina para todos nós o que nós determinamos para quem habita um dos satélites de um elétron qualquer de nosso corpo. Todos, micros e macros, estão enquadrados na Lei única, universal, de Deus, que – repito – não é um Ser, mas uma Lei determinante da atração e da evolução que gerem o espaço cósmico infinito.

   O ego eterno de Jesus prometeu voltar agora, na passagem da era de Peixes para a de Aquário. Estará ligado a um ser humano com outro nome. Não será Jesus. Não teremos que procurar um homem que se comporte como Jesus ou que repita palavras de Jesus. Na verdade, não temos de nos preocupar com isso. Cada um deve preocupar-se apenas consigo mesmo, individualmente. A sociedade só evolui com a evolução de cada um de seus indivíduos. Assim, o que importa é o indivíduo consciente de sua própria evolução, resultante do seu próprio comportamento, da sua própria aplicação em busca do conhecimento, todo o conhecimento que possa obter. Aquele que vive cotidianamente nos bares e nos ares não tem salvação. Alguém precisa lhe dizer isso. O objetivo de qualquer Igreja não é atingir metas sociais e políticas para aumentar o seu rebanho de cordeiros ignorantes, mas levar esse rebanho aos valores que promovem a evolução de cada indivíduo em direção ao “Reino de Deus”, onde já estão os seres sapienciais, egos eternos que se ligam a egos neurais abrigados em cérebros humanos, como nós, humanos, nos ligamos aos nossos computadores.

   Estejamos atentos, portanto, ao que advirá da renúncia do Papa. Evidentemente, por algum tempo, até que Joseph Ratzinger morra, teremos dois papas. Ele continuará Papa Bento XVI para o Espírito Santo, que o escolheu. O outro será papa para o Colégio dos Cardeais que o escolherem, apenas para estes e para seus seguidores. Dois papas simultâneos na Igreja significa Cisma, apenas isto. O que temos de observar, por enquanto, é quem e quantos ficarão com o Espírito Santo e por outro lado, quais serão os que preferirão o Colégio dos Cardeais. Depois se verá o fim disso tudo. Pode ser o fim da Igreja Católica e Apostólica Romana. Ou não. Assim é o caminho dos errantes.
Adinoel Motta Maia


[1] Ver este assunto no livro “A Cruz dos Mares do Mundo”, já nas livrarias.
[2] Ver o livro “A Noite dos Livros do Mundo”, nas livrarias.
[3] Ver “Teoria Unificada do Universo”, no Google. Publicada originalmente na Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, edição de 2007.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

21 DE DEZEMBRO DE 2012


APOCALIPSE: JESUS (ANTI) CRISTO
 
 HÁ HOMENS INTELECTUAIS E SAPIENCIAIS.
MAS HÁ OUTROS HOMENS QUE SÃO APENAS ANIMAIS.

 
Introdução

Este artigo foi elaborado especialmente para publicação no Blogart, no dia 21 de dezembro de 2012, do solstício, marcado por ser o último dia do calendário maia, elaborado quando essa civilização americana estava ativa. Algumas pessoas interpretaram isso como a crença dos maias em que esse seria o último dia da humanidade e a mídia mundial especulou, relacionando-a com um “apocalipse” cristão, por sua vez costumeira e erradamente associado à ideia de esperado e nunca ocorrido fim do mundo. Tanta ignorância, na cultura do medo, merece uma resposta, com o objetivo de lançar alguma luz sobre um panorama, cada vez mais sombrio, imposto à humanidade. Nossa proposta, com este texto é aproximá-lo o mais possível do rigor científico, numa área costumeiramente regada pela religião, porque a Física estuda apenas os fenômenos que ocorrem em velocidade igual (ou inferiores) à da luz e não aceita a Psíquica, onde essas velocidades são superiores.  Vamos, portanto, focar nossa revelação (apocalipse) em alguns fatos.

O Livro do Apocalipse de João

A palavra grega “apocalipse” – revelação – tornou-se indicativa de “fim do mundo” porque se refere a uma batalha final – em Harmagedon – na qual os filhos das trevas (da ignorância) combatem os filhos da luz (do conhecimento). Os que implantaram a religião cristã, logo após a oficialização desta pelo imperador Constantino, escolheram o Livro do Apocalipse, do presbítero João, como o último do Novo Testamento e consequentemente, da Bíblia Sagrada. O texto profético desse livro anuncia uma batalha final entre o Cordeiro e a Besta – que os intérpretes consideram como Cristo e Anticristo – mas o fato de ter sido escrito na ilha de Patmos, ali próxima a Éfeso, na Ásia Menor – por onde andou Paulo de Tarso – no momento em que este criava o Cristianismo, evidencia sua ligação com toda a proposta paulina de usar a figura e a história de Jesus a serviço de seus ideais políticos e religiosos, ao forjar uma igreja para os gentios, dos quais se considerou apóstolo, incorporando os rituais romanos, gregos e egípcios a ela, porque dos deuses adorados por tais gentios. Está claro que o romano judeu Saulo, de Tarso, passando a chamar-se Paulo, criou uma igreja sua, para atrair os gentios, usando a imagem e a história de Jesus e atribuindo a este o título de Cristo (Messias, em grego), assim chamando-o de Jesus Cristo. Saulo ou Paulo nunca foi discípulo ou apóstolo de Jesus e jamais o viu em pessoa. Um primeiro e importante indício da manipulação dos fatos a serem misturados com essa proposta político-religiosa é o uso dessa expressão Jesus Cristo, inteiramente falsa, porque Jesus nunca foi chamado de Cristo, desde o seu nascimento até sua crucificação. Com a morte de João Batista – este sim, considerado o Messias – houve tentativas nunca aceitas por Jesus em fazer dele seu sucessor. Por influência ou encomenda de Paulo, que escreveu a expressão “Jesus Cristo” em seus livros, os evangelistas também juntaram indevidamente as palavras Jesus e Cristo em seus textos para justificar a proposta dessa nova igreja como opção para os gentios, isto é, para os aldeões pagãos, não judeus. Essa sugestão política seria de Pedro, o apóstolo que insistia em fazer de Jesus um Messias, sem sucesso. A referência a Jesus como Cordeiro, como Cristo e como Senhor também no Livro do Apocalipse mostra que o presbítero João, de Éfeso, estava inserido no mesmo projeto de Paulo de Tarso, assim por ele cooptado provavelmente numa de suas passagens por Éfeso. A palavra “Anticristo” não está, contudo, no texto de João. O que lá se encontra é a “Besta”. A ideia posterior de dar à Besta a designação de  Anticristo – além de rechaçar qualquer oposição à nova igreja, ad infinitum – dar-lhe-ia uma armadura tão poderosa, que o próprio Jesus seria considerado Anticristo se voltasse ao meio dos homens e se opusesse a esse assim chamado “Jesus Cristo”, que ele nunca foi.

É evidente que, em favor da História como ciência e da Humanidade, que merece respeito, faça-se a revisão – sempre é o momento para isso, por maior que seja o atraso – no sentido de esclarecer que o Cristianismo, com suas igrejas católicas e protestantes, é a Religião de Cristo, feita para os gentios e não para os judeus, criada por Paulo de Tarso com a parceria de Pedro, o discípulo e apóstolo de Jesus que o negou três vezes. Este fato em nada a desmerece ou ofende, porque trilhou o seu caminho e fez a sua própria História, até hoje. Nessa revisão, ao invés de Jesus que foi crucificado, deve ser colocado João Batista, que foi degolado, como o seu Messias inspirador e mártir. Com isso, dar-se-á a João Batista o mérito e a memória que lhe têm sido negados e se livrará Jesus de uma proposta que nunca foi sua: a de criar uma igreja.

A missão de Jesus

O dia final do calendário Maia – 21 de dezembro de 2012 – é uma data astronômica de importância cíclica, que determina o início de uma nova etapa na evolução da consciência em uma parte do espaço que chamamos de Universo. Desde que surgiu a vida na Terra – ainda não temos notícia dela fora do nosso planeta – a reprodução celular é a base do processo evolutivo dos seres vegetais, que receberam alma e evoluíram para os animais. Ao contrário do que se costuma dizer e acreditar, a palavra alma, derivada de anima, que significa movimento, é uma força que o feto recebe no nascimento, com a energia vital vinda do Sol, encontrada no oxigênio do ar que respiramos. Esta é a única razão de respirarmos. Todo o nosso sistema respiratório existe para que possamos receber essa energia e ter essa força em cada célula. Quem não respira, morre. As religiões costumam confundir e chamam de “alma” ou “espírito” ao ego eterno que se encontra no espaço cósmico e que se liga ao ego neural do cérebro do feto, também no nascimento. Há religiosos que dizem ser essa ligação feita com um “cordão de prata”, que só se parte quando a pessoa morre. Assim, a alma que entra no corpo, no seu nascimento e sai na sua morte, é apenas uma força que movimenta o ser animal. O ego não entra nem sai. Há um ego físico neural no cérebro que nasce e morre com este, tendo assim apenas uma vida e perdendo com esta, sua memória. Há, contudo, outro ego psíquico fora do corpo que é eterno e se liga àquele ego neural, acumulando a memória das vidas de todos os egos neurais aos quais se ligou. Jesus foi apenas um ser humano com um ego neural como qualquer um de nós. Sua grande diferença foi ter se ligado a um ego psíquico eterno superior, porque já tendo sido intelectual, evoluiu e tornou-se sapiencial.

Neste 21 de dezembro de 2012 temos uma data propícia para fazer esta revelação, porque se divulgou erradamente ser esta a data do Apocalipse de João de Éfeso, que nenhuma relação tem com o calendário maia  Para não frustrar a expectativa geral, vamos aproveitar para revelar o fruto de uma longa pesquisa – 55 anos – realizada em silêncio, com extensa bibliografia à disposição de todos e que põe os pontos nos ís, anunciando que o que está acabando é o mundo dos que exploram a boa fé dos ignorantes. Charles Darwin fez um ótimo trabalho, mas está incompleto. O homem é muito vaidoso para admitir que há seres superiores a ele, na Terra. Inventa até que são extra terrestres, para se manter no topo dos que são da Terra. O fato científico é que há uma força que deu movimento próprio aos seres vivos. Essa força – alma ou anima – deu a esses seres a designação de animais. Ela circula no sistema nervoso e atua diretamente no cérebro, que evoluiu por pressão psíquica nos nervos, de modo que os mais primitivos, como os cupins, as abelhas e as formigas, vivendo coletivamente em colônias, sofrendo suas experiências e acumulando memória, processou esse conhecimento, esses dados, aumentando e melhorando suas células nervosas em estruturas de consciência mais complexas, de modo que evoluíram para os animais que vivem coletivamente em bandos – peixes, aves – que evoluíram para os répteis, com cérebro mais complexo, tendendo para comportamento individual, que se manifestaria mais tarde e nitidamente nos mamíferos, até que um destes surgiria com a capacidade de criar e interpretar símbolos. A esse cérebro e esse indivíduo animal, dito homem, classificou-se como intelectual, o que tem e utiliza o intelecto, com maior capacidade craniana para atender sua exigência de mais memória e maior velocidade de processamento de dados, frutos de maior sofrimento com mais experiências físicas e psíquicas, lutando basicamente pela sua sobrevivência e em seguida por conquistas culturais. Esse homem criou tecnologia e com ela ferramentas, entre as quais as eletrônicas, com as quais amplia sua memória e sua velocidade de processamento, mas igualmente, no próprio cérebro, também tem pressionado individualmente uma evolução nesse sentido, de modo que podemos afirmar já existirem intelectuais cuja atividade neural aumentou consideravelmente a reprodução de neurônios e a estruturação dos dendritos, ampliando a capacidade de memória e a velocidade de processamento em seus cérebros de modo que podem obter conhecimento novo instantaneamente, sem a baixa velocidade do procedimento racional, dito intelectual. São estes, os sapienciais, estádio mais avançado da evolução na Terra.

A missão de Jesus, há dois mil anos, na Terra, portanto, foi apenas a de dizer aos homens que cada um pode evoluir individualmente para tornar-se um sapiencial e assim, desligar-se das obrigações materiais, vivendo para sempre no Reino de Deus, onde estão os seres sapienciais, aqueles que podem estar onde querem a qualquer momento e sabem tudo instantaneamente. Chamou a isso de Salvação. Mostrou-se como filho do Homem (seu pai físico era intelectual) e como filho de Deus (seu Pai psíquico era sapiencial). Reuniu seus doze discípulos mais próximos e capazes, fazendo-os apóstolos, com a missão de espalhar essa boa notícia pelo mundo. Assim, utilizar o seu nome e a sua história para fundar uma igreja, foi uma apropriação indébita que a humanidade precisa corrigir. Ele trouxe ciência e essa igreja mostrar-se-ia inimiga da ciência, perseguindo e matando os que buscaram a verdade. É de se esperar, que, um dia, quanto mais cedo melhor, ela faça o que manda seus fiéis fazerem: confessar o seu erro, para que a humanidade a perdoe e a ajude a ir em frente, no seu trabalho de ajudar os que mais precisam, ainda em degraus mais baixos da escada da intelectualidade.

A volta de Jesus

A História nos tem falado de seres excepcionais que aparecem na Terra com o conhecimento divino, sapiencial. É possível que já tenhamos tido civilizações tecnologicamente mais desenvolvidas do que a nossa, todas destruídas por cataclismos eventuais de origem cósmica ou telúrica, deixando ruínas com evidentes sinais da mais alta civilização, não raramente mostradas na televisão como sendo de prédios feitos por seres extra terrestres que teriam colonizado a Terra. Por que ir buscar lá fora o que é provavelmente nosso? Para não admitir que podemos sumir do mapa, porque esse mapa pode ser violentamente alterado num piscar de olhos? Quando se escreveu que Jesus prometeu voltar, foi porque ele assim o disse, por saber – como sapiencial – do seu passado e do seu futuro. Quando voltar, não será Jesus, nem Cristo, nem Buda, nem Maomé. Será alguém com outro nome, dado ao nascer por seus pais, dois seres humanos intelectuais, tendo um ego neural, em seu cérebro, ligado a esse ego externo e eterno, assim um ser que não é o de costume, ainda intelectual – há muitos a espera de religação, depois de se desligarem de um ego neural que morreu – mas, sim, o de um ser sapiencial, que já vive fora da Terra, num ambiente que Jesus disse ser o Reino de Deus. Deverá voltar em breve, porque isso costuma ocorrer a cada dois mil anos. Ninguém deverá procurá-lo como Jesus e muito menos como Cristo. Poderá passar sem ser percebido por mais de doze pessoas.

Adinoel Motta Maia

 

PS - Poderia relacionar aqui, à guisa de bibliografia, algumas centenas de livros que já li, assim como milhares de artigos, reportagens e notícias relacionados com este tema, nos quais pesquisei e estudei para chegar a um conhecimento novo – não apenas esta revelação – mas ao invés, encaminharei o leitor, inicialmente, ao artigo “Teoria Unificada do Universo” que será encontrado no Google, assim entre aspas ou com o nome Adinoel junto. Também devo recomendar ler os textos anteriores deste blog e os que se seguirão. Há muito mais coisa a revelar. Finalmente, os livros da trilogia “Nortada”. O primeiro já está nas livrarias há um ano – “A Cruz dos Mares do Mundo”; o segundo estará ainda neste fim de ano – “A Noite dos Livros do Mundo”. O terceiro, ainda está sendo concluído e deverá ser lançado no dia 29 de março, que será a sexta-feira da paixão e o aniversário de Salvador, nossa cidade – “A Trilha dos Santos do Mundo”. São três romances com apêndices cheios de revelações.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

OS SERES SAPIENCIAIS DO REINO DE DEUS


 

 

ESTE TEXTO, PUBLICADO NO BLOG


PELA PRIMEIRA VEZ EM

12.12.12

É APENAS PRELIMINAR, ANUNCIANDO
 A REVELAÇÃO A SER FEITA EM

21.12.12

NESSE MESMO BLOG

 

 

Adinoel Motta Maia*

 

   É importante deixar claro, que já se tem dois mil anos de trabalho realizado, desde que Jesus, nascendo homem, filho de seres humanos, com seu próprio ego neural ainda no útero materno, foi assim ligado a um ego eterno, com a memória de muitas vidas anteriores, como ocorre naturalmente, em todos os nascimentos, no momento em que é cortado o cordão umbilical e o ar com a força vital do Sol penetra pela primeira vez nos pulmões do novo ser humano.   Este momento equivale àquele em que, pronto um computador, o ligamos numa tomada e nele introduzimos a energia elétrica vinda de algum gerador. No caso do ser humano, o gerador é o Sol e o condutor é o ar. Para isso, temos de respirar. Por isso, corta-se o cordão umbilical.[1]

   No caso de Jesus, no entanto, esse ego eterno não seria o de uma sequência de seres ainda em estádio intelectual, mas o de um ente que já atingira o estádio sapiencial – passo evolutivo posterior ao intelectual – existente em outro ambiente da consciência, por ele revelado como o Reino de Deus[2].

   Parece que as pérolas, então por ele assim lançadas aos porcos que apenas as mastigaram e com elas se feriram, foram aproveitadas pelos poucos que as apreciaram e entrariam na História como verdadeiros discípulos – não apenas doze – de Jesus, o Nazareno, cujos seguidores semearam com denodo e lograram aumentar muito o número de gnósticos a lavrar o terreno para receber a sapiência, preparando o advento da nova raça sapiencial, para assumir o controle da Terra, ainda em mãos da intelectual.

   Quem acha que tudo isso é novidade – ou blasfêmia – não leu a Bíblia como está escrita, mas apenas conforme tem sido explicada por pastores de cordeiros condenados ao sacrifício cotidiano. Desde os livros mais antigos – os atribuídos a Moisés – está dito ali que as filhas dos homens se casaram com os filhos dos deuses. O fato é que desde então, já têm surgido na Terra, egos mais evoluídos, que formam uma espécie que dominará os intelectuais – como estes dominam hoje os animais – respeitando-os, contudo, porque cada um desses egos, afinal, sendo eterno, evolui de animal para intelectual e de intelectual para sapiencial.

 

Nada se altera para quem está embaixo. Só os que sobem, mudam de posição

 

   Neste momento de revelação, o planeta se reestrutura para que esse domínio se transfira naturalmente e os seres sapienciais assumam o comando na sequência evolutiva da consciência, nele. A Boa Notícia – o Nazareno a trouxe, como Salvador – é que todas as pessoas humanas, seres inteligentes, intelectuais, poderão evoluir para se tornarem seres sapienciais, dependendo apenas de como cada um trilhe a sua senda, suba a sua escada, vida após vida, religando seu ego a corpos cada vez mais evoluídos geneticamente, em lugares onde sejam mais e melhor educados, assim preparando-se para entrar no Reino de Deus.

   Mais que pão e circo, o homem precisa de conhecimento, para evoluir. Jesus revelou que todos os seres humanos têm potencial para almejar e realizar sua própria evolução, desde que usem sua inteligência para subir, individualmente, sua escada, em busca de (de)graus mais elevados, dos quais verão mais longe, ampliando seus respectivos horizontes. É este, contudo, um processo lento que respeita os que querem permanecer embaixo, apenas divertindo-se, sendo inaceitável eliminar os que recusam fazer o esforço individual em busca de sua própria evolução. A Terra é de todos, desde os minerais e os vegetais até os animais, os intelectuais e os sapienciais. Todos devem ser respeitados nas suas opções. Os líderes políticos que fazem as guerras ideológicas com o objetivo de eliminar as massas ignaras e acelerar o processo evolutivo – Hitler, por exemplo – são igualmente ignorantes do fato de que os assim eliminados em corpo, permanecem em níveis anteriores de sua evolução psíquica, voltando à vida telúrica, em novos corpos, com o mesmo estádio psíquico em que a deixaram, mas altamente prejudicados pelo tempo perdido.

   Alguns ou muitos líderes políticos e religiosos – ou seus asseclas – que, por outro lado, censurem e impeçam a publicação de textos como este e que, sendo eles publicados, os procurem e destruam, nos obrigam a reproduzir quantas cópias deles possam ser feitas e distribuídas, inclusive traduzidas para outros idiomas, escondidas até para que a posteridade as encontre, como aconteceu no século XX, por exemplo, com os manuscritos do Mar Morto, que mostram como foram alteradas as revelações feitas por Jesus sobre o Reino de Deus. Assim, de início, já é sinal de bom nível intelectual, espalhar textos como este por todo o mundo.

 

O Reino de Deus (o Paraíso) é a morada dos egos eternos dos seres sapienciais

 

   Jesus era o Nazareno e enquanto viveu nunca foi chamado de Cristo, apesar dos alegados apelos dos seus próprios discípulos, segundo os evangelhos, para que incorporasse o Messias[3]. O nome grego Cristo surgiu como proposta de Saulo – depois Paulo – de Tarso, um soldado romano a serviço do Rei Herodes que via Jesus como uma encarnação do deus Mitra, o Sol Invicto dos romanos, entre os quais ele se colocou, designando-se apóstolo dos gentios, isto é, dos aldeões que não eram judeus, homens ignorantes que aceitaram Jesus como Mitra em missão entre os homens e criando uma religião a ser professada nos templos e com os rituais do Mitraísmo, nos quais também se repartia o pão e o vinho, entre outras práticas até hoje realizadas nas igrejas cristãs. Até que o imperador romano Constantino, tendo observado um fenômeno solar que projetava uma cruz no céu, no momento de invadir Roma, atribuiu a esta um sinal do próprio Mitra –  o Sol Invicto – que se tornava Cristo, adotando então essa nova religião, o Cristianismo, que o teria colocado vitorioso dentro de Roma, ao invadi-la.

 

   O Nazareno, diferentemente, era um essênio de nome Jesus, nascido filho do homem e ligado à consciência sapiencial, que equivalia à de um deus ou o fazia um Filho de Deus, enviado de um reino onde estão os egos mais evoluídos e eternos, que já não precisam de corpos materiais – o Reino de Deus – e que escolheu apóstolos para espalharem-se pelo mundo de então e levarem essa notícia, revelando a eternidade do ego e a chegada, àquele reino, dos intelectuais que se preparassem para tal e fossem julgados aptos num processo chamado de “juízo final”, por ocorrer ao fim de mais um ciclo evolutivo, uma era astronômica. Todos nós temos um ego neural no cérebro, mas somos ligados a um ego eterno, no nascimento, que está fora do corpo e tem a memória de todas as nossas vidas na Terra[4]. Quando esse ego eterno chega ao topo da evolução da consciência, passando de intelectual para sapiencial, só retorna à Terra quando quer, como fez aquele que se ligou ao ego neural de Jesus, há dois mil anos. A cada 2160 anos – uma era – um ego sapiencial faz isso, para trazer essa revelação para os intelectuais que estejam preparados para recebê-la, por terem se dedicado ao estudo e à pesquisa, que elevam o ego neural e consequentemente o ego eterno a ele ligado.

 

Cada indivíduo é o único responsável pela evolução e o futuro do seu ego eterno

 

   Evidentemente, têm sido grandes as dificuldades para tirar os homens das trevas da sua ignorância, resistentes à luz desse conhecimento, o que determinou uma velocidade menor para a evolução das estruturas de consciência, assim determinando a ligação de egos ainda não qualificados para o preenchimento das vagas criadas com o aumento populacional dos seres humanos, que, assim, têm recebido egos com experiência apenas de vida animal. A teimosia em não querer conhecer os processos naturais geridos pelas leis psíquicas da atração e da evolução da consciência, apenas prolonga o sofrimento humano que opta pela escuridão da ignorância, o gozo da paixão e a comodidade da diversão. Cada indivíduo é o único responsável pelo seu futuro. Muitos se atrasam em sua senda, para ajudar os que estão pagando pelos seus erros e sua preguiça. Esta, contudo, é uma opção válida, desde que se esteja consciente do próprio sacrifício. Quanto mais coletivo é o ser, mais animal e menos intelectual ele é. Os insetos que vivem em colônias subordinadas a uma rainha são os mais primitivos, entre os animais. Com seu sofrimento e sua experiência, evoluem para tornarem-se egos animais que vivem em bandos (aves e peixes, por exemplo). A etapa seguinte é a dos que vivem em grupos, a partir dos répteis e dos mamíferos, onde se inicia um processo de individualização. Os mais evoluídos dos mamíferos é o homem, que é intelectual e pode ser feliz vivendo isolado, voltado apenas para o seu interior, tornando-se um sapiencial.

 

   A Boa Notícia, que Jesus nos trouxe para salvar cada indivíduo da Terra, é que cada um de nós pode subir sua escada sozinho, sem depender de nada e de ninguém, apenas com observação, estudo, pesquisa e experimentação. Quem se distrai ou se diverte no caminho, interrompe a sua progressão. Quem andar mais rápido irá precisar de até mil ou mais de dois mil anos, vivendo com algum sofrimento no início e muita alegria no fim. Os mais lerdos podem precisar de cinquenta ou cem mil anos, ou mais e talvez nunca atinjam a sapiência, já podendo comemorar por terem chegado à inteligência, onde muitos animais não chegam. Apesar do que, por absoluta falta de estoque de egos eternos intelectuais, os egos eternos animais estão se ligando a corpos e cérebros humanos, por causa do excesso de população entre os homens. Quando isso ocorre, na Terra, o desequilíbrio é total e os próprios homens promovem o fim de sua civilização. Isso já ocorreu muitas vezes na Terra, como bem sabem os arqueólogos. Parece que esse fenômeno social está começando a ocorrer agora, mais uma vez.

 

   Este texto é um simples anúncio da revelação que será feita neste blog em 21 de dezembro de 2012, uma data do calendário maia, que podemos considerar como o fim da era de Peixes e o início da era de Aquário, cada uma delas resultante do fenômeno da precessão dos equinócios, com a alteração do posicionamento do eixo da Terra em relação ao plano da eclíptica, que é aquele no qual a Terra se movimenta em relação ao Sol. É apenas um referencial para as ações no meio cósmico, como usamos o nosso calendário anual para agendar os nossos compromissos na Terra. Espero que a consciência em cada um que o recebe o passe para o maior número de pessoas em todo o mundo. Estou na cidade do Salvador, à margem da Baía de Todos os Santos, aonde a civilização chegou em 1501. Em muitas outras partes do mundo, encontram-se ruinas de civilizações anteriores que podem ter chegado a estádios superiores à nossa, atual, mas sofreram processos tão violentos que seus restos sequer nos permitem dizer quem foram ou como foram, neles havendo figuras, por exemplo, de seres que voam, consideradas extraterrenas por algumas pessoas que não aceitam podermos ter o mesmo destino, a mesma catástrofe, se continuarmos a abandonar nossa intelectualidade em benefício dos prazeres da animalidade à qual se entrega a juventude em todo o mundo.

 

·         Adinoel Motta Maia, aos 75 anos, é engenheiro civil, professor aposentado da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia, escritor e pesquisador, jornalista atuante na imprensa baiana até 1997 e agora escrevendo regularmente em dois blogs seus: http://adinoel-blogart.blogspot.com  e http://adinoel-adinoelmottamaia-adinoel.blogspot.com. Publicou a cosmologia Humanidade: Uma Colônia no Corpo de Deus (Edições Melhoramentos. S. Paulo.1981); sua Teoria Unificada do Universo (Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. Salvador. 2007, disponível no Google); o romance Morte na Politécnica (Editora da Universidade Federal da Bahia. Salvador. 1990); o ensaio A Era Ford (Editora Casa da Qualidade. Salvador. 2002); entre outros livros e inúmeros artigos. Está publicando sua trilogia Nortada (Selo AMME): A Cruz dos Mares do Mundo (outubro/2011), A Noite dos Livros do Mundo (dezembro/2012) e A Trilha dos Santos do Mundo (março/2013), aí revelando o resultado de suas pesquisas desde 1957, na Europa e na Ásia, sobre as civilizações antigas, as religiões, a vida de Jesus, o Reino de Deus e a evolução da consciência na criação das espécies. É fundador da Psíquica, como disciplina científica para o estudo das estruturas de consciência cuja velocidade é superior à da luz. A Física estuda aquelas cuja velocidade é inferior ou igual a esta.

 



[1] Sobre isso, leia-se o apêndice “Cada computador tem o seu senhor”, no livro A Cruz dos Mares do mundo (nas livrarias e em www.lojasingular.com.br), que lança a Psíquica.
[2] Leia-se também o segundo romance da trilogia, A Noite dos Livros do Mundo, que estará nas livrarias e na Internet ainda neste mês de dezembro.
[3] A palavra grega Cristo tem o mesmo significado da hebraica Messias. Esta foi utilizada com Jesus ainda ativo em Israel, por Simão, Pedro; a outra somente após a crucifixão, por Paulo de Tarso.
[4] As religiões chamam  esse ego eterno de alma ou espírito, que entra e sai do corpo, no nascimento e na morte. A ciência pode provar que não há incorporação ou encarnação, mas apenas ligação, como ocorre nos aparelhos eletrônicos, feitos à imagem do homem.