quinta-feira, 29 de março de 2012

CIDADE DO SALVADOR: ANO 2012

A salvação de cada indivíduo que sai do
Reino do Homem para o Reino de Deus


Hoje, 29 de março de 2012 chegamos aos 463 anos após o momento em que Tomé de Souza desembarcava na praia do Porto da Barra, nesta Cidade do Salvador, para fundar uma cidadela destinada a defender Vila Velha, o aglomerado humano que por-tugueses e tupinambás construíam na margem ocidental da já então denominada Bahia de Todos os Santos.
Resolveram, os historiadores, considerar esse momento como o da fundação da Cidade do Salvador, mas este nome só seria dado depois, inspirado pela Igreja, ao mandar para cá o bispo Dom Pero Fernandes Sardinha, que só chegaria aqui três anos após, em junho de 1552, para implantar a Diocese de São Salvador da Bahia.
Sardinha trouxe com ele uma imagem de Nossa Senhora das Maravilhas, mais conheci-da por nós, pelo fato (ou lenda?) de que, em frente a ela, o Padre António Vieira, ainda adolescente, no século XVIII, teria alterado sua atitude intelectual e atingido um brilho que marcaria sua vida na Bahia e na Europa.
Ora, São Salvador é simplesmente O Salvador, isto é, Jesus, considerado pela Igreja Católica como o salvador da humanidade, condutor dos homens para o Reino de Deus, mas vindo à Terra, aqui se incorporando como homem, nascendo da Virgem Maria, à qual os portugueses davam tanta importância que, por determinação do Rei, todas as expedições marítimas eram obrigadas a ter uma imagem dela a bordo, razão esta da Nossa Senhora das Maravilhas e não o próprio Jesus, ter vindo em escultura, com o bispo fundador da primeira diocese do Brasil, para ser entronizada na Sé, da Bahia..
Também por isso, Tomé de Souza trouxe com ele uma imagem da Virgem Maria. Hoje, a Nossa Senhora das Maravilhas que o bispo Sardinha colocou na Praça da Sé está no Museu de Arte Sacra, a poucos metros da Nossa Senhora da Conceição, que Tomé de Souza colocou numa igrejinha, atual Igreja da Conceição da Praia. Após anos de pesquisa e análise, cheguei à conclusão que ambas tiveram origem no livro do Apoca-lipse, de João , o Presbítero, sendo imagens diferentes com uma mesma concepção.
Como presente para os soteropolitanos (cidadãos de Salvador), no aniversário de sua cidade, transcrevo a seguir, dois trechos do romance “A Cruz dos Mares do Mundo” , que faz uma abordagem da descoberta da Baía de Todos os Santos, relacionada com fenômenos psíquicos associados à evolução da consciência na criação das espécies, estando os humanos telúricos no topo intelectual da animalidade, já evoluindo individualmente para uma espécie sapiencial, de iluminados, que estariam no que Jesus anunciou como o Reino de Deus, fora da matéria. Eis os pequenos trechos:



“Professor Alves da Rocha exibia sua erudição(...):

-- O Cabral, por exemplo, trouxe uma escultura de Nossa Senhora da Boa Esperança, retirada da igrejinha do castelo da família, em Belmonte. Com o Tomé de Souza, veio outra, de Nossa Senhora da Conceição, logo colocada numa capela de palha que man-dou fazer aí abaixo, próxima ao local onde se construiria em 1623 a matriz da nova freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Praia.

Nelson ouviu e consultou suas próprias anotações, passando seus estudos sobre Nossa Senhora da Conceição, cuja imagem fora criada pela visão de João, o presbítero de Éfeso – não o evangelista – abrindo a Bíblia e lendo parte do capítulo 12 do Livro do Apocalipse.

-- Pode-se dizer que João, referindo-se apenas a uma mulher, concebeu a imagem original de Nossa Senhora, fazendo-a grávida, já em trabalho de parto, seguindo o mo-delo das deusas da fertilidade, entre as quais Inana, da Suméria; Ishtar, da Babilônia; Ísis, do Egito e Ártemis, da Grécia, para a qual foi construído ali mesmo, em Éfeso, um templo considerado uma das sete maravilhas do mundo. Nesse sentido, essa Nossa Senhora, com o Menino Jesus, já nascido, portanto, poderia ser associada a esse templo, assim citada como a Nossa Senhora de uma das maravilhas do mundo. A Nossa Senhora das Maravilhas.

Nelson leu uma nota por ele escrita sobre Santo Ambrósio, que vivera entre 340 e 397, na qual este lançava Maria, mãe de Jesus, como modelo para a Igreja, considerando-a a própria Ecclesia, substituindo seu caráter de simples concepção para imaculada concepção, ela própria concebida sem pecado. Ao invés de estar sobre uma Lua Nova, com um dragão no céu, idealizada por João, sua imagem passava a ser em pé, sobre o planeta Terra, pisando numa serpente.”


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“Muitas imagens foram trazidas pelos navegadores, por determinação explícita do Rei D. Manuel I e sua esposa Dona Maria, seguida pelo seu sucessor, o Rei D. João III e Dona Catherina. Cada frei, padre, monge era obrigado a trazer para as terras recém descobertas uma imagem de Nossa Senhora. Por que justamente de Nossa Senhora e não a do próprio Jesus? Por que não o Cristo Crucificado, que é colocado nos altares maiores das igrejas?

Nessa questão da escolha das imagens, naquele momento me perguntava por que D. Pero Sardinha, vindo implantar uma diocese, a de São Salvador da Bahia, traria para a sua Sé, a igreja primacial, uma Nossa Senhora das Maravilhas, tão raramente assim referida, se nisso não houvesse um objetivo claro, uma intenção bem determinada, associada às navegações, à sua missão ou ao seu caráter, por algum motivo conflitante com o dos demais jesuítas”.

“Levei naquela noite para o travesseiro o que dissera Nelson, sobre a deusa Ártemis, com o seu maravilhoso templo em Éfeso, o lugar exato onde João, banido para a ilha de Patmos, escreveu o seu livro do Apocalipse, falando de uma mulher grávida revestida pelo sol e com a Lua sob os pés, tendo na cabeça uma coroa com doze estrelas, criando assim uma figura que a Igreja Católica tomaria para representar a Virgem Maria”.



A trilogia à qual pertence este primeiro romance tem como proposta central mostrar exatamente o que há por trás de todas as religiões e escolas místicas, mostrando que nós, seres humanos, cujos egos estão no topo da evolução das espécies, temos o privilégio de após cada morte, renascer, ressuscitar, na Terra, tantas vezes quantas necessárias – como um aluno que se matricula ano após ano, na mesma escola – com o objetivo maior de aprender com as experiências (sofrimento) e evoluir intelectualmente, até que nosso ego esteja pronto, individualmente, para não mais voltar à Terra (ou à escola), passando para uma espécie superior à humana, num estado além da matéria, no Reino de Deus.
Jesus, um ego superior, vivendo nesse reino “de Deus”, teria recebido a missão de nascer com um corpo humano, do ventre de uma mulher escolhida entre as virgens do templo dos essênios – as meninas de 14 e até de 12 anos já não costumavam ser virgens, então – para falar aos homens que cada um poderia salvar-se daquela condição de sofrimento – vida após vida – para um reino de luz, fora da Terra.
Podemos imaginar um de nós a fazer o mesmo, nascendo no corpo de um cão ou um gato, para comunicar a esses animais que seus egos poderiam evoluir psiquicamente e nascer posteriormente num corpo humano, assim os estimulando a buscar a intelectualidade, ainda na Terra, salvando-os, assim da sua vida canina ou felina.

É este o Salvador, que temos de encarar, como o do nome de nossa cidade: o do ego que se sacrificou por nós, para nos falar – teria de estar num corpo humano para isso – e dizer que há algo além da animalidade, da intelectualidade e que este é um estádio de luz na evolução da consciência.

Minha trilogia apresenta a Psíquica como a disciplina científica que estuda o campo das manifestações em que as velocidades são superiores à da luz, assim como o Campo da Física é o daquelas em que são inferiores a esta.


Para saber mais sobre a Psíquica, basta clicar em
http://adinoel-blogart.blogspot.com.


A trilogia Nortada compreende os livros;

"A Cruz dos Mares do Mundo" (já nas livrarias)
"A Noite dos Livros do Mundo" (publicação em julho)
"A Trilha dos Santos do Mundo" (publicação em dezembro)