quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O ERRO DE STEPHEN HAWKING

Chegou a hora da colheita. O fruto maduro, que pode ser doce ou amargo, deve ser retirado da árvore, antes de ser bicado pelos passarinhos e para que não apodreça e caia no chão, alimentando apenas os microrganismos do solo. Há um momento, na pesquisa, no qual não há opção: seu resultado deve ser anunciado, custe o que custar, doa em quem doer.


Sem genialidade, mas com muita paciência, dedicando uma vida inteira a observação, experiência, estudo e análise crítica de resultados, jogando muita coisa fora e guardando apenas as peças que preenchem os vazios do quebra-cabeças, posso dizer que cheguei, em 2011, ao quadro completo do que Albert Einstein entendeu ser a unificação dos campos gravitacional, eletromagnético e quântico e Stephen Hawking ainda persegue como sua teoria unificada do universo, ambos sem sucesso. Antes destes, Isaac Newton, René Descartes, Galileo Galilei, entre outros, fizeram esforços gigantescos no mesmo sentido. Seguiram todos, o rastro de Alguém que há dois mil anos se propôs revelar o que é o Reino de Deus e foi interpretado como aspirante a Rei dos Judeus.

Antes de tudo, recomendo ao visitante deste blog ler os quatro comunicados ao mundo da Ciência, aqui publicados em 25 de julho, 22 de agosto, 25 de agosto e 30 de setembro deste ano, assim como o texto inserido do dia 7 deste mês de dezembro.

O maior físico do momento, o inglês Stephen Hawking, foi colocado na programação de Natal de 2011 do canal Discovery, para negar a existência de Deus. Embora esteja comprovado que o dia de Natal, que era o do solstício, dedicado ao Sol Invicto – deus dos romanos – não é o do nascimento de Jesus, parece-me uma provocação no mínimo deselegante, que isso tenha ocorrido nessa data.

Acontece que Hawking é um excelente físico, mas um cientista limitado e um péssimo filósofo, porque exclui da Ciência os fenômenos que ocorrem com velocidade superior à da luz. Como todos os físicos que comem no prato de Albert Einstein, ele acredita não haver coisa alguma além da energia e da matéria no espaço. Diz que energia e espaço foram criados no Big Bang e a matéria surgiu da energia, conforme a equação E=mC², derivada da equação f=mv², de Isaac Newton. Assim, o Universo seria só isso, criado pela explosão de um buraco negro que ocupava um espaço infinitesimal com uma massa infinita, quando o tempo era igual a zero. Argumenta ele: se o tempo é zero, não há tempo para haver uma causa ou um criador e assim o Big Bang foi uma explosão espontânea. Afirma ele que no tempo zero não havia nada, nem Deus, e assim, este não podia criar o Universo. Mas antes, tinha perguntado: “Foi Deus quem criou as leis quânticas que permitiram que o Big Bang ocorresse?”

Minha proposta é que se chame isto de “O Erro de Stephen Hawking”.

O INÍCIO DO ERRO: Hawking concebe a origem de tudo em um buraco negro com massa infinita em um espaço de tamanho infinitesimal, NADA MAIS HAVENDO EM VOLTA DISSO. Nem espaço...! Segundo ele, o espaço infinito teria sido criado pela explosão do buraco negro, com massa infinita que se espalhou pelo espaço assim criado.

Está claro, que ele só considera espaço, o espaço ocupado por energia e/ou matéria. Assim, em volta do buraco negro infinitesimal, havia o NADA, o VAZIO, sem ESPAÇO. É inacreditável que a mente privilegiada de Hawking não admita o ESPAÇO VAZIO em torno do seu buraco negro. Onde está a sua matemática, com toda a geometria, que enche um conjunto vazio infinito com uma infinidade de posições em três direções ortogonais? Pontos tão próximos um do outro que, se fossem mais próximos seriam um só, separados por intervalos infinitesimais tão pequenos que se fossem menores seriam nulos. Excelente físico e mau cientista.


É evidente que em cada ponto existe a consciência de sua posição, pois se essa consciência não existisse, não existiria a posição e nem o ponto. É indubitável, que O ESPAÇO É CONSCIÊNCIA, ainda que esse espaço seja vazio.

CONTINUAÇÃO DO ERRO: QUEM CRIOU E COMO FOI CRIADA A MASSA INFINITA QUE ESTAVA NO BURACO NEGRO DE DIMENSÃO INFINITESIMAL? COMO ELA FOI PARAR NO BURACO NEGRO?


Evidentemente, para criar essa massa e colocá-la no buraco negro, seria necessário um tempo maior do que zero e assim, o Big Bang não teria ocorrido no tempo zero.


MAIS ERRO: Pela fórmula de Newton f=mv² , quando o tempo é zero, a massa é zero, como já demonstrei num dos textos acima citados, mas Hawking concebe um espaço zero com um tempo zero (até aí tudo bem), COM MASSA INFINITA!!!!

É necessário deixar claro, que, quando se fala em espaço zero, isto significa o espaço de um ponto, que é posição, mas não tem dimensão qualquer, nem mesmo infinitesimal. Se há uma dimensão qualquer, infinitesimal, o espaço não é zero. Assim, o Big Bang não teria ocorrido no tempo zero, como afirma Hawking, mas em sequencia, num tempo com duração infinitesimal.

Erros de Einstein, de Hawking; conceitos forçados como o de "singularidade"; são sinais muito claros de que há fundações fracas no edifício da Física, como está sendo erguido. Houve um forte desvio de prumo dela, no século XX. Se o Bóson de Higgs não for encontrado, com todo o dinheirão que se gasta para isso, 2012 certamente não será o ano do fim do mundo, mas poderá ser o fim de como o vemos.

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É mais fácil negar do que aceitar o que não se comprova experimentalmente, ainda que seja evidente e matematicamente demonstrado. Nós vamos comprovar fisicamente que há uma velocidade infinita, quando uma formiga comprovar experimentalmente que além das folhas que ela corta no mato, existem vinhos magníficos e chocolates deliciosos.


Adinoel Motta Maia

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O PAI DA AEROSTÁTICA: BARTHOLOMEU LOURENÇO DE GUSMÃO

Este BLOG tem por objetivo Arquivar e Registrar Textos (BLOGART) de nossa lavra, resultantes de nossos estudos e pesquisas. Hoje, fazemos o registro do texto pronunciado em 2009, mas também, nesta data do aniversário de Bartholomeu Lourenço de Gusmão, o do título de PAI DA AEROSTÁTICA, que estamos lhe dando aqui e agora, por mérito irrecusável.

Em 2009, chegamos à conclusão de que o luso-brasileiro (nascido em 1685, em Santos, São Paulo) Bartholomeu Lourenço de Gusmão, ao observar fenômenos naturais e sob a orientação de seus professores jesuítas do Seminário de Belém da Cachoeira, na Bahia, descobriu que poderia fazer o transporte vertical ascendente, de água, sem limite de altura, utilizando o processo da destilação, até então só conhecido para fazer a separação de líquidos com pontos de evaporação diferentes. Assim são formadas as nuvens, com vapor dágua a subir, com liquefação posterior e precipitação em chuva.

Podemos imaginar o jovem adolescente a ver no fogão da cozinha do seminário, a água a ferver numa panela, fazendo sua tampa elevar-se e observando as gotas dágua, nela. Deve ter verificado que, retirada a tampa, essas gotas se precipitavam no chão. Até para uma criança, era evidente que captando-se a água em um riacho e levando-se ela para uma fogueira, seu vapor poderia subir por um cano, mantendo-se elevada a temperatura por fora desse cano apoiado no solo, com fogueiras intermediárias, até o tanque, no teto do seminário, deixando as gotas ali se precipitarem para dentro da caixa de água, de onde se distribuiria esta por outros canos até as torneiras dentro do prédio.

Levei, então, esta conclusão para uma conferência que pronunciei na Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia, em 16 de outubro de 2009. Registro, hoje, aqui neste blog, com a data de sua publicação, este texto, conforme abaixo se lê. Essa conferência provocou uma expedição realizada em 17 de dezembro do mesmo ano, a Belém da Cachoeira, para levantamento topográfico plani-altimétrico da área em que teria sido montado na terra íngreme, o referido cano. Com a parceria do Prof. Artur Caldas Brandão, também da Politécnica, que instalou os aparelhos topográficos, fez as devidas leituras e os cálculos, e lançou os resultados em carta, estamos agora em condições de anunciar e o faremos em artigo por ambos assinado, situando a obra no terreno e confirmando o seu segredo, revelado em 2009., conforme se lê abaixo.


CONFERÊNCIA PROFERIDA NO DIA 16 DE OUTUBRO DE 2009, ABRINDO A III SEMANA DE AVIAÇÃO, ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA, NA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, PELO PROF. ADINOEL MOTTA MAIA, NAS COMEMORAÇÕES PELO TRICENTENÁRIO DO AERÓSTATO.

Bartholomeu Lourenço de Gusmão – 1º Cientista das Américas
(a revelação do segredo de sua tecnologia aerostática)

Entre as palestras que já fizemos e ainda faremos neste ano do tricentenário do aeróstato, esta nos parece a mais importante, pela sua contribuição com uma proposta nova, razão porque solicitamos ao Prof. Artur Caldas Brandão, Chefe do Departamento dos Transportes da Escola Politécnica e coordenador deste evento, trazer outros professores de matérias correlatas ao que aqui será revelado para um debate que esperamos se prolongue, até a solução do mistério que há três séculos se mantém, no que se refere à tecnologia empregada pelo jovem seminarista Bartholomeu Lourenço ao realizar os seus dois primeiros inventos.
A verdade é que, até o mês de junho passado, quando entregamos um artigo sobre este tricentenário ao Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, para a sua revista, fazíamos coro com todos os demais pesquisadores dedicados à vida e obra do Bartholomeu Lourenço de Gusmão, em dois pontos principais: 1) seu primeiro invento teria sido um aparelho capaz de bombear água de um rio para um seminário no topo de um morro, cem metros acima, em Belém da Cachoeira, invento esse cujo privilégio foi concedido pela Câmara da Bahia em 1705; 2) seu segundo invento seria um outro aparelho capaz de elevar-se na atmosfera em Lisboa, cujo privilégio foi concedido pelo Rei D. João V de Portugal, em 1709.

O maior biógrafo desse inventor, o Prof. Eng. Affonso de Escragnolle Taunay, tinha conquistado a cátedra na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo nos anos 30 do século XX com uma tese que provava ser ele o primeiro cientista das Américas, graças sobretudo, a essas duas invenções, comprovadas por importantes documentos fornecidos por conceituadas testemunhas, mas no seu livro definitivo, de 1942, Bartholomeu de Gusmão – O Inventor do Aeróstato (Editora Leia - SP), já punha em dúvida e praticamente recusava a idéia de que o tal aparelho elevatório de água fosse um carneiro hidráulico ou outra bomba qualquer, como se costuma dizer e publicar até hoje, introduzindo, assim, mais que uma dúvida a aumentar o mistério acima referido.

Já sabem todos que Bartholomeu Lourenço nasceu em 1685 em Santos, Brasil, então território português, tendo sido levado provavelmente ainda aos 10 anos para o seminário jesuíta fundado pelo padre Alexandre de Gusmão em Belém da Cachoeira, na Bahia, onde teria realizado aqueles dois eventos. Sabem também que em 5 de agosto de 1709, aos 24 anos, já ordenado padre, fez subir 4 metros na Sala das Embaixadas da Casa das Índias, em Lisboa, um pequeno globo de papel com fonte ignea a provocar o aquecimento do ar no seu interior, demonstrando assim ter inventado o aeróstato, que mais tarde seria chamado de balão. Ainda sabem que vem sendo citado erradamente até nas enciclopédias mais importantes como tendo voado numa aeronave chamada Passarola, o que lhe gerou o apelido de “Padre Voador”. Finalmente, sabem de sua morte terrível em Toledo, Espanha, em 1724, em fuga de Portugal, onde o queriam preso e provavelmente morto, por motivos ainda não esclarecidos, mas tais que o teriam levado a queimar os seus papéis, em seu quarto, antes de partir, mergulhando assim nas trevas todos os episódios de sua vida e todos os documentos da sua obra, restando apenas o que estava em poder de outros, tais como os seus pedidos de privilégio, pelos seus inventos; alguns sermões publicados e registros de escolas onde estudou; além daquilo que foi escrito sobre ele por seus contemporâneos.

Neste pronunciamento, diferentemente dos anteriores acima já referidos, não nos deteremos nos detalhes dessa vida e obra, das mais ricas e paradoxalmente, das mais desconhecidas, mergulhadas em mistérios e maldições. Trouxe para a escola dos engenheiros o desafio da revelação do que poderemos chamar de “o segredo de Bartholomeu”.

Assim, vamos diretamente ao seu pedido de privilégio, feito à Câmara da Bahia em 1705, com o apoio de uma certidão fornecida pelo Reitor do Seminário de Belém da Cachoeira, o Padre Alexandre de Gusmão.

O que sabemos da sua petição é o que se encontra no “Termo de Veriação e Rezolução” da sessão de 12 de dezembro de 1705 na Câmara da Bahia, que a analisou e registrou nas folhas 250 (linhas 12 a 25) a 251v (linhas 1 a 5) do livro onde eram lavradas as decisões daquela Casa[2], conferindo-lhe o privilégio da sua alegada invenção no campo da hidráulica.

Termo de Veriação / eRezolução sobre huma peti- / cão do Seminarista Bartho- / lomeo Lourenço
Aos doze di/ - as do mez de Dezembro demil / setecentos ecinco annos, nesta / Cidade do Salvador Bahia de / todos os Santos nas Cazas da Ca- / Mara, estando em Meza de Ve- / riação oDoutor Juiz de Fora / Fernando Pereira de Vascon- / cellos, Veriadores, eProcurador a- / baixo assognados, tratarão sobem / commum despachando todas as pe- / tições, ediferirão atodos os requerimê- / tos, deque mandarão fazer este Ter- / mo que assignarão; eeu Manoel / Pessoa de Vasconcellos que oescrevi, / Enadita Veriação sendo vista hu- / ma petição de Bartolomeo Louren- / co emque propoem que elle commui- / (Fls. 250V) com muito particular cuida- / do digo particular estudo, eex- / periencia, que fez do Segre- / do defazer subir agoa, toda a / distancia ealtura aque sequi- / zer Levar, eque com effeito a fez / oSuplicante subir no Simina- / rio, digo Siminario de Belém / quatrocentos esecenta palmos / como mostrou por uma Certi- / dão que junta aSobredita peti- / ção offereceo, passada pelo mui- / to Reverendo Padre Alexandre / deGosmão, Reitor do dito Simi- / nario, eque com omesmo invento / sepodera fazer moer os Engenhos / deBeira mar com a agoa del- / lê, eaeste respeito todos os Enge- / nhos que tiveram Tanque, Fon- / te ou Rio, ainda que esteja em / parte muito inferior; epelo con- / seguinte trazer agoas para Cha- / farizes, eFontes para utilidade / econveniencia do Serviço dos Po- / vos, e grandeza desta Cidade, eas / (Fls.251) eassim, respeitando atão u- / til proposta, pedia, que desco- / brindo o Supplicante o Segredo / do dito invento, emsinando pa- / ra que sepossa usar delle, onão / podesse fazer nenhuma Pessoa / nem lograr asua utilidade, sê / pagar ao Supplicante quetro / centos milreis porcada Enge- / nho, ouobra que fizer naforma / sobredita, visto dever-selhe re- / munerar o trabalho de seus Estu- / dos; oque visto poreste Senado, e / considerando não rezultar nen- / hum prejuízo em se lhe admitir / adita proposta authori- / zada eapprovada pela Certidão / deque atraz se faz menção, Con- / sedemos Licença ao Suplican- / te paradar execução ao Sobredi- / to invento, com as condições que / (Fls. 251V) que propoem epede na sua / petição enenhuma pessoa de / qualquer qualidade que seja / poderá num por si, nem por ou- / trem usar do dito invento, sempa- / gar ao Supplicante o Donativo / que pede, premio tam merecido / ao seo trabalho, no caso que tenha / effeito, edetudo mandarão fazer / este Termo que assignarão; Eeu / Manoel Pessoa de Vasconcellos / Escrivão da Câmara oescrevi.
(As.) Pereira de Vasconcellos, Pa- / lhares, Franca, Aranha.


Chamamos a atenção de todos para os dados contidos no trecho por nós sombreado, onde se tem a declaração preliminar de se considerar o conhecimento do ali referido invento como um “segredo”, quer pelo suplicante, quer pelos membros da Câmara. Fica claro, na frase “descobrindo o suplicante o segredo do dito invento”, que Bartholomeu considerava seu invento nada mais que isso, um segredo, isto é, algo que só existia na sua cabeça e que fora por ele descoberto, talvez um processo, um método, uma técnica e não qualquer aparelho ou instrumento físico, que, uma vez exposto, poderia ser copiado, reproduzido. Está dito que ele chegou a tal segredo, “com muito particular estudo e experiência” e o mais importante, que aquele era um “segredo de fazer subir água a toda a distância e altura a que se quiser levar”, tendo ele feito, de fato, “subir (...) quatrocentos e sessenta palmos” (exatos 100,20 metros), podendo, no entanto, ser mais, sem limite, se assim fosse necessário. É dito em seguida que tudo isso era confirmado por certidão passada pelo Reitor do Seminário, anexada à petição.

Eis o teor dessa certidão:

“Certifico eu, P. Alexandre de Gusmão, da Companhia de Jesus, Reitor do Seminário de Belém, como é verdade que Bartolomeu Lourenço, seminarista que foi[3] do dito Seminário, fez com sua indústria subir a água de um brejo do dito Seminário, que fica sobre um monte, por um cano de quatrocentos e sessenta palmos de altura, obra de grande admiração e utilidade para o dito seminário; a qual eu vi correr e todos os mais do dito Seminário, assim religiosos como Seminaristas. E por passar assim na verdade, e me ser pedida esta, a fiz, por mim assinada e selada com o selo de meu ofício. No mesmo Seminário de Belém, aos 18 de janeiro de 1706.[4]

Sem perda de tempo, vamos aos fatos e números:

01. A confirmação de que Bartholomeu era seminarista, quando descobriu o segredo, o que significa, antes de 1701, quando foi demitido dali, com 15 anos, conforme registro da Companhia de Jesus.
02. A confirmação da altura, subindo a água, de um brejo para o seminário, por um cano de quatrocentos e sessenta palmos de altura, pela indústria dele e de ninguém mais, fazendo obra de grande admiração.
03. A confirmação de que o reitor e os demais habitantes do seminário, religiosos e seminaristas, viram a água correr no prédio, levada pelo cano, encosta acima.

Por tudo isso, a conclusão é óbvia. O segredo não estava ligado a qualquer máquina, aparelho, instrumento, mas tão somente a estudo e experimentação com a realização de uma obra, que utilizou um único cano de cem metros apoiado na encosta do morro, entre o brejo (rio das Pitangas) e o seminário no topo desse morro.

Na busca desse segredo, tivemos um insight numa tarde de julho, preparando a palestra para ser proferida em 5 de agosto deste ano na igreja daquele seminário. Pensávamos no que poderia levar os neurônios de um adolescente, praticamente no meio do mato, estudando o que sabiam e transmitiam os jesuítas, a olhar os procedimentos cotidianos no seminário e a natureza à sua volta, que lhe revelasse como a água de um riacho ali represada poderia subir até as nuvens (ele disse até onde se quiser levar). Possivelmente já sabia da evaporação da água a formar nuvens e teria visto várias vezes a fervura dela sobre o fogão, em alguma panela, assim como as gotas depositadas na parte interna da tampa desta e o escapamento do vapor parecendo fumaça. Com tal insight, desenvolvemos uma idéia ainda puramente especulativa, mas nos pareceu que a hipótese merecia estudo: a de se fazer subir por um cano o vapor da água fervente, mantendo a temperatura elevada nesse cano até a altura em que se quisesse esfriar o vapor e deixá-lo liquefazer-se em gotas.

Isto não era novidade. Desde a antiguidade se destilou a água para separar líquidos de ponto de evaporação diferentes, fazendo-os justamente virar vapor e transportar este até um recipiente onde seria liquefeito.naturalmente. O que nunca fora feito e aí mora a invenção, foi usar esse processo unicamente para transportar água de baixo para cima, sem uso de qualquer mecanismo, apenas com uma obra, simplesmente por um cano hermeticamente fechado e devidamente aquecido para manter o vapor em seu interior a subir “a toda a distância e altura a que se quiser levar”.

Pareceu-nos ter encontrado o segredo de Bartholomeu e de imediato nos veio a idéia de que a descoberta, por ele, do vapor a subir o teria levado também ao ar quente que elevaria algo nele ou a contê-lo, como um saco (e por que não, um pequeno globo?).
Já sabíamos do padre jesuíta italiano Francesco Lana Terzi (1631-1687), que, em 1670, na Italia, concebera e publicara uma obra tratando de suas invenções, inclusive uma nave volante[5], ou seja, uma barca sustentada por esferas ocas, fazendo-se o vácuo nestas.
Teriam de ser metálicas e muito grandes (quase oito metros de diâmetro) para que o peso delas fosse menor do que o do volume de ar retirado do seu interior, o que tornava inviável essa idéia.
Essa obra escrita e publicada por um jesuíta deveria ser do conhecimento de padres educadores do seminário jesuíta em qualquer lugar do mundo, pois Lana era famoso no século XVII[6].

A verdade é que o desenho da Passarola, atribuído a Bartholomeu, é muito parecido com o da barca voadora de Lana, não sendo improvável que aquele tivesse sofrido influência deste.

Estávamos assim, quando resolvemos pesquisar mais sobre equipamentos e processos de destilação, buscando encontrar talvez um cano cerâmico ou outro, como poderia ser o do seminário de Belém, em algum deles. Onde chegamos, a finalidade maior da destilação era a química dos medicamentos ou particularmente de um destes, em tempos antigos, assim considerado, o velho vinho, a bebida alcoólica em suas mais variadas motivações, o destilado que sobe à cabeça.
Surpreendentemente, encontrei num trabalho inteiramente direcionado para outro tipo de conhecimento[7], a seguinte frase de Adriana Emilia Paulinich:

“A poderosa Companhia de Jesus, por volta de 1600, também dedicou uma especial atenção à ‘água ardente, utilizando essa bebida para consolar os que sofrem’, e, como conseqüência lógica, os jesuítas dedicaram uma boa parte de seus conhecimentos para descobrir novas matérias alcoólicas e novas técnicas de destilação”.

Depois de dizer que o agrônomo eclesiástico catalão Miguel Agusti (1617) e o religioso alemão Attanasio Kircher (1663) publicaram trabalhos sobre a obtenção do álcool a partir do bagaço da uva e da destilação, acrescentou aquela pesquisadora:

“No âmbito da Companhia de Jesus, as idéias e descobertas circulavam livremente e parece certa a colaboração entre aquele alemão (Kircher) e o jesuita italiano Francesco Terzi Lana”.

A aparente coincidência de Bartholomeu, seminarista jesuíta, e Francesco, padre jesuíta, estarem estudando a destilação e a ascenção de naves voadoras, obriga-nos como estudiosos e pesquisadores a investigar como o padre jesuíta Francesco Lana teria influenciado o adolescente Bartholomeu Lourenço num seminário jesuíta no lado oposto do mundo.
É nossa obrigação fazê-lo e chamar outros a se agregarem nesse trabalho, dessa forma passando da hipótese à tese de que a invenção do aeróstato está ligada à concepção da obra elevatória de água, cabendo ao nosso Bartholomeu o privilégio de realizar pela primeira vez a elevação da água por esse processo e a ascenção de um artefato na atmosfera por meios próprios, o ar quente[8].

Aos engenheiros e professores da termodinâmica, da hidráulica, da mecânica dos fluidos e consequentemente da aerostática, fica o desafio de comprovar com a construção de obra elevatória de água conforme apresentamos aqui, a teoria assim exposta. Não nos parece difícil nem oneroso fazê-lo, pois não há outro “segredo” que se ajuste aos dados acima apresentados. Com o nosso modesto conhecimento tecnológico – não tão abrangente como necessitaríamos agora – salvo melhor juízo, portanto, não vemos outra explicação científica ou tecnológica para o feito elevatório do qual estamos tratando, naquela época.

Quanto ao aeróstato, mais importante que um segredo, que assim já não existiria, é a resposta à questão que envolve a Passarola, que confirma a nave volante de Lana, de desenho semelhante e proposta idêntica, conforme se lê no pedido de privilégio do Padre Bartholomeu Lourenço, concedido pelo Rei D. João V, de Portugal, em abril de 1709:

Senhor,
Diz o licenciado Bartholomeu Lourenço, que elle tem discuberto hum instrumento para andar pello ar, da mesma Sorte do que pella terra, e pello mar, e Com muito mais brevidade, fazendo se muitas Vezes duzentas, e mais leguas por dia nos quaes instrumentos, Se poderão levar os avvizos de mais importância aos exercitos, e as terras mais Remotas, quazi no mesmo tempo em que se resolverem, por que enteressa a Vossa Magestade muito mais do que nenhum dos outros Príncipes, pella Mayor distancia dos Seus domínios, evitandose desta Sorte, os desgovernos das Conquistas que provem em grande parte de chegar muito tarde as noticias dellas.
Além do que poderá Vossa Magestade mandar Vir o precioso dellas, muito mais brevemente e mais Seguro poderão os homens de negocio passar letras, e Cabedaes e todas as praças Citiadas poderão ser Soccorridas, tanto de Gente, como de munições, e viveres a todo o tempo e tirarem se dellas, todas as pessoas que quizerem. Sem que o inimigo o possa impedir; Discubrir Se hão as Regiões que ficarão mais vizinhas aos Pollos do Mundo.
Sendo da Nação Portugueza a gloria deste descobrimento além de infinitas Convivencias que Mostrará o tempo. E porque deste invento tão Vtil Se podem Seguir Muytas desordens commettendo se com seu uso muitos crimes e facilitandosse Muitos na confiança de Se poder passar a outro reino o que se evita estando reduzido o dito Vso a huma Só pessoa, a quem se mandem a todo o tempo as ordens que forem Convenientes, a Respeito do dito transporte, a prohibindo a todas as mais, sob graves penas e he bem se Remunere ao Supplicante um invento de tanta importancia.
Pede a Vossa Magestade Seja Servido Conceder ao Supplicante o privilegio de que pondo por obra o dito invento, nenhuma pessoa de qualquer qualidade que for possa Vzar delle em nenhum tempo neste Reyno, e Suas Conquistas, Sem licença do Supplicante ou de Seus Herdeiros Sob pena de perdimento de todos Seus bens.
Este texto, que reproduz a descrição de Bartholomeu sobre seu “instrumento para andar pelo ar, da mesma sorte do que pela terra e pelo mar” nos permitirá, como brinde extra, apontar uma solução para outro mistério na vida do padre inventor: o de ter pedido privilégio para um invento – uma barca para transportar cargas e homens – e ter feito a demonstração apenas do princípio básico desse invento – a esfera de ar quente. O fato é que seu pedido ao Rei está realmente tão próximo do desenho da Passarola, como do desenho da nave volante de Lana, mas igualmente muito distante do pequeno globo de papel cuja ascenção foi realizada no salão das embaixadas da Casa das Indias, em Lisboa, em 5 de agosto de 1709, na presença de nobres e religiosos, entre os quais o Cardeal Michelângelo Conti, Núncio Apóstólico ali e então futuro Papa Inocêncio XIII, cujo testemunho em documento escrito é a maior prova da primazia de Bartholomeu Lourenço, setenta e três anos antes dos irmão Montgolfier, que, na França, apenas construíram um globo maior, capaz de transportar homens e cargas, somente aumentando em tamanho o aeróstato inventado pelo padre luso-brasileiro.
Esta é a razão pela qual, não só o povo de Lisboa como os poetas daqueles dias, naquela cidade, sentindo-se enganados por esperarem uma nave a transportar homens e carga e verem apenas a demonstração de uma descoberta científica, dedicaram-se a clamar contra o “Padre Voador”, ridicularizando-o com esse título e transformando o desenho da Passarola no símbolo de uma frustração, pregando-o nos postes de Lisboa com frases e versos destruidores, como os do poeta Tomás Pinto Brandão, não imaginando este estar, assim, oferecendo ao mundo a peça comprobatória de que, embora a demonstração pública fosse feita naquela metrópole em 1709, o invento fora realizado antes de 1701 na pequena Belém da Cachoeira, na Bahia.

Aqui estão quatro desses versos:



“Os seus vôos na Bahia
Algum princípio tiveram
Que por isto não o quiseram
Os Padres da Companhia”

Declarou assim o poeta Pinto Brandão, há trezentos anos, terem sido justamente as experiências de Bartholomeu Lourenço, antes de 1701, no seminário de Belém, fazendo subir suas esferas de ar quente, que teriam levado a Companhia de Jesus a demiti-lo daquele colégio, não para puní-lo, mas, ao contrário, para liberá-lo, indo ele naquele mesmo ano a Portugal, onde mais tarde se iniciaria na Universidade de Coimbra, numa prova de sabedoria dos jesuitas como educadores para a Razão.

Nossa proposta, portanto, é que este momento seja o da retomada da figura do primeiro cientista das Américas, o Padre Bartholomeu Lourenço de Gusmão, não só para discussão da sua biografia e colocação do seu real lugar na História, mas sobretudo para estudo da sua obra, mormente aquela inovadora, da elevação da água, que ainda não foi reproduzida como já o foi, seguidamente, o aeróstato, sem o qual o nosso Alberto Santos Dumont, que o tornou dirigível, não teria chegado ao avião.

Está muito claro para nós, que os dois inventos são resultantes de uma mesma observação e experiência, de fenômeno da natureza milenarmente conhecido, de que a água aquecida se transforma em vapor e pode assim subir até o céu, onde se esfria e de onde se precipita como gotas de água. Ao mesmo tempo em que Bartholomeu reproduziu esse ciclo conduzindo o vapor por um cano, deve ter percebido que aquele ar quente poderia levar o homem ao ar e conseqüentemente, a voar, conforme previra Francesco Lana Terzi, numa barca aérea, sem, contudo, pensar no ar quente.

Provocamos a toda a comunidade tecnológica, a começar pela desta Escola Politécnica, a investigar como isto teria sido feito em Belém da Cachoeira, ali reconstruindo a obra de Bartholomeu Lourenço. Nosso conhecimento teórico é bastante para afirmar que isso é possível e viável, desde que se mantenha o aquecimento do ar, dentro do cano, que ainda não se sabe do que era feito.

Não poderíamos concluir esta conferência, sem fazer o elogio da Companhia de Jesus, pela sua elevada contribuição na formação de intelectos altamente desenvolvidos. Mais que isso: intelectos livres, autônomos. Embora o Bartholomeu não fosse um padre jesuíta, foi como seminarista jesuíta, noviço, que despertou para a filosofia, a ciência e a tecnologia dominantes em toda a sua vida, único motivo da sua existência e paradoxalmente, também, ao que tudo indica, o motivo do seu fim.

Salão Nobre da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia, em 16.10.2009
Adinoel Motta Maia


[1] O professor Adinoel Motta Maia fundou as disciplinas “Aeroportos”, “Evolução dos Transportes” e “Fundamentos de Astronomia e Astronáutica”, no Departamento de Transportes da UFBa, onde há três décadas começou a estudar e pesquisar sobre Bartholomeu Lourenço de Gusmão para o ensino da segunda disciplina acima referida. Aposentando-se em 1996, publicou em 1997 um artigo no jornal A Tarde, provocando outras matérias na mídia nacional no sentido de se lutar pelo reconhecimento da primazia do jovem inventor luso-brasileiro, na aerostação.
[2] Ver “Documentos Históricos do Arquivo Municipal – Atas da Câmara – 1700/1718” – 7º volume – Prefeitura Municipal de Salvador – Bahia/1984.
[3] Notar o verbo no passado, declarando a condição de ex-seminarista, de Bartholomeu Lourenço, naquela data.
[4] Serafim Leite, citando Affonso de E. Taunay (Bartholomeu de Gusmão e sua prioridade aerostática. S. Paulo, 1938. pág 542). Note-se ser a data da certidão posterior à da sessão de 12.12.1705 que concede o privilégio do “segredo” de Bartholomeu, que nós entendemos ser o de transportar a água em forma de vapor, do rio até o seminário. É necessário investigar a provável falha de anotação referente à data ao fim desse documento.
[5] Com mastro, verga, vela e escota, sustentada por quatro esferas metálicas, com vácuo no seu interior, feito pela recentemente inventada (1650) “máquina pneumática” do alemão Otto von Güricke.
[6] Graças ao seu livro Prodromo Ovvero Saggio di Invanzioni Nuove.
[7] O Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro na Região Noroeste Paulista e o Aumento da Morbidade Respiratória Devido à Queima da Palha de Cana”, trabalho apresentado pela Mestranda (PUC-SP) Adriana Emilia Paulinich no 1º Simpósio de Pós-Graduação em Geografia do Estado de São Paulo e XVIII Seminário de Pós-Graduação em Geografia da Unesp – Rio Claro (em 2006).
[8] Chamemos a atenção para o fato de que Arquimedes, ao descobrir a hidrostática, deixou de lado o ar, que não teria imaginado ser também um fluido, de modo que poderíamos verificar na História a real posição de Bartholomeu Lourenço na descoberta e confirmação da aerostática e não apenas no que diz respeito à invenção do aeróstato.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A PALAVRA TEMPO OU A DURAÇÃO DA CONSCIÊNCIA

Nestes três últimos meses, envolvido pelo trabalho de realização da II Semana da Baía de Todos os Santos (ver em http://adinoel-adinoelmottamaia-adinoel.blogspot.com ), suspendi um pouco a edição deste Blogart.

Depois dos últimos quatro comunicados, vejo a necessidade de detalhar o que já foi dito e assim atingir quem ainda não venceu condicionamentos pautados em afirmativas e negativas apressadas, de quem quer fazer ciência sem filosofia, ou seja, tese sem hipótese, ou o que me parece pior: sem conhecer o significado das palavras.

Assim, por exemplo, quando se fala em "ponto", trata-se apenas de posição, sem dimensão. Então, uma infinidade de pontos juntos nos dá a dimensão exata da soma dos seus intervalos, que evidentemente é de valor infinito. Um número finito de pontos em linha reta determina intervalos, que, somados, nos dão um valor finito, correspondendo, este, à distância entre os pontos extremos. Nada mais elementar do que isto, mas há dificuldade quando se diz que o intervalo entre dois pontos pode ser tão pequeno, que se fosse menor não existiria e consequentemente os dois pontos seriam um só. A dificuldade é obter uma resposta para: que valor seria este? O que a matemática nos permite dizer é: infinitesimal. Evidentemente, uma distância qualquer de valor finito corresponde à soma de um número desconhecido de infinitésimos. Há toda uma análise matemática, um cálculo infinitesimal, para se trabalhar com tais valores, mas a dificuldade permanece. O que temos a dizer, contudo, é que podemos ter certeza de que, seja qual for esse número desconhecido de infinitésimos, ele determina uma quantidade finita e é ela que conhecemos como distância, comprimento, largura, espessura, altura, etc.

Atenção, agora!

Tomemos a distância de um metro, por exemplo. Podemos afirmar que ela é determinada por um número desconhecido de infinitésimos (intervalos infinitesimais entre pontos de dimensão zero). Não importa quantos sejam esses infinitésimos, mas tão somente, que a sua soma nos dá um metro. Se dermos a cada ponto ou posição o nome AQUI, diremos que o espaço entre os "aquís" extremos é uma distância de valor um metro. O espaço, neste caso, é a soma de todos os infinitésimos existentes entre os "aquís", seja isso numa só direção (reta), em duas direções (plano) ou em três direções (sólido).

Façamos, agora, o mesmo raciocínio para uma distância que não seja medida numa direção, mas numa duração, entre dois instantes ou momentos, no mesmo espaço. Igualmente, poderemos afirmar que ela é determinada por um número desconhecido de infinitésimos, cuja soma nos dá um minuto. Se dermos a cada ponto (entre dois infinitésimos) o nome AGORA (dimensão zero), diremos que o espaço entre os "agoras" extremos é uma distância de valor um minuto, medida não mais numa direção, mas numa duração.

Mais atenção, agora!

Assim como uma distância qualquer é uma sucessão de aquís ou agoras no espaço assim com quatro dimensões (três direções e uma duração), a escolha dessas posições é determinada por uma decisão, isto é, por um pensamento consciente. Entre que pontos se mede um metro ou um minuto, no espaço? O que determina essa medida é a consciência dessas posições. Essa consciência do ser, do estar e do fazer tem algo indispensável a ela: suas posições no espaço. À sua duração, deu-se o nome "tempo".

A palavra "tempo", portanto, significa "a duração da consciência" que se tem de um espaço, de uma existência, de uma ação. Assim, como o AGORA tem duração zero, a duração mínima da consciência é o intervalo entre dois "agoras" tão próximos que, se fossem mais próximos seriam um só. Assim, quando dizemos que o valor do tempo "t" é zero, numa fórmula, estamos falando desse "agora", no qual a duração da consciência é zero.

A DURAÇÃO DA CONSCIÊNCIA ENTRE DOIS "AGORAS" , NUM INTERVALO INFINITESIMAL, JÁ É MAIOR DO QUE ZERO.

MAS, DE QUEM É A CONSCIÊNCIA?

Evidentemente, do ESPAÇO. O espaço é consciente de si mesmo, quando no início, só existe ele, seus pontos, suas distâncias, pois quando o tempo é zero, a massa é zero, a velocidade é infinita (a consciência está em todos os lugares ao mesmo tempo) e a energia está também, infinita, em todos os pontos.

NO INÍCIO, NO ESPAÇO VAZIO, SÓ EXISTIA A CONSCIÊNCIA DO SER, DO VERBO SER.
NO INÍCIO ERA O VERBO SER QUE TOMOU A CONSCIÊNCIA DO OUTRO (PONTO) E TORNOU-SE ESTAR. A DURAÇÃO DA CONSCIÊNCIA (TEMPO) AUMENTOU, AUMENTANDO A MASSA E DIMINUINDO A ENERGIA E A VELOCIDADE , ATÉ QUE ESTA CHEGOU À 300 MIL QUILÔMETROS POR SEGUNDO E FEZ-SE A LUZ. SURGIU ASSIM O VERBO FAZER E COM ELE, A MATÉRIA.

Que saibam todos, portanto: o tempo é a duração da consciência.
É a dimensão com a qual se cria e controla o Universo.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

CONSCIÊNCIA E CONHECIMENTO CIENTÍFICO

Quarto comunicado ao mundo da ciência


Há décadas, venho, isoladamente, vendo algo que "está na cara" - como se diz - mas a epistemologia teima em esconder. Pior: cria regras para impedir que algumas coisas sejam mostradas. É claro que há o reino da intuição e um outro, mais apurado, da comprovação, mas também há uma prática danosa de se impedir que a intuição seja sequer considerada, quando bate de frente com a comprovação já estabelecida e consagrada. Isto ocorre porque as estruturas que se cria em torno de um "conhecimento científico", seja para sua aplicação econômica, seja para a manutenção do poder político ou ainda para a exploração social, recusam-se a ser substituídas ou simplesmente demolidas.

Assim, há cerca de uma semana, caiu como uma bomba a comunicação meramente jornalística de que um grupo de cientistas do CERN, na Suiça, mandara um feixe de neutrinos para a Itália (Laboratório de Gran Sasso) e se registrara que essas partículas se deslocaram em velocidade superluzense, assim contrariando o limite imposto por Albert Einstein em sua teoria da relatividade, estabelecendo uma crença de que há um limite de velocidade no Universo, assim, com "U" maiúsculo - o do espaço infinito.

Essa ocorrência, algumas semanas depois do registro datado neste blog, de mais uma afirmação, agora com demonstração matemática singela, de que a velocidade da luz apenas separa os fenômenos da Física daqueles outros, da Psíquica - disciplina já anunciada oficialmente em artigo publicado por mim na edição de 2007 da Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia - vem ao encontro de proposta ainda mais antiga, publicada no meu livro Humanidade: Uma Colônia no Corpo de Deus (Edições Melhoramentos, São Paulo. 1981), onde registrei dados antes passados aos meus alunos em sala de aula e aos meus leitores em periódicos jornalísticos.

Certamente, mais uma vez, a epistemologia oficial será obrigada a uma revisão, inclusive de método, porque não só a matéria e a energia merecem inclusão no campo do conhecimento científico. Demonstrando-se que o tempo é realmente a duração da consciência, não se pode entrar em laboratório - seja este qual for - sem considerar a consciência como o componente fundamental da existência e a Psíquica como a disciplina onde se deita para ser estudada. Para se evitar desvio ou confusão qualquer, que fique claro estar a Psicologia, para a Psíquica, como a Fisiologia está para a Física. Há uma tendência em associar o psi apenas ao ser humano, o animal intelectual, quando é evidente encontrar-se em toda a existência, condição que é, para esta. O que não se deve confundir é "consciência" com "conhecimento". Assim, por exemplo, o grão de areia tem consciência, mas não sabe disso.

É, portanto, fundamental, voltar a Newton, injustamente desprezado no século XX, quando a festa relativista induziu a se valorizar os pavimentos superiores de um edifício ao ponto de se propor o esquecimento de suas fundações. Lá, em Newton, com suas leis detonadoras de expressões como F = mv², Einstein foi buscar a sua E = mc² e temos, agora, de fazer
F = m(e/t)², dando valores muito pequenos a "t", sem esquecer do zero que faz a consciência estar em todos os lugares ao mesmo tempo, dando ao pensamento uma velocidade infinita, explodindo a idéia de limitação da velocidade no Universo.

Difícil, mesmo, será comprovar isso em laboratório, sem ser Deus. É mais fácil negar do que aceitar o que não se comprova experimentalmente, ainda que seja evidente e matematicamente demonstrado. Nós vamos comprovar fisicamente que há uma velocidade infinita, quando uma formiga comprovar experimentalmente que além das folhas que ela corta no mato, existem vinhos magníficos e chocolates deliciosos.

Como é vaidoso (e ignorante), o ser humano!
Felizmente - isto é uma certeza - estamos evoluindo para alguma coisa acima da simples intelectualidade. Este, no entanto, é um outro departamento, que pertence à disciplina Psíquica, com suas duas leis fundamentais: as de que tudo se atrai e de que tudo evolui.

A minha "Teoria Unificada do Universo", de 2007, está assim, com aspas, no Google.
Já, já, será hora de mexer em alguns detalhes dela, porque nada é imutável, tudo se transforma.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

BIG BANG - UMA EXPLOSÃO DE LUZ


Terceiro comunicado ao mundo da Ciência



Entre 11 de fevereiro e 7 de junho deste ano, publiquei neste blog cinco textos com o título genérico Teoria Universal da Evolução, que reproduzem o capítulo I do meu livro Humanidade: Uma Colônia no Corpo de Deus (Edições Melhoramentos - Série Enigmas do Universo, São Paulo, 1981), um estudo cosmológico escrito em três meses (agosto a outubro de 1980) para atender o pedido do editor; capítulo este, que, no livro, com a pressa, ficou com algumas expressões sem as devidas explicações, finalmente incluídas agora, nessas cinco reproduções, acima referidas, neste blog. Foi, esta, a primeira vez em que juntei, alinhavando, conhecimentos e ideias adquiridos e concebidos desde que, em 1957, comecei a juntar estudos escolares do momento a pesquisas independentes em fontes antigas.

Para o que estou a anunciar, aqui, neste mês, recomendo, também ler esses cinco textos, isto é, todo o primeiro capítulo do referido livro, com os novos comentários, que esclarecem pontos até então não muito claros, mas chamo especial atenção para o parágrafo abaixo, republicado num deles, em 24 de abril:

A teoria do big-bang, a explosão que teria dado origem ao Universo, me parece muito forçada, por astrônomos que querem tocar fogo no vácuo, sem mostrar o palito de fósforo nem o ar necessário à queima. Para que algo seja explodido é necessário que exista. Se já existe, não é essa sua origem.

A Física embarcou na canoa furada do "átomo primordial" do padre astrônomo belga Georges Lamaitre, que, para Gamow, seria constituído por uma massa de nêutrons, prótons e elétrons, que teria explodido há então considerados 10 bilhões de anos (hoje se fala em 15), daí resultando a expansão do Universo. A "comprovação" do fato por uma radiação de fundo detectada anos depois levou a tal euforia que se tem perseguido essa ideia como verdadeira.

Construiu-se o maior acelerador de partículas de todos os tempos, na Suíça, para gastar fortunas, provavelmente em troca de nada, ou de muito pouco.

Depois de cinco décadas de investigação, concentrei-me nas leis de Newton, especialmente na segunda, que gerou a fórmula f=ma, ou seja, f=mv², para demonstrar matematicamente que a explosão com a qual se iniciou o universo da energia e da matéria, ou seja, o universo da realidade física - apenas este - foi originada com a criação do fóton, sim, numa explosão, mas de luz. Fiat lux. Onde só havia estruturas de consciência do espaço infinito sem o tempo, numa atualidade tridimensional, em três direções ortogonais, puramente geométrica (matemática, lógica), surgiu o tempo, num valor dt tão infinitamente pequeno, quão infinitamente pequeno sempre foram os intervalos entre os infinitos pontos do espaço tridimensional. Como os pontos não têm dimensão, o que marca as dimensões no Universo é a soma dos intervalos infinitamente pequenos, entre eles. Não só os gênios, mas também Deus, é paciente.

Einstein tomou a fórmula de Newton, dando a v o valor da velocidade da luz, que chamou de C. Assim surgiu a chamada equação que transforma massa em energia e produz a bomba atômica.


E = mC²


Se tivesse substituído v por e/t, poderia dar valores decrescentes a t, até chegar a zero.
Simples assim. Nada que Newton já não soubesse. O toque de gênio de Einstein foi apenas o de considerar e analisar a fórmula de Newton para a velocidade da luz. O que Einstein, no entanto, sequer percebeu, foi o fato de que para velocidades acima da velocidade da luz também há fenômenos. Apenas não são fenômenos físicos, materiais. Quanto mais próximo de zero for o tempo t, maiores serão os valores da velocidade e menores, os da massa, até que, quando o tempo for igual a zero, a massa também será zero.


Em outras palavras: sem a (duração da) consciência, não há massa.


Aqui está a demonstração matemática:


f=mv²  f=m(e/t)²  para t=zero, f=m.infinito 

donde m = f/infinito, ou seja, m= zero

Fica assim demonstrado, que no início, no tempo zero, o Universo era o espaço tridimensional (três dimensões infinitas em três direções ortogonais), constituído apenas por pontos separados por intervalos tão pequenos, que, se fossem menores não existiriam. Evidentemente, para que haja cada um desses pontos, há uma posição dele e o que determina essa posição, é a sua consciência dela.


Então, no Universo, havia apenas a consciência dele próprio, que era a consciência do conjunto de todos os seus infinitos pontos. Um conjunto vazio em três dimensões. O NADA. Apenas o (Verbo) SER. Estático, numa atualidade, um agora, o que significa ESTAR em todos os lugares ao mesmo tempo, como se prova que acontece no campo quântico (não físico, mas psíquico). Aí não se trata de velocidade de partículas, mas de pensamento, infinita.

Assim como nas três direções, em todos os pontos separados por intervalos infinitesimais (de), formou-se o espaço tridimensional infinito; também na única duração da consciência dessa existência, formou-se uma sucessão de intervalos (dt), numa sucessão de agoras, acumulando-se na dimensão que chamamos tempo.

Está matematicamente demonstrado que a quantidade de consciência, isto é, de posições conscientes de si próprias, cresce com a duração dessa consciência (tempo), e a tal quantidade chama-se massa. Cresce o tempo, cresce a massa, decresce a velocidade com que esta se desloca.

Essa consciência se estrutura com a união de quatro pontos formando a consciência de tetraedros e da ligação desses tetraedros em linha, formando ondas de consciência (ou consciência de ondas), assim como em blocos, formando corpúsculos, partículas de consciência (ou consciência de partículas). Quão mais complexas e volumosas são essas ondas e partículas, maior sua massa e menor sua velocidade, até que chegam à velocidade e massa de uma onda-partícula que conhecemos como fóton.

Cada vez que isso acontece numa porção do Universo infinito, isto é, em um universo que pode ser um macróbio, ocorre uma explosão de luz e o processo continua, com a evolução das partículas livres de quase-matéria (quamas), até que estas se aprisionam por atração mútua para formar o átomo, a matéria.

Esta é uma explicação apressada, feita apenas para mostrar que não houve explosão de um “átomo primordial” que teria em si toda a matéria do Universo, agora em expansão, um macróbio em crescimento. O que ocorreu foi apenas um processo de evolução da consciência em estruturas cada vez mais complexas, volumes cada vez maiores e velocidades cada vez menores.


Esse processo ainda continua e nós próprios, egos humanos, estamos evoluindo, vida após vida, geração após geração, dando continuidade a ele.

Em verdade, não existe matéria, energia, nenhum desses corpos ou ondas, mas apenas a consciência que cada conjunto tem do outro, na realidade, podendo tudo ser reduzido a uma atualidade... sem aviso prévio. Até outro nascimento...

Que esta data seja a de cada um cair em todos os campos (gravitacionais, eletromagnéticos e quânticos), encontrando a sua teoria unificada (dos campos e) do Universo. Einstein e Hawking só não chegaram a ela, porque aplicaram Newton apenas pela metade. Quiseram fazer tudo dentro da Física, quando é necessário considerar também a Psíquica, cujo parâmetro básico é a duração da consciência, isto é, o tempo não apenas real, mas igualmente atual, igual a zero e a infinito, nos seus limites. Sim, porque quando o tempo (a duração da consciência) é infinita, a massa também o é. Para lá estamos indo, mas este é um lugar onde nunca chegaremos...

Com estes três comunicados, faço uma homenagem ao meu pai, Manoel de Azevedo Maia, que, se vivo fosse, estaria completando hoje – 25 de agosto de 2011 – cem anos de vida. Um homem que nasceu para sofrer e trabalhar até o momento em que deixou de trabalhar, para sofrer. Com ele, nunca me faltou o alimento para o corpo e a liberdade para escolher o que fazer e pensar, isto é, tudo aquilo que um ser humano precisa...


Adinoel Motta Maia

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

QUANDO O TEMPO É ZERO


Segundo comunicado ao mundo da Ciência


Vamos repetir o último trecho do “primeiro comunicado”:

Einstein ignorou a consciência, na sua concepção do tempo. Não levou em conta um conhecimento milenar: o tempo é a duração da consciência. Faltou a ele, dizer que o espaço sem o tempo é o da Psíquica, onde só há três dimensões que determinam apenas posições [uma infinidade de pontos tão próximos uns dos outros, que, se fossem mais próximos seriam um só, mas com intervalos entre eles, que os individualizam, sendo o espaço - infinito em três direções - uma sucessão infinita de agoras, de infinitas posições conscientes de si próprios (se não fossem conscientes, não existiriam e não existiria o espaço)], que alguém chamou de "O NADA". Só se chega a esse conhecimento com muita paciência para juntar os "agoras" numa duração qualquer.

A segunda lei de Newton

Nesta série de comunicados, é necessário advertir: a ignorância é fruto apenas da decisão de rebater a informação sem analisá-la, com coragem, doa em quem doer. Sabe-se que muita gente recusa a informação científica para não prejudicar sua fé, isto é, sua crença em promessas e afirmações não comprováveis. Foge-se, assim, da verdade, para viver no sonho, na ilusão, que suaviza a vida, mas também a abrevia. Pior: prejudica a evolução do ego.

Einstein, o gênio, como físico, tomou Newton como referencial e trabalhou com extrema paciência e dedicação exclusiva para expandir o pensamento newtoniano e tratá-lo matematicamente, na busca de conhecimento novo.

Na realidade – isto é, na Física – sua maior contribuição à ciência é a expressão matemática E=mC², nada mais do que uma aplicação da fórmula de Newton F = mv², onde a força genérica F torna-se a energia E de uma partícula de massa m deslocando-se no vácuo, com a velocidade v tomando o valor particular da velocidade da luz C.

Quanto à fórmula, nada além do que Newton teria proposto. O que Einstein acrescentou foi o cálculo do que seria essa força F, manifestada pela alteração que provocaria em um corpo de massa m se a velocidade tomasse o valor de 300 mil quilômetros por segundo no vácuo, isto é, de C. Estava assim aberto o caminho para se transformar matéria em energia e isso mudaria o mundo, jogando-o no perigoso processo da autodestruição nuclear.

Nada além do que Newton tenha dito, com Einstein apenas considerando um valor particular, que, levado à fórmula newtoniana, permitiria ao gênio concluir por uma relação entre a matéria e a energia, aquela sendo reduzida a esta, na velocidade da luz.

Aí, no entanto, parou Einstein, considerando que nada poderia haver além da velocidade da luz, assim estabelecida por ele como limite das manifestações no Universo. Deteve-se na realidade da Física, porque ignorou a consciência. Para ele e consequentemente, para todos os físicos que o seguiram, nada mais havia no Universo, além de energia e matéria. Assim como ele não sabia que o tempo é a duração da consciência, nunca imaginou que massa é volume ou quantidade de consciência.

Voltemos à fórmula F = mv² . Se substituirmos v (velocidade) por e/t (espaço dividido pelo tempo) e dermos a t o valor zero, saindo da realidade para a atualidade, o valor de m (massa) será zero, porque qualquer valor de F dividido por "infinito" é zero. Nós sabemos que infinito não é um número, mas é uma quantidade, de modo que se tomamos um valor da velocidade (e/t) “quase infinito”, chegamos a um valor da força “quase zero”. Assim, podemos considerar que no espaço infinito, a velocidade (distância dividida pelo tempo zero) "quase infinita" nos levaria a uma massa “quase zero”. Isso significa que na atualidade (tempo igual a zero), não haveria massa. A velocidade do pensamento (consciência) SOU (ESTOU) do ponto, seria infinita, o que significaria que ele estaria em todos os lugares ao mesmo tempo e a massa do total infinito de pontos – quantidade de consciência - seria igual a zero, porque não haveria uma infinidade de consciências, mas a consciência sem duração numa infinidade de pontos, no mesmo tempo zero. A partir daí, surgindo o tempo (duração da consciência) e tomando, este, valores crescentes, teríamos valores decrescentes para a velocidade e crescentes para a massa, até atingir, esta, a massa do fóton, na velocidade da luz.

Acima da velocidade da luz, estão os fenômenos da Psíquica.
Abaixo dela, os da Física.

O que Einstein fez, dando valor C para o v na fórmula de Newton; estamos fazendo agora, substituindo v por e/t e considerando o tempo igual a zero. Ninguém fez isso, antes, na Física, porque não há Física sem o tempo. Se alguém pensou no assunto, não levou adiante, porque sempre houve o medo de se acabar com a Física, dando valor zero ao tempo. Quando se propôs uma “Física Quântica” e se considerou “absurdo” uma partícula estar em dois lugares ao mesmo tempo, ficou impossível encontrar uma teoria única para todos os campos, dentro da Física. O que está errado é situar o campo quântico na Física. O seu campo está na Psíquica, onde não há o tempo e o que se tem é uma atualidade. A da consciência universal, em todos os lugares ao mesmo tempo. A Psíquica não acaba com a Física, mas, ao contrário, a explica, a confirma, introduzindo a consciência como a essência de toda a existência, ou ainda melhor, a única entidade que existe, formando tudo o que se percebe... quando o tempo tem valor maior do que zero, isto é, a consciência tem duração.

Na atualidade – tempo igual a zero – a massa é igual a zero e a velocidade é “infinita”, isto é, a consciência está em todos os lugares ao mesmo tempo, o que explica cientificamente o que a religião afirma e o misticismo desenvolve: Deus (a consciência cósmica) está em todos os lugares ao mesmo tempo. O que nem a religião nem o misticismo dizem, contudo, é que essa consciência “divina” DURA nada, não tem duração alguma, porque não existe o tempo, cujo valor é zero. Para se estar em todos os lugares ao mesmo tempo, este tem de ser igual a zero.

Esta simples aplicação da fórmula de Newton só tem valor, se associada a este fato: a consciência infinita é atual, num agora que se repete, intermitente. Entre dois “agoras” quaisquer, há um intervalo infinitamente pequeno, tão pequeno que, se fosse menor, não existiria. É exatamente esse intervalo, que podemos considerar como uma duração infinitesimal, um dt, que corresponde ao menor valor do tempo. Com essa linguagem matemática, podemos propor uma sequência de dt+dt+dt+dt... que qualquer estudante de engenharia entende e aceita, assim surgindo o tempo, que cresce com a massa (quantidade de consciência), decrescendo a velocidade.

Tudo isso acontece no espaço infinito, em três direções ortogonais, nas quais se mede o comprimento, a largura e a altura. Essas direções são determinadas por uma sequencia de pontos, que são posições, sem dimensões, mas estão separados, um do outro, por intervalos tão pequenos, que, se fossem menores, não existiriam, assim, também infinitamente pequenos. A consciência universal em cada um desses pontos (se não fossem conscientes não existiriam) é a do SOU, do verbo SER. A consciência em um ponto, sem dimensão, relacionando-se com a consciência em outro ponto, infinitesimamente próximo, é a do ESTOU, do verbo ESTAR...

Podemos, agora, compreender a frase bíblica (primeiras palavras do evangelho de São João), que atesta a antiguidade desse conhecimento:

No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

Quando começamos a trabalhar com a consciência – este é o campo da Psíquica – com a simples consideração de que o tempo é a medida da sua duração, facilmente podemos chegar à Física, onde o tempo estabelece todas as relações (não é assim, Einstein?). A visão geral da atualidade e da realidade unifica todos os campos.


ESTES COMUNICADOS VISAM CHAMAR A ATENÇÃO DO MUNDO CIENTÍFICO PARA A PSÍQUICA, QUE ESTAMOS PROPONDO COMO COMPANHEIRA DA FÍSICA, PORQUE SEM A DURAÇÃO DA CONSCIÊNCIA (TEMPO) NÃO HÁ FÍSICA. ESTÃO SENDO LANÇADOS AGORA NA INTERNET PARA QUE ATINJAM TODAS AS PESSOAS CAPAZES DE ESTUDAR E PESQUISAR, LIVREMENTE, MAS É EVIDENTE QUE, QUEM TEM MELHORES FERRAMENTAS, TRABALHA MAIS RAPIDAMENTE COM MELHORES RESULTADOS.

A PARTIR DE SETEMBRO, ESTARÁ NAS LIVRARIAS O ROMANCE "A CRUZ DOS MARES DO MUNDO", PRIMEIRO DE UMA TRILOGIA QUE LANÇA A PSÍQUICA, A CIÊNCIA QUE ESTÁ PARA A PSICOLOGIA, COMO A FÍSICA ESTÁ PARA A FISIOLOGIA.


segunda-feira, 25 de julho de 2011

A PACIÊNCIA E O GÊNIO

Primeiro Comunicado ao Mundo da Ciência

O processo tradicional de escrever um artigo, submetê-lo ao crivo de uma comissão editorial em revista científica indexada, esperar sua análise e posterior publicação, tem sido seguro para manter as estruturas solidificadas, evitando-se ameaças ao conhecimento velho, nem sempre verdadeiro, mas satisfatória e universalmente aceito como tal.
Por outro lado, a mídia impressa bem conceituada costuma ter medo de arriscar a publicação de artigos ou mesmo fazer reportagens, sobre o conhecimento novo não submetido a tal procedimento, principalmente quando a novidade destrona donos da verdade estratificada por um processo sedimentar que a faz aparentemente eterna, indestrutível.

Assim, perde-se tanto tempo que até séculos se tem atravessado, entre uma nova descoberta e sua aceitação universal, com evidente perda para todos os que não puderiam ter colhido os benefícios, nesse intervalo, de tal inovação. Os pensadores independentes que ousaram oferecer conhecimento novo, na Idade Média, não raramente foram parar na fogueira. Há dois mil anos, podia ser pendurado numa cruz e o maior exemplo disso é o do Nazareno que ousou mostrar o Reino dos Céus. Não se pense que hoje estamos livres dessa castração intelectual científica.

Em certos lugares e momentos, livros podem ser mais perigosos do que bombas, para estruturas de poder estabilizadas. Não só de poder político ou econômico, mas igualmente religioso e científico.

Contra toda essa intolerância, contudo, um canal se abriu com a Internet, mas justamente essa abertura, absoluta, que permite cada um dizer o que quer, paradoxalmente, criou uma participação tão volumosa dos que não têm muito o que dizer, que é deveras difícil saber onde está o conhecimento novo que realmente contribui para o desenvolvimento da Ciência. Achá-lo na montanha de textos publicados na Internet é muito mais difícil que encontrar uma agulha num palheiro.


A infalibilidade do Gênio científico é como a do Papa


Todo intelectual que se volta para a Ciência é um filósofo amador, na medida em que ama o conhecimento. Após colecionar bastante informação com estudos, dedica-se a pesquisar o que ainda não se sabe, na busca de uma descoberta qualquer. O astrônomo amador é um exemplo disso, quando incansavelmente direciona sua luneta para as estrelas e com sorte, encontra uma que se move entre as demais, fixas, descobrindo um novo cometa. Conhecimento novo.

No campo da Física, tão estabilizada esta se encontra, com a contribuição de tantos gênios no passado, que já é quase impossível alterar qualquer dos seus pilares. Assim, por exemplo, ninguém ousa contrariar Einstein, que, apesar de ter confessado, em vida, vários fracassos, hoje é inatacável em sua Teoria da Relatividade, a Restrita ou a Geral, sendo quase impossível destruir a sua idéia do espaço curvo, que tomamos como exemplo.

Quase, devemos repetir. Antes de abordarmos essa questão, em particular, é preciso dizer que o que se qualifica como "gênio" nada mais é do que um indivíduo de extrema paciência. Já dizia Flaubert: "A paciência não é o gênio, mas muitas vezes é o seu sinal e pode sempre substituí-lo". Quantas vezes Einstein manteve-se por horas - dias até - em frente ao quadro negro, com suas equações matemáticas, trabalhando arduamente, em busca de uma demonstração convincente? Sua luta em busca da Teoria dos Campos Unificados tomou-lhe meses, teimosamente, sem sucesso. Apesar de toda a sua paciência, falhou. Assim como o Papa, que se diz infalível nos assuntos da alma e de Deus, também o Gênio falha, simplesmente porque é um limitado ser humano.

Einstein falhou com a teoria dos campos unificados, porque partiu de um conceito errado em sua teoria da relatividade: o de espaço-tempo. Foi brilhante, ao considerar o tempo como a quarta dimensão do espaço. Ninguém disse isso antes dele, no contexto em que o fez, mas errou ao considerar o tempo como diferente das outras três dimensões, justamente por não ser uma dimensão geométrica, como o comprimento, a largura e a altura. Em verdade, o tempo está fora da geometria, que não pertence à realidade física, mas é parte da matemática e da lógica, dentro de uma eterna, infinita, atualidade (quando o tempo é igual a zero). Diga-se, de passagem, que a matemática, sendo uma linguagem, só se expressa na realidade da Fisica, quando o tempo é maior do que zero. Com essa linguagem, no entanto, também se pode escrever ficção...

Aparentemente isso torna o tempo diferente das outras três dimensões. Só aparentemente...
Vejamos no que ele é igual. É linear, como o comprimento, a largura e a altura, podendo ter valores negativos em somas algébricas, relativas, mas não se admite valores absolutos menores do que zero, em qualquer delas. Podemos dizer, relativamente, que ao comprimento de uma tábua com três metros podemos somar algébricamente "menos trinta centímetros", ficando a tábua com dois metros e setenta centímetros, mas o que seria uma tábua cujo comprimento total seria menos trinta centímetros? Ou uma viagem que se faria num tempo de menos duas semanas? Por isso se pode viajar para o futuro (é o que fazemos, na vida), mas jamais para o passado, dentro da Física. Dimensões reais, na Física, são todas positivas, isto é, maiores do que zero.

A Teoria da Relatividade é um campo de ilusões criadas pelo tempo

O que tornaria o tempo diferente das outras três dimensões do espaço seria o fato de que ele é medido numa duração, enquanto as outras três o seriam em suas respectivas três direções. Essa diferença, contudo, é apenas aparente, porque tanto a duração como qualquer das direções deve ser medida linearmente com valores maiores do que zero. E todas elas são filhas da consciência, que determina suas posições. Assim como não há posição, não há duração, direção nem dimensão, sem consciência. A célebre relação feita por Einstein, considerando dois trens com velocidades diferentes sendo observados por alguém dentro de um deles e por outrem fora, numa estação, demonstra apenas que a duração (tempo), quando tomada isoladamente, separada das direções, é ilusória. O mundo da relatividade é um mundo de ilusão, isto é, um mundo em que a base está na duração da consciência - isto é o tempo - de observadores distintos, em lugares (determinados por três direções) distintos.

Assim, o "espaço-tempo" de Einstein, para ser assim nomeado, exigiria um "espaço-comprimento", um "espaço-largura" e um "espaço-altura". Faltou paciência, aí, ao gênio, para se deter nesse pequeníssimo detalhe, que o impediu de chegar à teoria da unificação dos campos. Esse detalhe é justamente a consciência necessária que determina um espaço real, com quatro dimensões, mas também um espaço atual, com apenas três (sem o tempo, porque este é igual a zero). Ao falar em espaço-tempo, Einstein não considera o espaço sem o tempo, que não é o da Física, mas o da Psíquica, o da Matemática (Geometria) e o da Lógica. Para unificar os campos numa única lei, ele teria de considerar tudo como espaço, com o tempo ou sem o tempo. O conceito de espaço-tempo poderia ser considerado também com apenas três dimensões: uma duração (tempo) e duas direções (comprimento e largura), colocando a realidade num plano. Não, contudo, uma realidade física, como aquela em que a gravidade encurva esse espaço plano. Ou com apenas duas dimensões: uma duração (tempo) e uma direção (comprimento). Este universo de duas dimensões seria real porque há o tempo, nele e portanto seria também espaço-tempo. Mas não seria físico, A realidade só é física (com energia e matéria) se as quatro dimensões estiverem presentes.

Em síntese, a genialidade científica é tão falha quanto a religiosa, porque o homem (sem exceção) falha, em consciência.
Einstein ignorou a consciência, na sua concepção do tempo. Não levou em conta um conhecimento milenar: o tempo é a duração da consciência. Faltou a ele, dizer que o espaço sem o tempo é o da Psíquica, onde só há três dimensões que determinam apenas posições (uma infinidade de pontos tão próximos uns dos outros, que, se fossem mais próximos seriam um só, mas com intervalos entre eles, que os individualizam, sendo o espaço - infinito em três direções - uma sucessão infinita de agoras, de infinitas posições conscientes de si próprios (se não fossem conscientes, não existiriam e não existiria o espaço), que alguém chamou de "O NADA". Só se chega a esse conhecimento com muita paciência para juntar os "agoras" numa duração qualquer.
Quem chega a ele, é, portanto, um gênio.
Se você ainda não chegou, insista... com toda a paciência que for necessária.


ESTE ARTIGO É PARTE DA DIVULGAÇÃO DO LIVRO A CRUZ DOS MARES DO MUNDO, COM O QUAL SE INICIA A TRILOGIA NORTADA, QUE LANÇA A CIÊNCIA PSÍQUICA (A PSICOLOGIA ESTÁ PARA A PSÍQUICA COMO A FISIOLOGIA ESTÁ PARA A FÍSICA), ONDE SE TRABALHA COM O TEMPO IGUAL A ZERO EM SUCESSIVAS POSIÇÕES DE DURAÇÃO, COMO NA FÍSICA SE TRABALHA COM AS OUTRAS DIMENSÕES DO ESPAÇO IGUAIS A ZERO EM SUCESSIVAS POSIÇÕES, NAS RESPECTIVAS DIREÇÕES.

terça-feira, 7 de junho de 2011

TEORIA UNIVERSAL DA EVOLUÇÃO - V

O Nascimento de Deus - IV

Neste mês de junho de 2011, exatos 30 anos após a publicação do livro Humanidade: Uma Colônia no Corpo de Deus, na sua versão impressa (Edições Melhoramentos, São Paulo), concluimos o primeiro capítulo em sua versão eletrônica, na Internet, acrescentando alguns comentários, em itálico, com os quais esclarecemos os trechos que ficaram demasiadamente concisos no texto da edição de 1981, principalmente na apresentação dos conceitos de "espírito" e de "quama" - básicos para a introdução da consciência no espaço tetradimensional (três direções e uma duração), indispensável na estrutura desta teoria universal da evolução, que realiza a proposta não concluida por Einstein com sua teoria unificadora dos campos e também não concluida por Hawking com sua teoria unificada do universo. Três nomes que significam a mesma coisa - a mesma teoria - com a única diferença no fato de que aqueles cientistas quiseram fazer um concreto apenas com areia, brita e cimento, no campo da Física, enquanto nós, engenheiros, sabendo que a água é necessária para a reação química que promove o endurecimento da mistura de aglomerados e aglomerante, procuramos introduzí-la, indo buscar a consciência como elemento de ligação indispensável à formação e evolução das ondas e partículas que estruturam o Universo, assim propondo uma nova ciência, a Psíquica, sem a qual não se considera, nem estuda, os fenômenos que se manifestam acima da velocidade da luz. Em 2007, referindo-me à Teoria Unificada do Universo, de Hawking, publiquei um artigo com esse título na Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, que também se encontra na Internet, bastando pesquisar no Google com as palavras-chave "Adinoel Motta Maia - Consciência - Teoria Unificada do Universo". Ao propor, agora, a "Teoria Universal da Evolução", estamos introduzindo a consciência - o "espírito" - que liga os pontos (posições) do espaço, formando tetraedros infinitesimais, por sua vez ligados também pela consciência desses conjuntos (quamas = células de espírito = células de consciência aglutinadora e multiplicadora), que formam as ondas e as partículas, assim criando a energia e a matéria em estruturas que evoluem e crescem continuamente. Poderíamos estar fazendo um belo artigo e tentar publicá-lo numa revista científica indexada - talvez o façamos - mas criamos este blog justamente para mostrar que a Internet, hoje, é tão segura quanto qualquer revista desse tipo para guardar, arquivar, registrar um texto filosófico ou científico, publicando-o com data inalterável e assim atestando sua prioridade, seu momento de vir à luz.
Com esse título, portanto - Teoria Universal da Evolução - republicamos o primeiro capítulo do livro "Humanidade: Uma Colônia no Corpo de Deus", de 1981, no qual já se encontravam esses conceitos básicos de origem do Universo a partir do Nada, isto é, do espaço vazio porque pleno apenas da consciência de cada um dos seus pontos (posições) a uní-los em estruturas de pensamento que se tornaram ondas e corpos, energia e matéria, que, em verdade, não existem. O que existe é a consciência, que as forma e nos permite percebê-las e compreendê-las. É disso que trata a Psíquica, a ciência que estamos propondo para realizar os estudos nessa área e com essa proposta.

Com o texto reproduzido a seguir, concluimos o primeiro capítulo de "Humanidade: Uma Colônia no Corpo de Deus", publicado em 1981 com o título O Nascimento de Deus. Um Deus que é para nós um macróbio, como nós, humanos, somos macróbios para quem vive numa partícula em órbita de um elétron qualquer do nosso corpo.

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Não sendo matéria mas quase matéria, essa partícula elementar que estamos, por isso mesmo, chamando de quama, seria o átomo concebido pelos gregos (concebido ou conhecido?). Se mais tarde, a Ciência tomou esse nome para designar outra coisa, a culpa não é dos filósofos gregos, não se devendo dizer, portanto, que eles erraram. A ignorância da humanidade atual costuma dizer que os antigos estavam errados, só porque ainda não descobrimos o que eles já sabiam e por isso não os entendemos. E ainda mais, é preciso esclarecer que eles afirmavam ser essa partícula elementar, pensante. Os gnósticos, na Antiguidade, a chamavam de éon. Hoje, o físico Jean Charon diz que éon é o elétron pensante e escreveu toda uma obra para demonstrá-lo. É preferível dizer que essa era uma partícula de pensamento, de luz, de quase matéria. Onde há luz, há pensamento e se costuma dizer que a ignorância é filha das trevas, enquanto a ciência é filha da luz. O buraco negro é a estrela que morre. A vida é luz. A morte é escuridão. A mulher que traz um novo ser à vida, o dá à luz. Assim, vamos dizer que o Universo nasceu da luz, de partículas de luz, de pensamento, que se encontraram para formar a primeira partícula material, as primeiras partículas necessárias à manifestação da matéria, possivelmente os léptons e os quarks, estes formadores dos hádrions. Léptons e hádrions se reuniram no que hoje chamamos átomos (não confundir com os átomos referidos pelos gregos). Em todos esses átomos, que se reuniram em moléculas, sempre estiveram os quamas, individualizados, constituintes, reproduzindo-se para formar novos léptons e quarks, nas células vivas, segundo uma organização determinada por eles próprios, partículas pensantes. Mas não só nas células vivas, segundo programas bem definidos pelas moléculas de ADN, como também em liberdade, para criar a matéria inanimada, também constituída por elas, partículas pensantes.

Todas essas partículas, os éons dos gnósticos antigos, os nossos quamas, reunidas no homem, fazem o pensamento desse homem. Reunidas no Universo, fazem o pensamento do Universo, de Deus. Elas têm a propriedade de dar um pensamento para cada conjunto que formam. Assim, isolado, o quama pensa segundo ele próprio, para atender a suas necessidades, que devem ser muito pequenas, o suficiente para comandar seu processo de auto-reprodução ou multiplicação, assim como o de união, para formar, conforme sua combinação e estrutura, previamente programadas, um lépton ou um quark.

Tomemos um dos léptons, o elétron, por exemplo. Para formá-lo, os quamas agiriam individualmente, de acordo com a programação feita para o seu pensamento (essa programação seria resultante da evolução de partículas não materiais, anteriores, do quama, na evolução), mas dariam ao elétron uma estrutura mais complexa de pensamento, própria e exclusiva dele. Cada brasileiro pensa conforme suas necessidades. O pensamento do povo brasileiro, da nação como um todo, é o conjunto mais complexo do pensamento de todos os cidadãos que a constituem, com características próprias e independentes do pensamento de cada um, para atender não mais as necessidades de cada indivíduo, mas as do País. Do mesmo modo como o pensamento do povo brasileiro, como nação inteira, não está consciente do que pensa um João da Silva no Mato Grosso ou em São Paulo, o pensamento do elétron não tem consciência do que pensa um dos seus quamas. Por sua vez, os elétrons se associarão a outras partículas, também pensantes, para formar átomos pensantes. Esses átomos pensam conforme suas conveniências, programadas para uma ação legal - segundo a Lei que cria o Universo - sem consciência do pensamento das partículas que os constituem, mas conscientes de suas funções, para formar as moléculas, que procedem analogamente e se organizam em seres uni ou plurimoleculares, orgânicos (à base do carbono) ou minerais, ditos "com vida" e "sem vida", que, segundo suas mais complexas estruturas de pensamento, ganham níveis de autodeterminação e inteligência.

Assim, os níveis de autodeterminação e inteligência são diferentes nos animais, nos vegetais e nos minerais. A evolução da inteligência acompanha a evolução da estrutura material. Quanto mais complexo é o ser, mais inteligente ele é, porque maior é a contribuição das partículas pensantes, para a criação de órgão como o cérebro humano, a mais perfeita máquina de pensar conhecida na Terra, que, no entanto, não tem consciência dos comandos que são dados, dentro do corpo humano, seja para o próprio crescimento, seja para o processo digestivo ou para outra função qualquer. Há decisões que são tomadas dentro do organismo do homem, sem que este tenha sequer conhecimento delas. "Quem" toma essas decisões, evidentemente, pensa. Assim, pode-se dizer que cada célula, em cada organismo "vivo", está sempre pensando e agindo coerentemente, sem saber o que pensam as outras células. Do mesmo modo, nenhum homem tem consciência do que pensa outro ser de sua espécie. Mas, se o nível de autodeterminação e inteligência das células é baixíssimo, quase inexistente, no homem é bastante elevado, ao ponto de gerar conflitos internos.

É preciso colocar, no entanto, uma questão da maior importância: se o pensamento de uma parte não influi no de outra parte, o pensamento do conjunto influi no comportamento das partes, sem ter consciência do pensamento destas. Por exemplo: uma determinação do homem em viver num ambiente poluído, determina leis, a que seus órgãos têm de obedecer, adaptando seu funcionamento às novas condições ambientais, de modo a não prejudicar o funcionamento do organismo humano. Analogamente, uma decisão de autodeterminação e inteligência de Deus, maiores e mais complexas do que as do Homem (o pensamento dos seres humanos seria apenas uma pequena parte contribuinte do pensamento do Universo), determinaria leis às quais todos os componentes do Universo teriam de se adaptar para manter este em equilíbrio e funcionamento perfeito. Dentro dessa visão, pode-se dizer que Deus determina o destino dos homens - e não só deles - estabelecendo diretrizes que temos de seguir. Quando uma ou mais partes do organismo humano não se adapta a uma determinação do homem, entra em colapso, que pode destruir o conjunto - o homem - ou apenas prejudicar essa parte. Assim é que um homem pode perder uma parte do seu universo - uma unha do pé, por esta não ter podido resistir aos efeitos de uma determinação do homem: chutar uma pedra. Do mesmo modo, Deus pode exigir em sua Lei, por autodeterminação, algo para o que a humanidade não esteja preparada ou não queira cumprir. Da incapacidade ou desobediência desta, pode resultar sua destruição, tantas vezes quantas sejam necessárias, até que ela se adapte à função que deve cumprir na Terra. Como será mostrado na segunda parte deste livro, há evidências de que isso tem acontecido e que a atual humanidade já seja mais forte e melhor do que as anteriores.

Mas se tudo isso acontece no plano da Consciência, no Inconsciente o processo é outro. Sendo todo o Universo constituído de quamas, as árvores, os homens e as montanhas são feitos com os mesmos elementos que constituem Deus. Com os mesmos elementos pensantes. Daí se poder dizer que há um canal de comunicação entre o pensamento de Deus e o de todos os seres, animados ou inanimados, do Universo. Se no plano da matéria o pensamento de cada ser, por mais simples ou mais complexo que seja, é individual, sem consciência dos demais, no plano dos quamas (quase material) o campo é um só e o pensamento é um só. Como não temos consciência desse campo, dizemos que ele é o Inconsciente. Esse Inconsciente está em permanente contato com a nossa Consciência, porque esta é feita de partes daquele. Do mesmo modo como uma ilha é parte de toda uma crosta terrestre, embora pareça que está isolada. Assim, basta que façamos adormecer a Consciência, para que o Inconsciente se revele, seja por um processo de sono, de hipnotismo ou de morte do corpo. Analogamente, basta que se esvazie o mar, para que a ilha se mostre como parte de uma montanha ligada ao continente e de toda a crosta terrestre.

É fácil entender, portanto, que todas as experiências vividas por um homem, uma formiga ou um grão de areia, são armazenadas na memória geral do Universo. Em outras palavras, todo o pensamento consciente enriquece o Inconsciente, infinito e eterno, que serve de canal entre duas Consciências ou mais, nos processos de telepatia, clarividência, telecinésia, etc. Pela concentração oramos a Deus, isto é, falamos com o Inconsciente. Deve ser dito que concentração não é o que muitos pensam: o pensamento concentrado numa idéia. Ao contrário, concentração é um processo pelo qual a mente é destituída de todas as idéias e através do qual se tira do cérebro qualquer pensamento. O uso das velas, nas igrejas, originalmente, não foi apenas para enfeitar ou iluminar os altares, mas proveniente de um costume mais antigo que o próprio Cristo, de olhar para a chama, como ajuda à concentração. Dessa forma, "concentrando-se" na chama, elimina-se todo pensamento consciente e se pode orar a Deus, ou seja, sondar o Inconsciente em sua profundidade.

Podemos concluir, daí, que a fala é um processo de comunicação própria dos homens, elaborado na Consciência e executado por aparelhos construídos no homem, entre os quais se inclui a língua. A telepatia, no entanto, não é exclusiva dos homens, mas de todos os seres, animados e inanimados, constituídos por quamas e inundados pelo Inconsciente. Uma pedra estaria, assim, em contínua comunicação com outra pedra, sem necessidade de falar. Evidentemente, ela não precisará dizer "faça isso" ou "dê-me aquilo", mas possivelmente liberará comunicados do tipo "estou trocando átomos com a atmosfera", sem o emprego de quaisquer símbolos, usando apenas impulsos energéticos que poderíamos classificar como idéias. Constata-se, hoje, com o emprego de aparelhos eletrônicos, que as plantas recebem mensagens. É conhecida a experiência de se aproximar uma tesoura de uma planta, pensando-se em cortar algumas de suas folhas, detetando-se nela vibrações energéticas que são acusadas num aparelho receptor. É de se supor que a linguagem do pensamento no Inconsciente seja comum a todos os seres. Possivelmente, uma linguagem matemática, que é universal e é hoje aplicada para a comunicação com e entre os computadores eletrônicos.

Ao propor esta linha de discussão filosófica e investigação científica, não busco apenas o exercício teórico. Ao contrário, penso na aplicação prática. Se todas as experiências vividas pela Consciência de qualquer ser, são automática e instantaneamente transmitidas para o Inconsciente e ali armazenadas, numa espécie de memória universal, poder-se-á, pela correta consulta a esse "arquivo", conhecer o todo e a parte desse Universo, no tempo e no espaço. As perspectivas que se abririam, ao se conhecer a técnica para realizar essa consulta, seriam enormes. A pesquisa arqueológica, por exemplo, seria quase desnecessária, como auxiliar da História, que passaria a ser escrita pela pesquisa direta, no Inconsciente. A arqueologia se valeria desse meio para escavar sem risco, com o fim exclusivo de desenterrar as peças que iriam enriquecer os museus.

De certa forma, isso já começa a ser feito, através da hipnose regressiva. Por um procedimento técnico já conhecido, a Consciência do homem é adormecida e o mecanismo da fala é colocado a serviço do Inconsciente, que se revela à medida que as perguntas são feitas. O agente hipnotizador ordena que a pessoa hipnotizada regresse no tempo e pede-lhe informar o que encontra em seus registros de tempo e espaço, ou seja, na época e lugar nos quais se detém. Como o agente deixa o paciente à vontade, a escolha é praticamente feita ao acaso e a consulta ao arquivo geral da humanidade (o que Jung chama de Inconsciente Coletivo) não tem sido feito sistematicamente, como uma ajuda aos processos de investigação histórica, mas apenas como experimentação para atender áreas da psicologia, da religião ou da pura diversão.

Não é, contudo, a hipnose regressiva, a única maneira de acesso a esse arquivo. Esta é apenas uma das muitas vias pelas quais se chega à concentração. Algumas religiões, mais primitivas, têm usado drogas; outras, o recolhimento e a oração; ainda outras, a meditação, acompanhada de dietas adequadas. Qualquer ser humano pode, no seu cantinho escuro, em silêncio, arriscar-se a essas viagens ao Inconsciente, com método e paciência. Historicamente, as religiões têm feito disso - o que chamam "viver em Deus" - o objetivo maior de suas ações. A verdade é que realmente vivemos em Deus e os religiosos têm trazido ao resto da humanidade essa revelação, de que o homem é feito das mesmas partes que fazem o Universo. Vivendo no Universo, vivemos em Deus, cujo espírito é feito para penetrar num corpo de galáxias, estrelas, planetas, moléculas e quamas, mantendo-os coesos e em equilíbrio dinâmico.

O processo por mim adotado para fazer as pesquisas que trago neste livro, inclui leitura e meditação. Muita leitura, muita anotação, mas sobretudo meditação em torno e além dos dados obtidos. São quase trinta anos de coleta de material, dois terços dos quais acompanhados de busca do Inconsciente e da revelação. Pela meditação, no exercício da concentração, chegaram as idéias. Acho que muitos têm chamado essa coisa por meio de uma expressão muito pouco diferente do que já disse neste capítulo: "revelação divina". Certamente que é, pois toda consulta ao Inconsciente, é uma consulta a Deus. Sem a necessária humildade, no entanto, costuma-se divulgar que essa "revelação divina" é privilégio de uns poucos indivíduos, escolhidos por Deus para alguma missão. Na realidade, ela está ao alcance de todos os homens, porque cada um destes tem sua missão a cumprir.

De maneira muito clara, Jesus, o Cristo, tentou dizer aos homens, dois mil anos atrás, que todos temos esse direito e essa possibilidade, mas os homens, até hoje, não o entenderam e acabaram construindo algo diverso do que ele havia proposto para o Reino de Deus. Não há nenhum privilégio em conhecer a Deus, porque nós, os homens, os vegetais e as pedras, formamos o corpo de Deus, cujo espírito nos inunda. Somente com o desenvolvimento da Ciência, saindo da Terra em busca do Universo, começamos a perceber a grandeza desse corpo no qual nos encontramos. O que isso nos traz é uma consciência de nossa pequenez, para desagrado de quantos se orgulham e envaidecem, por se acharem a mais importante forma de vida do Universo. É um impacto desfavorável para estes, descobrir que sua autodeterminação está limitada por uma Lei que os considera tão importantes como uma galáxia inteira ou uma minúscula bactéria, ainda que esta seja patogênica.

Todo este primeiro capítulo está contido numa frase, na primeira frase do Gênesis, da Bíblia: "No começo criou Deus o céu..." O céu é tudo o que está fora da Terra, é o Universo ao qual ela pertence. A primeira criação de qualquer ser é o seu próprio corpo. Isso vale para uma planta como vale para o homem e para o próprio Deus. Não é difícil provar científicamente a existência desse Deus, verdadeiro. Feito isso, mais fácil será investigar sua Lei e cumprí-la com a consciência de que para isso fomos criados.

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NOTA FINAL: A proposta de comemorar os 30 anos de publicação do livro Humanidade: Uma Colônia no Corpo de Deus com a inserção neste blog do seu primeiro capítulo, relaciona-se com a publicação também neste mês, do nosso novo livro, A Cruz dos Mares do Mundo, de ficção e realidade, que lança a Psíquica como a ciência que faz par com a Física, na revelação do Universo. Criou-se o Selo AMME para publicar esse primeiro livro da trilogia Nortada, que desenvolve essa proposta filosófica e científica, na medida em que apresenta a Teoria Universal da Evolução, a explicar de onde viemos e para onde iremos, cada um de nós a evoluir como indivíduo, com seu próprio ego imortal.


quarta-feira, 4 de maio de 2011

TEORIA UNIVERSAL DA EVOLUÇÃO - IV

O Nascimento de Deus - III

Em sequência, teremos mais um trecho do primeiro capítulo de Humanidade: Uma Colônia no Corpo de Deus. Antes, contudo, devemos observar que nele, considerávamos o Universo conhecido, como um ser vivo material, macróbio, no qual galáxias seriam como átomos ou moléculas no corpo de um homem, de um inseto ou de uma planta, por exemplo.
Então, em 1981, quando essa obra foi publicada, não tínhamos, ainda, concluído nossa proposta para uma Teoria Unificada do Universo.
Usamos apenas o "bom senso", conforme declarado no seu texto, para preencher provisoriamente essa parte da proposta, admitindo analogicamente que, assim como temos os micróbios e os mesóbios formados por átomos e moléculas, poderíamos conceber macróbios formados por galáxias.
Naturalmente, macróbios poderiam se reproduzir como os micróbios (por mitose), como nós - mesóbios - por concepção sexuada, ou mais provavelmente, por algum processo sequer imaginado pela mente humana.
A seguir, reproduzimos mais um trecho do capítulo I do livro acima referido.
Recomendamos reler os trechos anteriores, aqui publicados, antes de enfrentar mais este.

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Como, então, tudo começou?


Não tenho a vaidade necessária para me apresentar como dono da verdade, mas tenho a humildade indispensável para propor uma linha de investigação e me lançar a uma arena cheia de leões, com uma arma aparentemente muito frágil: o bom senso.


Acho que tudo começou com uma célula-ovo quase material: um quama. Uma célula-ovo resultante de um processo de reprodução. Não me permito sequer imaginar como um Universo "cruzaria" com outro Universo, para gerar essa célula-ovo, mas ninguém pode negar, científica ou filosoficamente, que tal seja possível. Recusar essa possibilidade só seria admissível num fanático religioso, desses que querem ver apenas a sua verdade, dentro dos seus preconceitos e condicionamentos.


Suponhamos que, assim como as aves voam no céu, os peixes nadam na água e nós andamos na terra - cada um ocupando seu espaço - outros "seres", tão grandes que uma galáxia seria algo como uma das moléculas do seu corpo, também se locomovem num espaço proporcionalmente maior. Nesse espaço, exercitariam suas vidas, suas funções, entre as quais a da reprodução, que poderia ocorrer através de uma espécie qualquer de "cruzamento" (transferência de pensamento), gerando uma célula-ovo, um quama, a partir do qual se desenvolvesse um novo Universo, um novo "ser". Talvez tudo poderia acontecer sem necessidade de cruzamento, sendo cada Universo suficiente para deflagrar o processo reprodutivo.


Uma imagem que temos de fazer é a seguinte: o ser humano que parece tão sólido e compacto, seria visto por um "indivíduo" que habitasse um elétron qualquer de seu corpo, como nós vemos o céu cheio de estrelas. Assim, o céu de estrelas que podemos observar, pode muito bem ser o espaço entre as partículas que constituem o corpo de um "ser", cuja forma desconhecemos, mas que seria "visto" por outro "ser" igual a ele, como sólido e compacto. Seria, naturalmente, um ser vivo, capaz de reproduzir-se, com ou sem cruzamento.


Assim, proponho, para discussão, que se admita ser o nosso Universo, filho de outro(s) Universo(s), o que nos levaria a pensar na existência de muitos Universos, no espaço infinito. Devem ser Universos que nascem, crescem, reproduzem-se e morrem. Nessa cosmologia, temos de procurar conhecer nosso papel. Seria este, o de anticorpos a proteger o corpo universal ou divino? Ou seremos bactérias patogênicas a agredí-lo? O Universo precisa de nós para sua saúde e desenvolvimento? Ou nos lança suas defesas, para nos matar, sempre que nossa população aumenta e ameaça sua saúde?


A idéia de que o Universo é um ser vivo, com corpo e espírito, nos coloca em frente a toda uma questão filosófica, de consideração da matéria em vários planos ou etapas evolutivas. Façamos uma analogia.


Todos nós, pelo menos uma vez na vida, já tivemos a oportunidade de ver a confecção de um bolo. Há a farinha de trigo, há o açucar, há os ovos e mais ou menos ingredientes complementares, a depender da receita escolhida. Aquela farinha, por exemplo, antes de ser farinha, passou por vários processos agrícolas e industriais até se transformar naquele pó alvo e fino. Alguns dirão que esses processos começaram com a semeadura do trigo, colocado na terra arada; outros irão mais para trás, até a reprodução celular que gerou a semente e outros ainda pensarão na mágica que faz das moléculas do ADN elementos decisivos nas características daquela semente. Se ainda quisermos ir mais para trás, chegaremos à estrutura atômica dessas moléculas, as partículas até o quark e aí, por enquanto, dentro da Ciência, temos de parar, mas com fortes suspeitas de que antes do quark estará o quama e antes desse elemento quase material, as diversas etapas ou planos do espírito. Ao ficar pronto o bolo, seremos levados a imaginar um novo ser, formado não apenas por farinha, açucar, etc., mas de tudo o que originou essas substâncias. Nele estarão as moléculas, os átomos, as partículas elementares e até o espírito. Nada se perdeu. O que houve foi apenas uma nova arrumação de tudo isso, resultando num novo ser.


Pensemos no Universo, analogamente. Se alguém o visse, de fora, a uma distância suficiente para observar nitidamente o seu conjunto, não perceberia que ele é constituído por galáxias, sendo estas formadas por estrelas, em torno das quais poderão estar planetas, além dos errantes cometas que atravessam o espaço interestelar, dos pulsares, dos quasares e de tantos outros corpos, separados por enormes espaços vazios, como são enormes os espaços vazios que separam elétrons de prótons, neutrinos, mésons, etc., sem que ninguém, que veja o bolo de fora, os perceba. Mas o bolo não é um ser natural, isto é, não nasce, cresce, se reproduz e morre. Por não ser um organismo natural, não cresce, mantendo distâncias entre as moléculas, com seus átomos em equilíbrio. Não é isso, no entanto, o que está acontecendo com o Universo, que está crescendo, aumentando a distância entre seus elementos constituintes, em contínuo movimento. E está crescendo porque, de acordo com o princípio científico da conservação da matéria e da energia, está recebendo matéria e ou energia de fora, num constante processo de "alimentação" - exatamente como acontece no Homem, feito, segundo a Bíblia, à imagem e semelhança de Deus. O Universo é, portanto, um organismo vivo, natural, com um corpo material e um espírito que inunda todo o seu ser e participa de todos os seus elementos, porque esse espírito seria o conjunto dos quamas pensantes que existiriam em todas as partículas da matéria.



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Não sendo matéria, mas quase matéria, o que é a partícula quama?


É O QUE VEREMOS A SEGUIR, EM


TEORIA UNIVERSAL DA EVOLUÇÃO - V (O Nascimento de Deus - IV)