segunda-feira, 25 de julho de 2011

A PACIÊNCIA E O GÊNIO

Primeiro Comunicado ao Mundo da Ciência

O processo tradicional de escrever um artigo, submetê-lo ao crivo de uma comissão editorial em revista científica indexada, esperar sua análise e posterior publicação, tem sido seguro para manter as estruturas solidificadas, evitando-se ameaças ao conhecimento velho, nem sempre verdadeiro, mas satisfatória e universalmente aceito como tal.
Por outro lado, a mídia impressa bem conceituada costuma ter medo de arriscar a publicação de artigos ou mesmo fazer reportagens, sobre o conhecimento novo não submetido a tal procedimento, principalmente quando a novidade destrona donos da verdade estratificada por um processo sedimentar que a faz aparentemente eterna, indestrutível.

Assim, perde-se tanto tempo que até séculos se tem atravessado, entre uma nova descoberta e sua aceitação universal, com evidente perda para todos os que não puderiam ter colhido os benefícios, nesse intervalo, de tal inovação. Os pensadores independentes que ousaram oferecer conhecimento novo, na Idade Média, não raramente foram parar na fogueira. Há dois mil anos, podia ser pendurado numa cruz e o maior exemplo disso é o do Nazareno que ousou mostrar o Reino dos Céus. Não se pense que hoje estamos livres dessa castração intelectual científica.

Em certos lugares e momentos, livros podem ser mais perigosos do que bombas, para estruturas de poder estabilizadas. Não só de poder político ou econômico, mas igualmente religioso e científico.

Contra toda essa intolerância, contudo, um canal se abriu com a Internet, mas justamente essa abertura, absoluta, que permite cada um dizer o que quer, paradoxalmente, criou uma participação tão volumosa dos que não têm muito o que dizer, que é deveras difícil saber onde está o conhecimento novo que realmente contribui para o desenvolvimento da Ciência. Achá-lo na montanha de textos publicados na Internet é muito mais difícil que encontrar uma agulha num palheiro.


A infalibilidade do Gênio científico é como a do Papa


Todo intelectual que se volta para a Ciência é um filósofo amador, na medida em que ama o conhecimento. Após colecionar bastante informação com estudos, dedica-se a pesquisar o que ainda não se sabe, na busca de uma descoberta qualquer. O astrônomo amador é um exemplo disso, quando incansavelmente direciona sua luneta para as estrelas e com sorte, encontra uma que se move entre as demais, fixas, descobrindo um novo cometa. Conhecimento novo.

No campo da Física, tão estabilizada esta se encontra, com a contribuição de tantos gênios no passado, que já é quase impossível alterar qualquer dos seus pilares. Assim, por exemplo, ninguém ousa contrariar Einstein, que, apesar de ter confessado, em vida, vários fracassos, hoje é inatacável em sua Teoria da Relatividade, a Restrita ou a Geral, sendo quase impossível destruir a sua idéia do espaço curvo, que tomamos como exemplo.

Quase, devemos repetir. Antes de abordarmos essa questão, em particular, é preciso dizer que o que se qualifica como "gênio" nada mais é do que um indivíduo de extrema paciência. Já dizia Flaubert: "A paciência não é o gênio, mas muitas vezes é o seu sinal e pode sempre substituí-lo". Quantas vezes Einstein manteve-se por horas - dias até - em frente ao quadro negro, com suas equações matemáticas, trabalhando arduamente, em busca de uma demonstração convincente? Sua luta em busca da Teoria dos Campos Unificados tomou-lhe meses, teimosamente, sem sucesso. Apesar de toda a sua paciência, falhou. Assim como o Papa, que se diz infalível nos assuntos da alma e de Deus, também o Gênio falha, simplesmente porque é um limitado ser humano.

Einstein falhou com a teoria dos campos unificados, porque partiu de um conceito errado em sua teoria da relatividade: o de espaço-tempo. Foi brilhante, ao considerar o tempo como a quarta dimensão do espaço. Ninguém disse isso antes dele, no contexto em que o fez, mas errou ao considerar o tempo como diferente das outras três dimensões, justamente por não ser uma dimensão geométrica, como o comprimento, a largura e a altura. Em verdade, o tempo está fora da geometria, que não pertence à realidade física, mas é parte da matemática e da lógica, dentro de uma eterna, infinita, atualidade (quando o tempo é igual a zero). Diga-se, de passagem, que a matemática, sendo uma linguagem, só se expressa na realidade da Fisica, quando o tempo é maior do que zero. Com essa linguagem, no entanto, também se pode escrever ficção...

Aparentemente isso torna o tempo diferente das outras três dimensões. Só aparentemente...
Vejamos no que ele é igual. É linear, como o comprimento, a largura e a altura, podendo ter valores negativos em somas algébricas, relativas, mas não se admite valores absolutos menores do que zero, em qualquer delas. Podemos dizer, relativamente, que ao comprimento de uma tábua com três metros podemos somar algébricamente "menos trinta centímetros", ficando a tábua com dois metros e setenta centímetros, mas o que seria uma tábua cujo comprimento total seria menos trinta centímetros? Ou uma viagem que se faria num tempo de menos duas semanas? Por isso se pode viajar para o futuro (é o que fazemos, na vida), mas jamais para o passado, dentro da Física. Dimensões reais, na Física, são todas positivas, isto é, maiores do que zero.

A Teoria da Relatividade é um campo de ilusões criadas pelo tempo

O que tornaria o tempo diferente das outras três dimensões do espaço seria o fato de que ele é medido numa duração, enquanto as outras três o seriam em suas respectivas três direções. Essa diferença, contudo, é apenas aparente, porque tanto a duração como qualquer das direções deve ser medida linearmente com valores maiores do que zero. E todas elas são filhas da consciência, que determina suas posições. Assim como não há posição, não há duração, direção nem dimensão, sem consciência. A célebre relação feita por Einstein, considerando dois trens com velocidades diferentes sendo observados por alguém dentro de um deles e por outrem fora, numa estação, demonstra apenas que a duração (tempo), quando tomada isoladamente, separada das direções, é ilusória. O mundo da relatividade é um mundo de ilusão, isto é, um mundo em que a base está na duração da consciência - isto é o tempo - de observadores distintos, em lugares (determinados por três direções) distintos.

Assim, o "espaço-tempo" de Einstein, para ser assim nomeado, exigiria um "espaço-comprimento", um "espaço-largura" e um "espaço-altura". Faltou paciência, aí, ao gênio, para se deter nesse pequeníssimo detalhe, que o impediu de chegar à teoria da unificação dos campos. Esse detalhe é justamente a consciência necessária que determina um espaço real, com quatro dimensões, mas também um espaço atual, com apenas três (sem o tempo, porque este é igual a zero). Ao falar em espaço-tempo, Einstein não considera o espaço sem o tempo, que não é o da Física, mas o da Psíquica, o da Matemática (Geometria) e o da Lógica. Para unificar os campos numa única lei, ele teria de considerar tudo como espaço, com o tempo ou sem o tempo. O conceito de espaço-tempo poderia ser considerado também com apenas três dimensões: uma duração (tempo) e duas direções (comprimento e largura), colocando a realidade num plano. Não, contudo, uma realidade física, como aquela em que a gravidade encurva esse espaço plano. Ou com apenas duas dimensões: uma duração (tempo) e uma direção (comprimento). Este universo de duas dimensões seria real porque há o tempo, nele e portanto seria também espaço-tempo. Mas não seria físico, A realidade só é física (com energia e matéria) se as quatro dimensões estiverem presentes.

Em síntese, a genialidade científica é tão falha quanto a religiosa, porque o homem (sem exceção) falha, em consciência.
Einstein ignorou a consciência, na sua concepção do tempo. Não levou em conta um conhecimento milenar: o tempo é a duração da consciência. Faltou a ele, dizer que o espaço sem o tempo é o da Psíquica, onde só há três dimensões que determinam apenas posições (uma infinidade de pontos tão próximos uns dos outros, que, se fossem mais próximos seriam um só, mas com intervalos entre eles, que os individualizam, sendo o espaço - infinito em três direções - uma sucessão infinita de agoras, de infinitas posições conscientes de si próprios (se não fossem conscientes, não existiriam e não existiria o espaço), que alguém chamou de "O NADA". Só se chega a esse conhecimento com muita paciência para juntar os "agoras" numa duração qualquer.
Quem chega a ele, é, portanto, um gênio.
Se você ainda não chegou, insista... com toda a paciência que for necessária.


ESTE ARTIGO É PARTE DA DIVULGAÇÃO DO LIVRO A CRUZ DOS MARES DO MUNDO, COM O QUAL SE INICIA A TRILOGIA NORTADA, QUE LANÇA A CIÊNCIA PSÍQUICA (A PSICOLOGIA ESTÁ PARA A PSÍQUICA COMO A FISIOLOGIA ESTÁ PARA A FÍSICA), ONDE SE TRABALHA COM O TEMPO IGUAL A ZERO EM SUCESSIVAS POSIÇÕES DE DURAÇÃO, COMO NA FÍSICA SE TRABALHA COM AS OUTRAS DIMENSÕES DO ESPAÇO IGUAIS A ZERO EM SUCESSIVAS POSIÇÕES, NAS RESPECTIVAS DIREÇÕES.