Tudo é atração e evolução:
vivemos o fim de um ciclo!
Neste
momento, meio século depois, a humanidade vive uma insegurança ainda maior. Não
bastassem muitas guerras militares, políticas e econômicas, além da violência
urbana, espalhadas pelo planeta, somos bombardeados diuturnamente pela mídia
eletrônica, com as notícias reais de terremotos, vulcões, inundações
catastróficas, anúncio de meteoros e profecias apocalípticas de fim do mundo provocado por
configurações cósmicas. O que existe de mais ameaçador na superfície da Terra,
no entanto, é uma convulsão social cotidiana derivada do aumento populacional
sem a preocupação básica com a necessária educação universal, isto é, de todos
os seres humanos, que dispõem de uma Ferrari no cérebro e não sabem como
dirigí-la, atropelando a todos em todos os lugares e momentos. Enquanto se
pensar que os homens precisam de dinheiro e não de conhecimento, o problema se
agravará e isto sim, poderá levar a humanidade ao caos exterminador.
Este
manifesto tem o objetivo de criar uma corrente de fluxo volumoso e veloz em
prol da educação universal com o único objetivo de iluminar os indivíduos, sem
os quais não há coletividade, partindo da evidência de que a qualidade dessa
coletividade, seja ela uma minúscula equipe, seja uma pequena comunidade, seja
uma grande nação, depende da qualidade de cada um dos seus indivíduos, cada um
sendo respeitado no seu estádio de evolução, não apenas física, genética, mas
principalmente psíquica – dependente, esta, do volume da informação que recebe
e que, conduzida aos seus neurônios, será por eles livremente filtrada e processada
– assim capacitando o seu ego a livrá-lo da dependência intelectual que
transforma homens em ovelhas, condicionando-as ao pasto dos rebanhos conduzidos
por pastores raramente bem intencionados, que alimentam o seu gado para dele
retirar a lã, o leite e até a carne.
Antes
de tudo, é necessário buscar o todo e não se acomodar na parte que costuma ser
oferecida como sendo aquele. Assim, poucas ovelhas conhecem a verdade,
limitando-se a cultivar apenas uma parcela do conhecimento, aquela que
interessa ao seu pastor, à frente de uma mídia qualquer, seja uma emissora de
televisão, um jornal, um instituição cultural, um partido político ou uma seita
religiosa. Ninguém deve se conformar em receber apenas um setor do círculo, filiando-se
a somente um formador de consciência, se depende exclusivamente de sí a recepção de
toda a informação que lhe dá independência para viver livremente.
Por
outro lado, não se consegue explorar um rebanho, sem dominá-lo através da ignorância
de seus indivíduos. Daí o interesse de muitos políticos em levar suas ovelhas
para as festas e tirá-las das escolas. Pão e circo costumam ser, desde os
impérios da antiguidade, o alimento da ignorância, da alienação, da dependência
e consequentemente da pobreza. Por isso é muito perigoso o discurso que fomenta
as coletividades constituidas por massas ignorantes, facilmente manobradas para
lutar e morrer em benefício de poucos indivíduos sedentos de poder e riqueza.
Quem evolui é sempre o indivíduo, através do próprio esforço em busca da
informação, toda ela, de todas as fontes, cabendo apenas aos seus próprios
neurônios fazer a seleção e o processamento dela. É impossível fazer evoluir uma coletividade
qualquer, sem que cada um dos seus indivíduos evolua com independência e
liberdade plenas. Assim, a cultura do ego, feita de forma salutar, sem se
deixar medrar o egoismo, é a senda que promove a evolução individual do ser e
consequentemente a coletiva, de uma comunidade, de uma nação e de toda a
humanidade.
É de
importância fundamental para a raça humana, compreender isso, num momento de
fim de ciclo, na Terra. Um conhecimento
que poucos têm é o de que a Terra, girando o seu eixo com a obliquidade de 23
graus e 27 minutos, movendo-se no plano da eclítica, isto é, em volta do Sol, muda
continuamente esse eixo de posição de modo a gerar um cone em quase 26 mil anos.
Foi o grego Tales, de Mileto, cerca de seis séculos antes de Cristo, quem descobriu
esse fato, conhecido como “precessão dos equinócios”. Esse movimento cíclico
tem sido referido não apenas pelos astrônomos, mas igualmente pelos místicos
que vêem, nele, alguma relação com a própria evolução da existência da vida na
Terra. Aqui está um pequeno trecho do meu livro A Noite dos Livros do Mundo[1],
que ilustra esta notícia.
Igualmente, o eixo da Terra gira 360 graus,
num período de 12 vezes 15 vezes 144 anos, totalizando 25 920 anos, que correspondem
a 12 eras de 2160 anos, cada uma delas iniciada pela ligação de um ser
iluminado a um ser humano, aqui apresentado como um avatar vindo do Reino de
Deus. Isso significa que cada ego se liga a um novo corpo material 15 vezes
durante uma era, vivendo até 144 anos em cada vez. A cada 26 milênios – 12 eras
– repete-se a posição do eixo da Terra, completando-se um ciclo evolutivo que gera
uma nova raça planetária. Isto significa que já temos um número de pessoas
neste planeta, agora, com estrutura de consciência mais complexa e avançada e
assim psiquicamente mais evoluídas, consequentemente mais poderosas. Ao
contrário do que se costuma divulgar, essa raça não é definida por um conjunto
de características físicas como a cor da pele ou a forma de partes do corpo,
mas por parâmetros intelectuais determinados por maior complexidade da
estrutura de consciência, determinantes, por sua vez, do comportamento de cada
indivíduo, não obtido por sua educação após o nascimento, mas sendo ligada ao
seu cérebro nesse momento. O que determina a raça é a evolução do ego eterno
que se liga ao ego neural desenvolvido no embrião dentro do útero materno e o
adota a partir do corte do cordão umbilical, substituindo a mãe da criança a
partir do seu nascimento e comandando-a, noite após noite, quando é forçada a
sair da consciência neural e visitar o seu Inconsciente fora do corpo.
O que
está sendo anunciado como Apocalipse, erroneamente traduzido como Fim
do Mundo, nada mais é do que a Revelação – este é o significado da
palavra grega – do advento de um novo ciclo de 25.920 anos, com o fim do atual,
quando a raça humana, intelectual, surgiu na Terra. A civilização maia, como
ocorreu com outros povos antigos, estudou o céu, fazendo astrologia e determinando
o momento em que o fim desse ciclo coincidirá com um fenômeno que a antiga astrologia e a atual
astronomia dizem ser o alinhamento do planeta Terra e do Sol com o núcleo da
nossa galáxia, a Via Láctea.
Os
maias terminaram o seu calendário correspondente ao ciclo atual, no dia 21 de
dezembro de 2012, que determina o início do fim do domínio da raça intelectual
e não o fim do mundo; seja este o planeta Terra ou a vida em sua superfície. Assim
como o Homem – ser intelectual – já domina os animais, convivendo e sem acabar
com eles; o ser sapiencial dominará os homens, também convivendo e sem acabar com estes. A boa
notícia é que, tais seres sapienciais, resultantes da evolução dos humanos,
nos orientarão – como anunciou Jesus – para que nos tornemos, também,
sapienciais. Evidentemente, esse processo será tão mais rápido quão mais
acelerada for a educação do intelectual, na busca da evolução do seu ego. Deve
ser dito que a evolução do ego animal – que só tem alma, isto é, movimento (anima)
– tem sido mais lenta, do que é e será a do intelectual, que também tem
movimento (alma), mas ganhou a capacidade de interpretar símbolos, criar
linguagem e desenvolver raciocínios complexos, construindo estruturas
tecnológicas e fazendo Filosofia e Ciência. Deve-se, no entanto, perguntar:
quantos homens, na Terra, ainda vivem como animais, sem aplicar e desenvolver
seu intelecto? Igualmente, assim como temos hoje, egos animais em cérebros intelectuais,
pelo aumento da população dos intelectuais, certamente, alguns ou muitos egos
intelectuais se ligarão a corpos sapienciais, enquanto houver muito poucos egos
destes, no futuro da Terra.
Tudo
isso é fruto dos meus estudos, que me conduziram a uma pesquisa interminável na
procura do que é a humanidade no espaço infinito do Universo. Sempre dei
notícias do meu progresso, em matérias de jornal. Em 1981, publiquei um livro –
Humanidade: Uma Colônia no Corpo de Deus, Edições Melhoramentos. São Paulo
– no qual ensaiei uma cosmologia, propondo que dentro do universo infinito, há
macróbios, tão maiores do que nós como os micróbios são menores. Com essa proporção,
estaríamos dentro deles, que seriam células de um corpo ainda maior, cada uma
delas com moléculas, que seriam galáxias ou conjunto destas, podendo cada
galáxia ser como um átomo em que cada estrela estaria na posição de um elétron
e cujo núcleo seria um buraco negro. Assim, a humanidade viveria na superfície
de um “planeta” em volta de um desses “elétrons”, o Sol. Um elétron do corpo macróbio
– ainda sem esse significado nos dicionários – que poderíamos considerar um
“deus”, do mesmo modo como somos um deus para o que quer que possa haver em
torno de um elétron qualquer de uma célula do nosso corpo.
Também
nesse livro, ensaiei um conceito de “quase matéria” para partículas livres, que
ainda não compunham o átomo, com velocidades superiores à do elétron, entre
outras propostas inovadoras, já ampliando a cosmologia relativa ao que se diz
ser o “nosso universo conhecido”, para o menor e para o maior, sem limites.
Estrutura na qual a humanidade é “quase nada”, muito distante daquele sentimento
que costumamos cultivar de que o homem é tudo o que interessa. Evidentemente,
nesse contexto, é coerente que o homem não se interesse por um referencial que
o considere “quase nada”. Principalmente ao se saber que a grande maioria dos
homens – em alguns lugares, a totalidade – nada mais conhece, além da sua
comunidade, da sua região ou da sua nação (os mais informados), gostando de
serem ovelhas num rebanho. Na tentativa de falar a esses menos ilustrados,
cientificamente, passei a ter no bolso uma pedra amarrada a um cordão, que
segurava na outra extremidade, girando em volta do meu corpo e aumentando sua
velocidade até que não mais se visse a pedra como tal, parecendo haver um aro
em seu lugar. Na realidade, que é ilusória, ela se tornava um aro, porque a
velocidade a colocava em todos os lugares da sua órbita, ao mesmo tempo, para o
observador. Científicamente, assim é o átomo de hidrogênio, que, como sabemos,
é um gás. Se colocarmos várias pedras a girar, com cordões de diversos
tamanhos, em planos diversos, teremos esferas como em átomos de muitos
elétrons, como os de ferro ou de chumbo. Imaginando todos esses átomos a compor
moléculas e estas a formar um corpo sólido, é evidente que as pessoas verão
esse corpo e tocarão nele como uma realidade fisicamente observável, impenetrável.
Basta, no entanto, que se pare teoricamente o movimento de todos os elétrons,
para nada mais existir, daquela realidade. Se o corpo era um copo ou uma mesa,
deixará de ser visto e tocado com a mão.
Quarenta anos de estudos e pesquisa – era 1997 – estava eu em Frankfurt,
assessorando a Fundação Cultural do Estado da Bahia na sua primeira Feira do
Livro, ali – quando tive a idéia de escrever um romance com aquele cenário,
envolvendo um editor de livros de misticismo no contexto de um momento de
revelação para a humanidade, isto é, de apocalipse, do fim do ciclo que ocorre
com a precessão dos equinócios e consequente advento de uma nova raça – não uma
raça biológica, de caráter genético, mas psíquica – com uma consequente mudança
na organização cósmica. Achei, então, que esse livro seria o veículo para
revelar o que já descobrira sobre o Nada, o Verbo e outras notícias dadas por
João, o evangelista; assim como sobre o Apocalipse, de Joâo, o presbítero,
dentro de uma proposta de unificação dos campos gravitacional, eletromagnético
e quântico, perseguida e ainda não alcançada pela Física. Havia chegado à
conclusão de que a Física era a conseqûencia de um processo anterior, baseado
no tempo como duração da consciência, antiga definição mística desprezada pelo
que se convenciou chamar de Ciência, limitada esta ao laboratório da Física.
Assim surgiu o livro A Noite dos Livros do Mundo, com cenário na Feira
do Livro de Frankfurt e em um encontro mundial dos místicos, como evento
paralelo à feira, mas, sobretudo, como arauto de uma nova disciplina científica
– a Psíquica – e intérprete da revelação feita por João, de Patmos, no
seu por isso mesmo chamado Livro do Apocalipse.
Ao fim
destes quinze anos, com dois livros prontos e o terceiro recebendo redação
final, a trilogia Nortada precisa de divulgação universal para cumprir seu objetivo. Aí, mais uma vez,
optei por romper com o vício acadêmico da formalidade que, se por um lado é bom, porque visa impedir a
aventura especulativa e não raramente leviana; por outro é mau, porque acaba barrando a
iniciativa corajosa de ousar com a inovação que desafia velhas estruturas e
renova a paisagem com outras, novas, em procedimento apropriado quando se
trata de outras formas de abrigo da consciência em sua evolução. Assim, criei um
blog para publicar textos, registrá-los com data de publicação (como nas
revistas científicas) e arquivá-los para sempre. Chamei-o de BLOGART. ART
como iniciais de Archivu Registru Textu.
Em 25 de fevereiro de 2012,
publiquei neste blog um texto intitulado 2012: O Apocalipse é a Revelação, com
o qual encerro este manifesto (leiam-no aqui, em seguida), conclamando a todos os intelectuais a tomar
contato com o processo evolutivo da consciência que os informa – esta é a boa
notícia – sobre a senda a ser percorrida com entusiasmo e paciência, na direção
e no sentido de chegar à sapiência. Ao contrário do que tem sido proposto, é
necessário fortalecer o ego – com altruismo – trabalhando pela sua evolução e
com propósitos de cooperação, mas sobretudo, a serviço da educação, com
liberdade de informação ampla e irrestrita, ainda que isto faça desmoronar
castelos de cartas montados a serviço dos pecados capitais.
Assim,
pela Internet ou por via impressa, proponho a reprodução e distribuição deste
manifesto do apocalipse, que é revelação, ao tempo em que sugiro recomendar-se uma visita
mensal ao BLOGART – http://adinoel-blogart.blogspot.com
– e a leitura da trilogia Nortada, onde tudo isso é detalhado como ficção
policial de mistério com apêndices nos quais os assuntos são aprofundados e
iluminados.
Salvador, 14 de agosto de 2012
Adinoel Motta Maia
[1] A Noite dos Livros do Mundo é o segundo
romance da trilogia Nortada, com
publicação programada para outubro de 2012. O primeiro romance, A Cruz dos Mares do Mundo, já está nas
livrarias e pode ser adquirido diretamente à distribuidora, pela Internet (www.lojasingular.com.br). O terceiro
romance, A Trilha dos Santos do Mundo, estará
disponível no primeiro semestre de 2013. A trilogia lança a Teoria Unificada do Universo em livro
(já pode ser lida no Google, digitando esse título entre aspas) e a disciplina
científica Psíquica, que tem por
objeto o estudo dos fenômenos cuja velocidade é superior à da luz, isto é, as
manifestações estruturais da consciência que crescem em massa até formar o
fóton, fazendo-se a luz e daí, a energia e a matéria, objetos de estudo da Física, que abrange o campo dos
fenômenos cujas velocidades são inferiores a 300 mil quilômetros por segundo.