sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

TEORIA UNIVERSAL DA EVOLUÇÃO - I

Introdução

Como ocorre a cada dia, há muitos anos, acordei, hoje, neste 11.2.2011, saudando o Sol, na minha janela, de frente para o Leste. Eram 5 horas, o ar refletia a sua luz em faixas horizontais douradas por trás de nuvens que exibiam suas faces sombreadas para mim. Fiz o meu habitual exercício de respiração, aspirando o ar energizado, cheio de vida e consciência - o nous já conhecido dos antigos egípcios - o mesmo ar que penetra pela primeira vez em nossos pulmões, quando é cortado o cordão umbilical, no nascimento de nosso corpo. Assim, depois do fogo e do ar, fui até a cozinha e bebi água. Finalmente, peguei uma banana e a descasquei, levando-a à boca e ingerindo-a, como produto da terra.

Esse procedimento é mais que um ritual místico e está muito além de uma prática religiosa, seja pagã ou outra qualquer, constituindo-se em sintonia de meu cérebro, neural, consciente, com a consciência da Natureza, universal, através de seus quatro elementos fundamentais. É uma prática muito antiga, desde a época em que os povos pagãos, isto é, das aldeias, no campo, observavam os fenômenos naturais e os estudavam, buscando as causas da vida e da morte, assim como a razão da existência e a melhor maneira de se harmonizar com as forças que criam e destroem, num eterno faz e desfaz, usando o caos como ferramenta cósmica, em obediência às duas leis fundamentais da Consciência - a da atração e a da evolução - assim fazendo Filosofia.

Posso anunciar, hoje, quase finalmente - jamais há um fim - a conclusão de uma estrutura de pensamento que constitui a Teoria Universal da Evolução. Devo dizer que esse trabalho de estudo e pesquisa começou marcadamente em 14 de agosto de 1957 - eu completava então 20 anos de idade - quando abri a primeira monografia recebida da AMORC (Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis) - à qual pedira filiação, convidado por um anúncio numa revista e induzido pela leitura que acabara de fazer, do livro Deuses, Túmulos e Sábios: o Romance da Arqueologia, de C. W. Ceram (Edições Melhoramentos).

Quase dois anos depois, eu iniciava meu curso de Engenharia Civil, na Escola Politécnica da Universidade (Federal) da Bahia, dessa forma introduzindo o pensamento matemático e o conhecimento das leis físicas, que fazem Ciência e Tecnologia, naquele contexto místico, que é um campo filosófico, fundador da alquimia e consequentemente da ciência como processo racional e experimental. Também naquele momento, já tendo publicado contos na revista Vida Juvenil e textos diversos em vários jornais, iniciei minha atividade regular como jornalista profissional no Jornal da Bahia, como repórter. Comecei a década de 1970 com uma página dominical, ali, intitulada Ficção e Realidade, escrevendo contos e pequenos ensaios, frutos das minhas pesquisas e reflexões; ao tempo em que iniciava minha carreira no magistério, na Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia, onde ensinava a fazer projeto de estradas e aeroportos e me ajustava à prática acadêmica, aplicando nela, a informação obtida na profissão de engenheiro de aeroportos, assim fundando a disciplina "Aeroportos". Ao estudo teórico e à pesquisa de campo, portanto, acrescentei organização e método científico.

Em agosto de 1980, numa conversa, em Salvador, com João Roberto Petta, o editor de obras para adultos da Companhia Melhoramentos de São Paulo, fui por ele convidado a escrever um livro sobre a minha proposta de que Deus é o Universo e que no seu corpo estamos nós, os homens. Deu-me três meses. Em novembro, mandei-lhe original de uma obra intitulada Humanidade - Uma Colônia no Corpo de Deus, dividida em duas partes, na primeira das quais estava essa proposta, minha, com uma carta, onde escrevi:

"Cada vez que vejo uma notícia (...) com relação ao Universo, fico ansioso em ver HUMANIDADE publicado. É que os astrônomos continuam, em todo o mundo, ligando a expansão do Universo a uma explosão inicial, sem pensar na possibilidade de um 'nascimento' e 'crescimento' do Universo, como digo em meu livro. Já estão com suas teorias tão bem arrumadas, que não enxergam o que é muito mais fácil de ver e entender. Confesso que tenho bastante curiosidade em saber o que dirão diante do que HUMANIDADE propõe."

O editor Petta não perdeu tempo. Entusiasmado com a leitura do original, em suas férias na praia, em janeiro de 1981, colocou o trecho acima, da minha carta, na belíssima capa feita por Roberto Piva para o livro, que foi lançado em maio daquele ano, na série "Enigmas do Universo" (ao lado de autores como o físico Jean Charon), quase exatos 30 anos atrás. Pensei que o livro seria examinado pelos astrônomos, astrofísicos, físicos e outros cientistas brasileiros, mas o seu sucesso foi apenas de público, com repercussão na imprensa da Bahia... e só. A crítica, fosse científica ou não, não foi informada ou omitiu-se. Minha natural modéstia impediu-me de sair por aí a reclamar atenção. Eu tinha certeza de estar contribuindo com uma teoria segura, uma proposta digna de exame, ainda que feita por vias não acadêmicas, justamente porque a academia, a minha Universidade, não estava estruturada para aceitar a inovação, voltada quase que só para o ensino. O professor passava doze horas por semana em sala de aula e só. Eu então lutava para ingressar num regime de tempo integral e dedicação exclusiva para fazer pesquisa, mas só o conseguiria em 1985, quando, fundando mais duas disciplinas ("Evolução dos Transportes" e "Fundamentos de Astronomia e Astronáutica", ambas eletivas), ficou evidente a necessidade de aumentar minha carga horária. Como fomentar a Filosofia e a Ciência numa Universidade cujo principal ou único objetivo é distribuir diplomas?

Há, portanto, 30 anos, coloquei para o público - isto é publicar - o embrião de uma teoria que só agora está compacta. Posso dizer que seu último tijolo foi colocado ontem, numa reflexão matinal. Como teoria, está pronta, mas como toda bôa teoria, deve sofrer acréscimos, detalhamento, iluminação e aquilo que é fundamental na Ciência: a comprovação, em laboratório, seja este físico ou psíquico, de suas propostas. Aliás, uma destas é a criação da PSÍQUICA, a ciência dos fenômenos que ocorrem em velocidades acima da velocidade da luz e que completa o quadro onde já está a FÍSICA, a ciência dos fenômenos que ocorrem em velocidades abaixo e igual àquela.

Em três décadas, muita coisa aconteceu. Em 1985, fui convidado pelo Prof. Jorge Calmon, Diretor de Redação do jornal A Tarde, em Salvador, para escrever uma provocação dominical de caráter cultural-filosófico-científico, de página inteira, que se alongaria por doze anos, sem faltar um domingo (seis centenas de textos que puxaram temas diversos, alguns dos quais jamais abordados pela imprensa) até que resolvi aposentar-me do jornalismo, do magistério e da profissão de engenheiro, em 1997, ainda aos 60 anos de idade, para dedicar-me exclusivamente às minhas pesquisas e meus livros, como pessoa física. Trabalhando, nesse ano, na Feira do Livro de Frankfurt, fui ali inspirado a escrever um romance com esse cenário, como suporte para revelar mais alguma coisa da minha teoria. Dei título A Noite dos Livros do Mundo, a essa obra de ficção, ainda não publicada porque se mostrou insuficiente, surgindo a trilogia "Nortada", da qual está sendo publicado agora A Cruz dos Mares do Mundo e terá ao fim, A Trilha dos Santos do Mundo. Nesse processo, tendo concluído todo o programa informativo-educativo e chegado ao último grau exotérico da AMORC, não pretendendo comprometer-me com as obrigações esotéricas que me seriam exigidas, desfiliei-me dessa organização, mantendo assim minha liberdade de fazer pesquisa e divulgar seus resultados publicamente.

A partir desse momento, realizei um programa de aprofundamento da meditação e fiz, no outono europeu de 2004, o caminho português, da Cidade do Porto para Santiago de Compostela, inteiramente a pé e só, pelas trilhas antigas, atravessando campos e montanhas, andando quase trezentos quilômetros em 14 dias e dormindo em albergues, quase sozinho, tão pouca gente encontrava neles (numa noite, uma única pessoa). Eram condições extraordinariamente favoráveis.
Antes, mesmo, de sair de casa, parecia que uma torneira havia sido aberta e o fluxo de revelações aumentou dia-a-dia, fazendo-me anotar rapidamente o que aparecia na mente, às vezes perdendo alguma coisa por não encontrar papel e caneta em tempo, logo esquecendo o que surgia como uma mensagem. Na trilha, faltando papel, fiz anotação num saco de pão. Após o Caminho, voltando para casa, o processo acelerou-se e o volume aumentou. Acordava na madrugada com frases prontas, que foram para o papel já colocado ao lado da cama. Até hoje, é assim. Não há hora nem lugar marcado para surgir um dado, uma idéia, um pensamento qualquer, que se ajusta à teoria. Ontem, surgiu uma idéia conclusiva, fechando um pequeno e importante "buraco". Escrevi:

"Os tetraedros de posições conscientes que se dispõem em linha, formando ondas, movem-se, dobrando-se e enrolando-se a formar esferas e consequentemente, partículas conscientes de relativa complexidade, em velocidades ainda maiores que a da luz. O aumento de tetraedros justapostos, no entanto, aumentando a massa (quantidade de posições conscientes) dessas partículas, diminue a velocidade delas até que, atingindo 300 mil quilômetros por segundo, surge o fóton. Uma explosão de luz inunda o espaço. Assim, a mais "pesada" partícula então existente acabava com as trevas absolutas e a consciência ganhava a sua mais complexa estrutura, a primeira de um novo universo, o da realidade da Física, onde, mais tarde, surgiriam as partículas de "quase matéria" ou "quama", conforme referidas no 1º capítulo do meu primeiro livro."

Os tetraedros acima referidos serão mostrados e explicados aqui no momento certo.

A SEGUIR: TEORIA UNIVERSAL DA EVOLUÇÃO - II
O Nascimento de Deus (1º capítulo do livro HUMANIDADE: Uma Colõnia no Corpo de Deus)

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