sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

PARAR DE PARIR... COMO BICHO

Estamos traumatizados em frente ao televisor, com a tragédia que o Rio de Janeiro nos oferece anualmente, como palco e como exemplo de uma política social irresponsável. Não é só o Rio de Janeiro, mas é ali que estão as centrais emissoras de TV, que aproveitam para manter altos níveis de audiência, explorando a paixão, tão ao gosto popular. Assim, a repercussão é maior, quando as coisas acontecem lá.

A televisão esquece de dizer que na base de todas as tragédias humanas está o aumento irresponsável da população, sem consciência, sem planejamento e sem controle. A televisão vive de anúncios, que pagam suas despesas, seus custos, que não são pequenos. Os anúncios devem atingir massas de consumidores, que compram muito e com isso, alimentam os produtores industriais e agrícolas, que geram empregos e pagam salários para muita gente que vai ver televisão e comprar coisas, em todos os dias. Tudo isso contribui com impostos que são religiosamente pagos aos governos municipais, estaduais e federal, sem os quais não há estrutura administrativa, não há projetos, não há obras, não há... não há... não há...

Assim, algum gênio disse e todo o mundo acreditou que, quanto mais gente houver no mundo, mais riqueza se terá e mais recursos serão canalizados para o desenvolvimento tecnológico e a saúde financeira das empresas e do Estado, com felicidade geral para todos os homens e mulheres vivos. Certo? Errado! Errado, porque os homens são egoistas, cada um pensa apenas nos seus desejos e necessidades e não costumam (no Brasil) ser educados para compreender a igualdade nessa equação, onde numerador e denominador têm de ser iguais, para que se tenha a unidade, isto é, o equilíbrio.

O número de pessoas em qualquer lugar (no bairro de uma cidade ou no mundo inteiro), tem de ser igual ao número de boas camas em boas casas, construidas com obediência aos padrões de segurança e dignidade, para cada uma delas. Isto é básico. Se essa equação não for respeitada (e não é), não há felicidade para todos, mas apenas para quem chega na frente, quem é mais forte, quem ganha mais dinheiro, quem tem padrinho político ou quem adere ao crime para tirar o que é dos outros. É simples, assim, chegando-se a uma conclusão lógica.

É necessário parar de parir!

Os políticos brasileiros (não vamos falar dos outros) têm, contudo, uma outra equação: quanto mais gente ignorante, pobre e dependente existe, maior é a ajuda que o governo pode oferecer em troca de voto nas eleições, mantendo os mesmos grupos no poder. Esta equação é criminosa, o que torna tais políticos iguais aos que exploram os viciados em droga e os dependentes do amor divino.

A chave de todas as soluções está, portanto, no planejamento e controle da população. Ao contrário, no Brasil, o governo federal estimula a reprodução humana, porque são ignorantes os governantes, escolhidos entre eleitores ignorantes. É simples, assim! Quem não quiser ver, pode assinar em baixo, na lista dos responsáveis pelas tragédias periódicas que assolam o território brasileiro, arrastando gente, como se arrasta formigas que estão numa pia, ao se abrir a torneira.

Não é só o governo federal, contudo, o responsável por esta situação. Em verdade, ele é fruto da irresponsabilidade generalizada que elege incompetentes, incapazes, que distribuem cargos em função técnica, para pessoas que têm a missão apenas de aumentar a militância e encher a bolsa dos partidos políticos que estão no poder, para mantê-los aí.

Esta é a verdade, mas pode ser torcida até por intelectuais que se ligam em utopias sociais, não raramente inspiradas por filósofos que ainda não saíram da magia para a ciência ou que montam seus castelos em fundações apoiadas não em rochas estáveis, mas em areias movediças. Filósofos que querem a sociedade humana estruturada coletivamente, como a dos cupins ou a das formigas e das abelhas, sem ainda terem chegado à consciência individual do ego que evolui e precisa de respeito como pessoa. Um direito que, em muitos lugares, se tirou dos homens, isto é, dos seres que estão no topo da evolução, na Terra, assim vivendo como bichos. Os ideólogos que comandam o gado humano são criminosos que gostam de museus vivos e escrevem teses sobre suas experiências assim... antropológicas.

Adinoel Motta Maia

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